24 de agosto de 2010

Coisas abomináveis

Minha ojeriza às motocicletas vem de longa data. Agora, finalmente, uma notícia alentadora vem da cidade de São Paulo. Está proibido, durante os sete dias da semana, nas vinte e quatro horas do dia, o tráfego de motos nas faixas expressas das marginais.

Ainda é uma medida tímida, mas já é um começo. Quem sabe um dia a proibição será de uso nas vias públicas de todo o país, ficando a pilotagem restrita às pistas de corridas.

Nas pistas, em competições, os malucos podem matar-se a vontade, sem riscos para os demais cidadãos.

As motos só têm inconvenientes. São responsáveis por mais da metade dos acidentes de trânsito, com vítimas fatais, nas cidades. São veículos poluidores, barulhentos, até porque muitos dos condutores trafegam com a descarga aberta. O mais das vezes são estacionados nas calçadas, atravancando a livre circulação dos pedestres. Um horror!

Minha ira, na verdade, não está voltada contra as motos, mas sim contra 99% dos motoqueiros que conduzem seus veículos ziguezagueando no trânsito, de forma temerária, arrancando os retrovisores dos carros enfileirados nos engarrafamentos, e pondo em risco não apenas suas vidas, mas também dos terceiros.

Quase ouso dizer, parafraseando o Jefferson, que a bicicleta já foi um erro.

Mais recentemente, há cerca de 4 anos, um novo transtorno virou moda entre adultos e crianças, homens e mulheres, estudantes e profissionais liberais. Trata-se das mochilas.

É certo que elas existem desde há muito. Todavia, seu uso estava restrito às viagens (daí a expressão mochileiros, para designar andarilhos, e viajantes de menor poder aquisitivo), e aos estudantes de ensino fundamental, em substituição às frasqueiras do jardim de infância.

Por que minha birra contra as mochilas? Se você utiliza elevadores e anda de ônibus sabe muito bem a razão.

Alguns mochileiros parecem carregar nas costas todos os seus pertences, tal o tamanho da traquitana. Quando entram num elevador, de frente, como todo mundo, viram-se para ficar de frente para a porta de acesso, que será a de saída no andar desejado. Nesta virada, dentro do elevador cheio, o mochileiro já deu safanões nos demais usuários.
No outro dia presenciei, numa dessas viradas, a mochila arrancar do pescoço, onde estava pendurado, os óculos de uma senhora idosa. Assim como já assisti, num ônibus, passando de lado pelo corredor, para desembarcar, o mal educado portador de mochila, dar um safanão no rosto de um bebê, no colo da mãe, que por infelicidade estava sentada no banco junto ao corredor.

E quando o mochileiro encontra lugar vago é quer sentar? Já notaram a manobra que fazem? Sai de perto.

À bem da verdade o que alguns mochileiros trazem às costas são cangalhas. Porque é este o apetrecho que os burros carregam.

No prédio onde tenho o escritório, tem um cidadão que deve pesar uns 110 quilos, distribuídos em mais ou menos 1,80 metros de altura, que carrega, sempre, uma enorme mochila. Quando ele entra no elevador, a lotação fica esgotada. E a manobra que ele faz, quando tem que desembarcar, é de altíssimo risco para os demais passageiros. E o idiota, se me permitem adjetivá-lo, leva sempre a mochila às costas, não se dignando segura-la em uma das mãos, como se fosse uma pasta.

Assim como no caso das motos, não são as mochilas que incomodam, até porque têm sua utilidade, em momentos, localidades e destinação bem específicos. O negócio é a falta total de educação dos mochileiros. Ou da maioria deles.

Por último neste post, mas sem esgotar minhas rabugices, minhas impertinências, está o tal do horário político obrigatório nas emissoras de rádio e TV. Que nos custa muito dinheiro, porque o governo dá uma contrapartida aos veículos pela perda de receita publicitária.

Que coisa mais absurda. E somos forçados (quem tem TV por assinatura pode se livrar) a ouvir as besteiras, as mentiras e as vãs promessas de candidatos tão bizarros quanto os abaixo listados*:

No Esporte:

Acelino Popó Freitas (PRB-BA)- O boxeador concorre a deputado estadual

Maguila (PTN-SP)- Ex-boxeador,quer ser deputado federal

Marcelinho Carioca (PSB-SP)- Ex-jogador, concorre a deputado federal

Romário (PSB-RJ)- Ex-jogador, busca uma vaga na Câmara Federal

Vampeta (PTB-SP) - Ex-jogador, concorre a deputado federal

Fabiano (PMDB-RS) - Ex-atacante do Inter, é candidato a deputado estadual

Danrlei (PTB-RS) - Ex-goleiro do Grêmio, concorre a deputado federal

Na Música:

Gaúcho da Fronteira (PTB-RS) - Músico concorre a deputado estadual

Kiko (DEM-SP) - Membro do grupo KLB, concorre a deputado federal

Leandro (DEM-SP) - Integrante do KLB, concorre a deputado estadual

Netinho (PCdoB-SP) - Cantor do grupo Negritude, concorre a senador

Reginaldo Rossi (PDT-PE) - Cantor, concorre a deputado estadual

Renner (PP-GO) - Integrante da dupla Rick&Renner, concorre ao Senado

Sérgio Reis (PR-MG) - Cantor e ator, concorre a deputado federal

Tati Quebra-Barraco (PTC-RJ) - Funkeira, concorre a deputada federal

Na Televisão:

Ronaldo Esper (PTC-SP) - O estilista quer ser deputado federal

Pedro Manso (PRB-RJ) - Humorista, disputa na vaga na Assembleia Legislativa

Dedé Santana (PSC-PR) - Humorista, quer ser deputado estadual

Tiririca (PR-SP) - Humorista, disputa uma vaga na Câmara Federal

Batoré (PP-SP) - Humorista, quer uma vaga na Câmara Federal

No Pomar:

Mulher Melão (PHS-RJ) - Cristina Célia Antunes Batista concorre a deputada federal

Mulher Pera (PTN-SP) - Suellen Aline Mendes Silva quer ser deputada federal

N.A: recebi esta lista através de um e-mail

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