Tenho solução para todos
os problemas do mundo.
Sentado numa mesa de
bar ou numa varanda de apartamento com vista para o mar, acompanhado de bons amigos,
com os quais, pelo convívio de anos, tivesse muita liberdade de expressão de
pensamento e manifestação de opiniões, resolveria se não todos, boa parte dos
problemas do mundo.
Notem que apenas a
modéstia me impediu de afirmar que resolveria todos os problemas.
Se regando as
palavras com uma cerveja bem gelada, aí então é que revelaria meu lado mais obscuro
e desconhecido, o de filósofo. E quanto mais cerveja mais aforismos e conceitos filosóficos perpetraria.
Embora capaz de
resolver, como se fossem equações do segundo grau (ax2 + bx + c = 0), os problemas mundiais, não consigo solucionar os meus próprios problemas. E nem me refiro
aos existenciais.
Vou explicitar alguns
deles, não necessariamente na ordem em que me incomodam, mas deixando ao sabor
da já combalida memória, que enfrentou bravamente um AVC em 2010 e está em uso
há 78 anos, a indicação a seguir:
- sou torcedor do
Vasco da Gama;
- sou aposentado pelo
INSS;
- meu prontuário
médico, se revelado, obrigaria internação em UTI;
- tenho poucos, mas
fieis e bravos amigos, por conta das perdas inevitáveis decorrentes da morte
física e ainda alguns poucos que não tive a capacidade de preservar.
- sou advogado, mas ninguém é perfeito, não é verdade?
- sou advogado, mas ninguém é perfeito, não é verdade?
- estou casado, com a
mesma mulher, há 54 anos. Qual o problema? Eu a amo! Não entendeu? É profundo mesmo, pense, reflita.
- Tenho dois filhos.
E desde quando isso é problema? Você perguntará. Porque se de um lado nos dão
enormes alegrias e nos enchem de orgulho, por outro, como outros quaisquer,
tropeçam aqui e alí (também em sentido figurado), ralam os joelhos, ficam
doentes, chegam tarde em casa sem avisar onde estão, tudo como meros exemplos
que não esgotam as preocupações paternas, mesmo quando já ultrapassaram a barreira
dos 50 anos de idade.
Vinicius de Moraes
lecionou: “Filhos ... Filhos?
Melhor
não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-los?”
Trata- se de um poema
enjoadinho mesmo, tal qual o autor o batizou. Mas os versos encerram uma questão de nível acadêmico.
Notem que todos os problemas alinhados foram criados por mim mesmo. Costumamos projetar nos outros, colocar nos outros, a culpa por nossas aflições e dificuldades. Como regra geral, que dispensa exceções para se confirmar.
Notem que todos os problemas alinhados foram criados por mim mesmo. Costumamos projetar nos outros, colocar nos outros, a culpa por nossas aflições e dificuldades. Como regra geral, que dispensa exceções para se confirmar.
Está com peninha de
mim? Então me ajude. Palavras de consolo, de motivação, de autoajuda, como por
exemplo - ”Algumas vezes coisas ruins acontecem
em nossas vidas para nos colocar na direção das melhores coisas que poderíamos
viver.” – serão bem-vindas nos comentários.
Assim como ajudarão depósitos em minha conta bancária. Peço que sejam moderados no valor para não despertar suspeita do COAF.
Assim como ajudarão depósitos em minha conta bancária. Peço que sejam moderados no valor para não despertar suspeita do COAF.
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