19 de março de 2020

Não sei o que postar


E não é por falta de assuntos, porque estes abundam. E nem de tempo, agora mais disponível.


Vou começar pela "visita guiada" em nossas residências, sugerida nas redes sociais. Já que temos que ficar confinados pode ser uma medida interessante. Ou não, a conferir.

O roteiro, que teria início  por volta das 07:00 h, no quarto de dormir, prevê caminhada em direção ao banheiro para as medidas de higiene de praxe, com mais vagar.

Tomado o banho ruma-se em direção a copa/cozinha para o dejejum. 

Breakfast da internet
Satisfeito com seu breakfast especial, planejado com cuidado por sua companheira amada, amante, esposa ou fruto de relação estável, é hora de se dirigir ao aposento onde repousam suas traquitanas eletrônicas: smartphone, tablet, notebook, para ler as notícias do dia, baixar mensagens, piadas e memes.

Siga em direção a varanda, ou sacada, se tiver uma, e olhe ao redor. O movimento na rua deve estar pequeno, seja de pedestres seja de veículos. Muito silêncio incomum neste horário.

Rume de volta em direção a copa para o almoço. Trivial variado, provavelmente congelados porque é o que cabe estocar.

É quase certo que o corpo pedirá uma soneca, uma pausa, no sofá da sala, local que há muito você não frequentava. 

Depois passeie pelos corredores e vá tomar seu chá com torradas e biscoitos amanteigados. 

Estamos quase no final do passeio por sua casa. Gostou da excursão? Curtiu seu lar? É bom estar em casa em férias compulsórias?

Esta ideia e roteiro recebi via ZAP.  Achou sem graça? Com todo respeito ao autor desconhecido também achei. Já pensou no terceiro dia desta rotina?

Salvo engano de leigo, que para felicidade geral da nação não tem poderes de gestão e não coloca em risco e pânico a população, usar álcool gel em casa, quando se tem a disposição água e sabão é um desperdício de dinheiro e do produto que anda escasso, e será útil estando da rua.

Outra coisa, a meu juízo sem sentido, é usar máscara se não apresentamos sintomas. Elas serão úteis, desejáveis e até obrigatórias, para os que testaram positivo ou apresentam  os sintomas anunciados como mais comuns (tosse, febre baixa, dificuldade respiratória). Para que não disseminem o vírus.

A máscara não nos protegerá, por si mesma, isoladamente, de contrairmos a doença. O vírus poderá ficar em nossas mãos, olhos, cabelos, roupa,  e na primeira distração  nossa, pimba! 

As polêmicas, paradoxos e palpites são por vezes bizarros e por vezes preocupantes, Qual seria a medida mais acertada?

A maioria defende a suspensão total das aulas nas escolas públicas desde o ensino fundamental. Parece sensato. Mas alguém suscita a tese de que para muitas destas crianças de escola pública, a refeição oferecida por elas  - escolas - é  para elas - crianças - a única do dia. Como fazer?

E se as crianças devem ficar em casa ficarão com quem? Os pais, em tese, precisam trabalhar, Ficam disponíveis avós e vizinhos idosos, isto é recomendável tendo em vista a vulnerabilidade dos idosos e a maior propensão a contrair o doença pela baixa imunidade?

E as cozinheiras que preparam as refeições nas escolas, e os motoristas dos transportes público que as transportam até o local de trabalho? Estes têm que correr os riscos inerentes. E os bombeiros, policiais e médicos e enfermeiros, ficam em casa? 

As farmácias podem fachar? E os postos de combustíveis?  É muita coisa para ser pensada, analisada em todos os seus aspectos, para decisões sensatas, objetivas.

Neste momento de crise constato, com tristeza, que não é só de vacina e medicamentos adequados que precisamos. Mas também de cabeças pensantes, com experiência, discernimento, cultura geral, equilíbrio emocional e modéstia, para conduzir os destinos do país nesta quadra turbulenta.

A China, onde se originou a doença que se espalhou pelo mundo, construiu vários hospitais em 10 dias. Aparelhou-os.


E já anuncia testes com vacinas. Até mesmo o sucesso obtido em humanos.



Os USA também anunciam testes com uma vacina.


O mundo todo deseja sucesso a estes pesquisadores, cientistas que trabalham incansavelmente na busca de vacina protetora e medicação eficaz para o tratamento.

Inclusive os brasileiros que seguramente, sem fanfarronice, bravatas, em estilo low profile, trabalham com sobriedade e objetividade.

Diferentemente de certas "autoridades" que se aproveitam de refletores e câmeras, para nos inundar com sua incontinências verbais.

Enxerga-se luz no fim do túnel, tudo levar a crer que precisamos resistir durante alguns poucos meses, evitando ao máximo a propagação do Covid-19. Numa comparação esdrúxula, como  se fossemos um time pequeno que vai jogar para o empate, cair na defesa. E resistir o quanto seja possível.

5 comentários:

Jorge Carrano disse...


Acabo de ouvir no rádio que um gaiato foi impedido de embarcar para a China levando com ele mosquitos aedes aegypti e alguns fracos de água barrenta e de mau cheiro da CEDAE, que segundo ele seria um revide.

Claro que se trata de uma piada.

Jorge Carrano disse...


Esqueci de informar que os mosquitos estavam contaminados com o vírus da Chikungunya.

Você sabia como escrever o nome da doença?

Se fosse há alguns anos não teríamos no Brasil, porque o "K" e o "Y" estavam proscritos em nosso idioma (rsrsrs).

Riva disse...

Escovar os dentes antes ou depois do café da manhã ?

Jorge Carrano disse...

Antes e depois.

Jorge Carrano disse...


Na China os primeiros sinais de recuperação:

https://oglobo.globo.com/esportes/2276-coronavirus-china-convoca-atletas-para-retomar-futebol-incluindo-brasileiros-24316721