10 de julho de 2019

Frio en nel alma



Na capital de São Paulo, moradores de rua morrem devido ao frio intenso. Ao relento, mal alimentados, não suportam as baixas temperaturas que têm sido registradas neste inverno.

Enquanto isso, nas serras catarinense e gaúcha, a possibilidade de ocorrência de neve ou mesmo a geada matinal atraem milhares de turistas.

Mesmo em Itatiaia e Mauá, na serra da Mantiqueira,  aqui no Estado do Rio, os hotéis estão com a lotação esgotada.

Assista ao vídeo a seguir:


O mesmo frio que mata é o que gera emprego e renda.

Um paradoxo que se observa em todos os setores da atividade humana. Não fora a existências de ladrões, para quem venderíamos cadeados, trancas, câmeras de vídeo e outros apetrechos destinados a inibir ou identificar malfeitores?

Antigamente, na minha juventude, havia um entendimento unanime de que a prostituição era um mal necessário. Isso porque para aplacar a lascívia, e acalmar os hormônios masculinos, as prostitutas eram a melhor alternativa aos assédios e sedução das moçoilas ditas de família, como se as meretrizes não as tivessem.

Os bordéis, clandestinos ou não, eram fonte de renda para cafetinas, gigolôs, garções, leões de chácara (seguranças) e assemelhados, que viviam da necessidade de algumas infelizes mulheres.

Claro que me refiro a maioria das mundanas, posto que existiam, como ainda, mulheres que se prostituem por opção.

Imaginem um mundo sem que fossem necessários advogados criminalistas. Onde todos os cidadãos cumprissem seus deveres sociais, não cobiçassem a mulher do próximo e nem as coisas alheias, pagassem em dia seus impostos e votassem conscientemente.

O que tem o sagrado direito ao voto, a ver com o contrassenso, o paradoxo? Sem Congresso, com seus corruptos e corruptores, ladrões, fraudadores, e cometedores de toda uma gama de delitos capitulados no Código Penal, noventa por cento dos criminalistas iriam ter que trabalhar em coisas que lhes provocassem menos conflitos de consciência.

O inútil congresso alimenta milhares de bacharéis, serventuários, juízes de primeiro grau, promotores públicos, ministros de tribunais superiores que têm como ganha pão processar e julgar os delitos alheios.



E os seus próprios, by the way.


3 comentários:

Riva disse...

A última frase é arrasadora .... cruel .... verdadeira demais.

Jorge Carrano disse...


Snif snif snif

Jorge Carrano disse...


Uma opinião respeitável por ser de alguém do meio jurídico.

https://oglobo.globo.com/brasil/lava-jato-falhou-ao-nao-chegar-ao-judiciario-diz-marcelo-bretas-23818639