28 de março de 2019

Discussões inúteis, estéreis e bizarras



Em tempos idos, cada vez mais idos, participei de discussões tolas, tão tolas quanto este texto que aqui está.

Ora vejam só, num grupo alguém suscitou que não era correto falar (ou escrever) semi-analfabeto. O correto seria referirmos-nos aos pouco letrados, beócios, como semi-alfabetizados.

Cabe aqui um parêntesis. Isto ocorreu antes de janeiro de 2009, portanto antes do acordo ortográfico, logo o hífen era utilizado. Logo, a discórdia não se referia à grafia e sim ao sentido.

O correto, para aquele que levantou a dúvida, seria dizer semialfabetizado, posto que a pessoa em referência seria parcialmente alfabetizada, quase alfabetizada. Ele sustentava que semianalfabeto era o cara que sequer atingira o nível de parcialmente alfabetizado. Era menos do que semialfabetizado.

Pensam que isto foi num boteco, regado à cerveja e linguiça calabresa? Não, foi no pátio da Faculdade de Direito, da UFF, na década de 1960.

Outra, esta mais recente, e aí sim hidratando com chopinhos, no antigo Bier Strand, na praia de Icaraí (quem se lembra?) foi sobre o gênero da palavra personagem. Uma das amigas (eramos três casais) teimava e queria fazer prevalecer sua opinião de que a palavra era feminina e não era admitia a forma masculina.

Remontou à origem da palavra, que veio do francês personnage, que por sua vez descende do latim persona, que significa máscara (de teatro).

Deixando o purismo de lado, talvez atropelando um pouco as raízes linguísticas, acabamos por admitir que se trata de uma palavra invariável, que pode ser masculina ou feminina, é um  substantivo de dois gêneros, ou comum aos dois gêneros.

Outra conversa sobre a língua portuguesa e suas regras gramaticais, esta no âmbito familiar, levou-nos a um consenso: era estupidez a afirmativa aprendida na escola de que antes de “P” e ‘B” só se escreve “M”. REPROVÁVEL!

Por falar em escola, como me ensinaram coisas equivocadas, meias verdades e mentira integrais. Por acaso foi a falta de ventos (calmaria) que trouxe Cabral às costas deste pedaço de terra, quase continente, que depois chamaram de Brasil? A lua tem uma só face, plana, voltada para a Terra.

Essa me recorda uma digna do FEBEAPÁ. Segundo Jeff Thomas, colunista social, ou mundano, em notinha esclareceu que a lua seria como a Av. Atlântica, teria só um lado. Não entendeu? Quer que eu desenhe?

Mas a pior, segundo meu filho, foi ter aprendido que o átomo era a menor porção da matéria. Nada como o futuro para desmentir o passado. Bolsonaro era "mito", agora já era, se me permitem o chiste.

Não faz muito tempo alguém levantou a seguinte questão, no círculo jornalístico, em especial no radiofônico e no televisivo: ninguém "corre o risco de morte", nas hipótese de graves acidentes; não corre, isto sim, "risco de vida". 

2 comentários:

Riva disse...

Meus caros do PUb .... James, manda mais um ! 4 pedrinhas.

Parei de tentar corrijir as peçoas, não ressebem bem minhas obsservassões. E agora então que tem o Tuiter, ficou maiz difíssil tentar corrijir erros de portuguez.

Estou quaze aderindo. A primeira providenssia vai ser parar de assentuar as palavras. Todo mundo entende mesmo !!

FLUI

Jorge Carrano disse...


O escopo aqui é mais abrangente, Riva.