28 de novembro de 2019

Não fiquei feliz, mas foi justo


A cliente, nos prolegômenos que antecedem invariavelmente  a consulta propriamente dita, ao invés de comentar o tempo, meio estranho para um final de novembro, optou por me perguntar se estava feliz com o título do Flamengo.

Diante de meu seco e lacônico não, argumentou que deveria estar pela conquista de um brasileiro. Acho um pouco pobre o argumento, mas para não ficar indelicado, ponderei que não ficara feliz para achara justa a vitória e o título resultante.

Com efeito seria estupidez não admitir que o Flamengo montou um bom elenco e vem jogando um fetebol vistoso e competitivo.

Como venho de longe, percorrendo uma longa estrada, já tive oportunidade ver o Flamengo com bons times, igualmente vitoriosos, como aquele tricampeão carioca (1953/54/55).


O time tinha uma linha média composta por Jadir, Dequinha e Jordan. E no maio campo o talentoso Rubens, chamado pela galera de  Dr. Rubis.

Em 1981 o rubro-negro conquistou o título mundial de clubes, com um time que tinha seu ponto alto no meio campo, com Andrade, Adílio e Zico. Mas tinha dois bons laterais: Junior e Leandro.


No elenco atual, cheio de jogadores de nível de seleção, meu destaque seria o jogador Bruno Enrique, que reúne velocidade, imposição corporal, boa estatura e alguma habilidade.

É quase um Cristiano Ronaldo tupiniquim.

8 comentários:

Jorge Carrano disse...


Acho que ao invés de ficar secando o rubro-negro, as torcidas de Vasco, Botafogo e Fluminense deveriam prestigiar seus clubes, aderirem aos programas de sócios e sobretudo comparecer aos estádios para apoiar a equipe.

Beneméritos, sócios-proprietários, conselho consultivo e outros órgãos destes clubes deveriam tomar vergonha na cara, deixar a politicagem de lado e exercerem uma administração honesta e competente.

Quando há empenho, trabalho sério, até a sorte conspira a favor. Vejam as receitas do Flamengo com venda de jogadores (Vinicius Jr. E Paquetá, por exemplo), a venda de camisas, o crescimento do número de sócios e acima de tudo as receitas das bilheteria viabilizaram as contratações e a montagem de bom elenco. Títulos são consequências.

Carlos Lopes Filho disse...

Carrano, contente em voltar a comentar no teu blog.
Pena que o assunto dessa matéria seja tão estéril, de poucos atrativos.
Já vimos Flamengos melhores que o time atual. O do tricampeonato de 1953/54/55 para mim foi o melhor deles. No gol, o paraguaio Sinforiano Garcia,excelente goleiro, que encerrou a carreira no meu Canto do Rio. Na zaga (lateral direita), Marinho (depois Tomires, depois Joubert) e Pavão; meio de campo: Jadir (quarto zagueiro), Dequinha e Jordan, na lateral esquerda. Jadir e Dequinha encerraram a carreira no meu Botafogo. Na linha, Joel (que começou no Botafogo, tendo sua venda para o Flamengo criado a maior desavença entre os dois clubes, parecida com a atual de William Ayrão do Botafogo para o Flamengo. Ainda bem que Joel foi para o Flamengo, permitindo que o Botafogo revelasse Garrincha, que foi titular na Copa de 58, enquanto Joel amargou a reserva - apesar de Joel ter começado essa Copa como titular), Rubens (um dos maiores meias armadores que vi jogar no futebol brasileiro, vindo da Portuguesa de Desportos, consagrou-se no Flamengo, encerrou a carreira no Vasco), Índio (um bom centroavante, fazia muitos gols), Evaristo (veio do Madureira e foi brilhar no Barcelona e Real Madrid) e Benitez (ou Zagallo).
O Flamengo dos anos 80, apesar de brilhante, base da seleção brasileira de 1982, pouco me empolgou.
O atual, com jogadores acima da média para os padrões do futebol brasileiro, muitos deles já jogaram na Europa e não fizeram muito sucesso por lá. Excelente time para os nossos padrões, mas nada de excepcional.
Louve-se a qualidade da diretoria do Flamengo que soube reerguer e sanear o clube, que há alguns anos atrás também devia a tudo mundo, como todos os outros do nosso futebol.
De tudo isso, imagino a cena da tua cliente, sentada em frente a você e perguntando o que achou sobre as vitórias rubro negras...
Merecia uma foto...

