Inconstitucionalissimamente, é um palavão, mas não é deste gênero que vou tratar aqui hoje.
Desde sempre, e falta pouco para inteirar dez anos, este blog
manteve a norma rígida de não publicar palavrões, palavras ou expressões de baixo
calão, ou obscenas.
Para mim, aos 80 anos, heterossexual convicto, não fica bem andar
por ai com caralho na boca. Mas a palavra anda solta no sentido de adjetivo
qualificativo.
Deixei de publicar comentários de amigos, e internautas eventuais leitores, que
continham uma ou outra palavra mais pesada, que pudesse ferir as mais pudicas
de minhas leitoras.
Até mesmo a presidência da República incorporou ao vocabulário oficial a palavra chula, inapropriada para assuntos oficiais de governo. Segundo o Lauro Jardim, em sua coluna dominical, Bolsonaro recomendou urgência ao Secretário de Desestatização (Salim Mattar), à guiza de acelerar os processos de privatização, nos seguintes termos: "Ô Salim, tá muito devagar isso daí, Quero uma fodinha por semana, tá OK?"
Até mesmo a presidência da República incorporou ao vocabulário oficial a palavra chula, inapropriada para assuntos oficiais de governo. Segundo o Lauro Jardim, em sua coluna dominical, Bolsonaro recomendou urgência ao Secretário de Desestatização (Salim Mattar), à guiza de acelerar os processos de privatização, nos seguintes termos: "Ô Salim, tá muito devagar isso daí, Quero uma fodinha por semana, tá OK?"
Agora estou capitulando. Folheando, noutro dia, uma revista no
consultório do cardiologista, deparei-me com uma crônica, assinada por Martha
Medeiros, sob o título “Artista é tudo porra-louca”.
Lendo o texto, logo no primeiro frase ela menciona porrada e
esporro. Para quem criado sob severo controle do palavreado não podia falar
sacanagem, e refiro-me a própria palavra sacanagem julgada chula, é chocante
ouvir das crianças este vocabulário.
Quando muito, era aceitável a gente falar safadeza, mas jamais
sacanagem. Isto diante de mais velhos, pais, tios, professores e vizinhas.
Basta passar diante dos colégios nos horários de saída e
constatar se o que digo não é verdade. Bem, a TV está aí mesmo, com humoristas
e apresentadores abusando do direito de proferir palavrões.
E eu aqui, um Quixote enfrentado não moinhos, mas os usos e
costumes correntes.
No dizer de um de meus filhos eu já nasci velho. 😂😂😂
Imagens: via Google.
Imagens: via Google.
3 comentários:
Carrano, embora ainda não estejamos com 80 anos, mas a caminho, concordo com você que somos do tempo em que não se falava palavrão com a naturalidade de hoje em dia. Cá para nós não sou afeito a pronunciá-los,embora um ex-vice-presidente da república, Pedro Aleixo, após perder o voo, tenha dito alguns e, censurado por um jornalista, respondeu:"filho, tem horas em que um palavrão tem a sonoridade do hino nacional".
Abs
Alódio
Caro Alódio,
Que bom tê-lo aqui comentando.
Obrigado.
Abraço
Lembro que não falava "porra" nem "sacanagem" na frente de muitas pessoas.
"Caralho" então ..... nem pensar.
Também não fumava (Souza Cruz) na frente dos meus pais.
E por aí vai ....
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