7 de novembro de 2025

Palavras palavras palavras

Polônio indaga a Hamlet o que ele está lendo e este, ainda com verniz de loucura, reponde "palavras, palavras, palavras", minimizando, trivializando, tornando irrelevante o contexto, a profundidade, e a forma e conteúdo do texto.

Ou, como me responderam os algoritmos, quando consultei sobre a intenção de Shakespeare ao colo car na boca de Hamlet - respondendo a Polônio - senão três palavras, na realidade a mesma  repetida, ou seja:  words, words, words, e obtive como resposta:

"This was Hamlet's reply to Polonius question, 'What do you read, my lord?' By repeating the word three times, Hamlet suggest that what he is reading  is meaningless."

Fosse paulista, e por mero acaso estivesse lendo em seu smartphone uma postagem de minha lavra neste espaço virtual, e fosse indagado por Dostoievski o que andava a ler, o bardo de Avon responderia: abobrinhas (rsrsrsrs).

Dostoievski pode ter lido Shakespeare, pois viveu depois deste. E o nosso maior dramaturgo - Nelson Rodrigues -  leu os dois.

Li os três, mais um do que os outros, e menos como literatura imperdível, mas como sociólogos, filósofos, laboratoristas da alma humana.




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