Jorge Carrano disse...


Carlinhos,
Contente fico eu com tua volta aos comentários.

Você sabe que há tempo quando mencionei aqui o jogador Rubens, exímio cobrador de faltas, em quem o Didi se inspirou para criar a folha-seca, teve rubro-negro dizendo que nunca ouvira falar dele?

Tive que publicar a letra do samba interpretado pelo Roberto Silva, que poderá ser ouvido através do link a seguir:
https://www.ouvirmusica.com.br//roberto-silva/1928409/

Este link precisa ser selecionado e colado na barra do navegador. Copy and paste.

A letra menciona dois dos principais jogadores da época: Dequinha e Rubens. Lembra? Pavão era botinudo. Assim como o Pinheiro que jogava no Fluminense.

"Flamengo joga amanhã
Eu vou pra lá
Vai haver mais um baile no Maracanã
O mais querido
Tem Rubens, Dequinha e Pavão
Eu já rezei pra São Jorge
Pro mengo ser campeão
O mais querido
Tem Rubens, Dequinha e Pavão
Eu já rezei pra São Jorge
Pro mengo ser campeão
Pode chover, pode o sol me queimar
Que eu vou pra ver
A charanga do Jaime tocar:
Flamengo! Flamengo!
Tua glória é lutar
Quando o mengo perde
Eu não quero almoçar
Eu não quero jantar"

Ele - Rubens - realmente encerrou a carreira no Vasco. Entretanto mais ou menos na mesma época tivemos no Vasco um outro jogador de características semelhantes chamado Walter (Walter Marciano de Queiroz), que depois foi jogar na Espanha.

Para muita gente que eventualmente possa nos estar lendo, estamos falando grego. Primeiro porque para lembrar destes fatos é preciso ter mais de 70 anos e em segundo lugar gostar de futebol desde a infância.

Sabe por que lembro das constituições das equipes? Por causa do jogo de botão.

Encerro o comentário humilhando a quem não viveu este tempo, escrevendo sobre um trecho de uma narração do Oduvaldo Cozzi, um dos melhores, senão o melhor, narrador de futebol do rádio brasileiro:

"O Dequinha é como um lago azul sereno, na mar tormentoso que é a defesa do Flamengo".

Estava narrando um Vasco X Flamengo no qual o cruzmaltino se impôs em campo.

Abraço.

Incognita disse...

Parabenizo o administrador e o comentarista de hoje.
Que boa memória para quem se declarou com mais de 70. Resta saber se lembram o que almoçaram ontem. 😆
Desculpem a brincadeira. Não resisti.

Jorge Carrano disse...


Incógnita,
Deveria entregar você, também setentona, pela brincadeira.

Asseguro que nem eu e nem o Carlinhos, estreitamos relações com o alemão Alzheimer.

Jorge Carrano disse...


Nesta postagem antiga, de 2014, mencionei a equipe do Flamengo com o linha média hoje citada pelo Carlinhos e por mim mesmo.

Selecione e cole na barra do navegador:

https://jorgecarrano.blogspot.com/2014/04/encerrando-polemica-aqui-no-blog.html

Jorge Carrano disse...


Na década de 1950, Hollywwod produziu um filme intitulado “A raposa do deserto”, enaltecendo as virtudes do marechal Erwin Rommel, na liderança das tropas alemãs contra as forças aliadas na Segunda Guerra Mundial. Rommel se tornou um herói.

A critica cinematográfica, a imprensa de um modo geral, os militares americanos e a sociedade reclamaram e Hollywood teve que realizar um outro filme, intitulado “Ratos do deserto”, mostrando outra imagem do alemão Erwin Rommel e sua tropa.

Assim faço eu aqui e agora, depois de tanto falar do Flamengo, para me redimir: Vasco, Vasco, Vasco, Vasco !!!

Jorge Carrano disse...


Iniciativas como esta são importantes. A torcida deve abraçar:

https://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/mobilizacao-continua-talles-promete-sortear-chuteiras-se-vasco-chegar-a-90-mil-socios-na-sexta.ghtml