20 de dezembro de 2025

Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança.

O personagem do título, cujo nome de batismo parece uma locomotiva com vários vagões, foi o segundo e último Imperador do Brasil, simplificada e carinhosamente tratado como Dom Pedro II.

Palácio de São Cristóvão - atualmente Museu Nacional

Carioca de São Cristóvão, nasceu no dia 02 do mês de dezembro do ano de 1825, no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.

Boas histórias de seu pai - Dom Pedro I - estão narradas por Paulo Setúbal, no livro "As maluquices do Imperador", que habitava a estante lá de casa na minha adolescência.

Era o que se poderia associar a um boêmio, tendo uma vida paralela informal, aventureira, não condizente com o exercício da governança, o que hoje chamaríamos de "a liturgia" da posição de Imperador. 

Pedro II foi coroado em 23 de julho de 1840 e reinou até 15 de novembro de 1889, portanto quase 50 anos, quando foi Proclamada a República, através de um "golpe de estado", por assim dizer.

Faleceu em 05 do mesmo dezembro, já então do ano de  1891, aos 66 anos de idade, em Paris.

Funerais, com honras, em Paris
Portanto foi oportuna a homenagem prestada pelo Senado Federal ao nosso Imperador, figura impoluta, caráter sem jaça,  que empresta seu nome a cidade no Piauí, alguns hospitais, estação ferroviária no Rio e do metrô em São Paulo, a colégio de referência no Rio de Janeiro, etc.

Mas vamos a homenagem no Senado, feita em boa hora, num momento em que aquela casa legislativa atravessa um momento obscuro, atolado em politicagem, desonrando a casa que foi habitada por Rui Barbosa, entre  outros ilustres e festejados patrícios.

"Senado homenageia dom Pedro II e destaca legado institucional do imperador"

(Da Agência Senado | 16/12/2025, 14h07, Fonte: Agência Senado)

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2025/12/16/senado-homenageia-dom-pedro-ii-e-destaca-legado-institucional-do-imperadorhttps://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2025/12/16/senado-homenageia-dom-pedro-ii-e-destaca-legado-institucional-do-imperador

“A trajetória de dom Pedro II como figura central da construção institucional do Brasil pautou a sessão especial realizada nesta terça-feira (16) no Plenário do Senado, em homenagem aos 200 anos de nascimento do imperador, celebrado em 2 de dezembro.

Os convidados destacaram o legado de estabilidade política, respeito às instituições e incentivo à educação, à ciência e à cultura deixado por quem governou o país por quase cinco décadas.

Autor do requerimento (RQS 921/2025) para a homenagem, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que a sessão cumpre um papel de reflexão histórica e política.

— Dom Pedro II foi um verdadeiro estadista, que governou o Brasil com dignidade, respeito ao Parlamento e às instituições. A Constituição de 1824 permitiu um exercício equilibrado do poder, com preocupação não com a próxima eleição, mas com a próxima geração — afirmou, ao destacar o papel moderador do imperador e a importância de seus valores para o país atualmente.

Na mesma linha, o senador Izalci Lucas (PL-DF) ressaltou que dom Pedro II ocupa lugar singular na história nacional pela forma como exerceu o poder.

— Mesmo em um Brasil em formação e cercado de instabilidades, ele conseguiu preservar a unidade nacional, fortalecer o Estado e garantir um longo período de estabilidade política, algo raro em nossa trajetória — disse Izalci, ao defender que o exemplo seja transmitido às novas gerações.

O advogado e escritor dom Bertrand de Orléans e Bragança, trineto de dom Pedro II, destacou o papel do imperador como chefe de Estado.

— Ele foi um símbolo vivo da Pátria, defensor dos valores nacionais e garantidor da unidade, da estabilidade e da continuidade do regime. Nossa Independência foi uma emancipação que permitiu ao Brasil nascer como uma grande nação, com enorme potencial para o futuro — enfatizou.

O deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) lembrou a formação de dom Pedro II no próprio país e a atuação como estadista.

— Ele renunciou ao Poder Executivo em 1847 e passou a atuar como moderador, esse ato fortaleceu o Legislativo e garantiu estabilidade política ao Brasil. Pedro II foi um defensor perpétuo do país, sempre comprometido com os brasileiros — destacou.

Também participaram da solenidade a sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Maria de Fátima Argon, que falou sobre o papel de dom Pedro II na construção do patrimônio científico e cultural do país, e o historiador Laudelino Oliveira, que frisou a dedicação do imperador ao serviço público.

— Ele foi forjado para servir ao povo brasileiro, não para exercer a nobreza. Pedro II trabalhou por quase 50 anos e nesse período saiu de férias apenas duas vezes. Ele percorreu praticamente todo o território nacional como um verdadeiro chefe de Estado — pontuou.

Durante a sessão, um vídeo produzido pelo Instituto da Nobreza Brasileira apresentou a história e a trajetória de vida de dom Pedro II. O encerramento ficou por conta da banda sinfônica do Exército, que executou o Hino da Independência.

Ao final da solenidade, os convidados receberam de Girão uma placa comemorativa em alusão ao bicentenário de nascimento do imperador.”

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


NOTAS:

1Luiz Philippe de Orléans e Bragança, foi citado na postagem https://jorgecarrano.blogspot.com/2025/12/dois-em-um-uma-materia-duas-opinioes.html

2. LINKS: 

 https://www.ebiografia.com/dompedro_ii/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_II_do_Brasil

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil

https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado


3. Opinião: não sou monarquista, mas não teria nada contra. Sou pela verdade e por se dar nomes adequados  a situações, fatos e personagens.

Um comentário:

Jorge Carrano disse...

Colocaria D. Pedro II no rol de estadistas. Proclamada a República, que outros poderíamos enumerar?