Imprensa de prostíbulo

Crivella  é uma pessoa repugnante, um mosca-morta, como se dizia no início do século passado, bisonho e ridículo. Que mais poderia escrever para adjetiva-lo? Talvez patético.

Entretanto, suas únicas palavras sensatas, fundamentadas, tempestivas e pertinentes, viraram alvo da imprensa de puteiro. Ou, de mesmo jaez, de abutres e hienas.

O que ele disse? Que  parte da população é responsável pelas enchentes, porque descarta lixo nas ruas. O lixo que entope os bueiros e impede o escoamento das águas de chuva.

Era para ser aplaudido de pé, pela coragem da declaração pública, prenhe de verdade, sem receio de contrariar eleitorado.

Mas ao contrário, foi linchado por parte da imprensa e veículos de comunicação eletrônica. Aquela parte que vive de furo como as prostitutas.

Parte da imprensa, assim como parte da população mencionada pelo alcaide, são farinha do mesmo saco.

A parte da imprensa que faz sensacionalismo, tira frases de contexto, só enxerga o copo meio vazio, explora a miséria humana, é um lixo,

A parte da população - claro que tem - que descarta lixo na via pública, atira pela janela do automóvel, é sim responsável - em parte - pelas inundações urbanas.

Estava eu digitando estas mal traçadas, em defesa pro bono do Crivella e eis que ele voltou ao seu padrão habitual e pediu perdão pelas palavras contra a população. Leiam em:

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/03/03/crivella-pede-desculpas-apos-por-a-culpa-em-grande-parte-da-populacao-do-rio-sobre-transtornos-causados-pelas-chuvas.ghtml

Ou seja, quando estava certo, com alguma razão, faltou-lhe a coragem, o desprendimento, de manter (ficando calado após os ataques da imprensa), o que dissera sobre parte da população.

É mesmo um banana podre.