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Campus da Universidade Federal Rural do Rj, em Seropédica |
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Casa da Moeda
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Quem é LORD GIN? Não sei.
Qual a relação entre a Universidade Rural e a Casa da Moeda? Na primeira ele estudou e na segunda trabalhou.
Claro que não me refiro à bebida. Esta muitos conhecem.
Trata-se certamente de um codinome, um apelido, um nickname. Ele tem feito preciosos comentários aqui no blog, muito especialmente
na postagem cujo link coloco a seguir. Basta clicar:
Eis seus comentários aglutinados:
LORD GIN disse...
bons tempos,em que trabalhando na Casa da
Moeda,praça da República,vindo de Campo Grande, caminhava desde a Av. Venezuela
´,, vislumbrando e saboreando pequenos detalhes do dia a dia.........
LORD GIN disse...
Como admirador do Lavoisier, na teoria e na prática
do nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, costumava junto com um
colega de trabalho minerar nos brechós das cercanias em busca de sucatas
perdidas. O Palácio das Ferramentas expunha sempre algumas preciosidades
diárias, a preço de bananas, em uma banca externa. Era festa.
LORD GIN disse...
...por falar em bananas, lembrei da padaria Bassil
na senhor dos passos,que ainda existe e resiste...excelentes esfihas,kibes e
pães árabes..muitas vezes, para aproveitar melhor o tempo do almoço e utizar
nas incursões pela área, fazíamos ali uma breve pausa degustativa, por sinal
deliciosa. Quanto às memórias afetivas, só as fraternais....rrssss
LORD GIN disse...
...Quanto tempo passado de algo aqui lido, teriam
todos sumido, dentro de uma integral com limites do zero ao infinito?
LORD GIN disse...
....desculpe-me Carrano, o comentário foi meu, que
uso o codinome LORD GIN. Houve falha de minha parte na aposição correta do
dito....mais tarde farei outra consideração sobre os jacarés velhos e machos.
LORD GIN disse...
Fazendo uma correlação entre os jacarés e humanos
septuagenários e machos, ainda plenos de testosterona , Pantanal e Amazônia,
que tal uma piranha assada ou um caldo?
LORD GIN disse...
...voltando às derivadas de tempos passados , que
praticamente é o que temos, lembro de uma visita à Universidade Rural, em Seropédica,
onde estudei nos anos 60. Lá, nos lindos corredores internos de estilo
colonial, tendo ao centro um lago e jardins ficam afixadas as placas dos
formandos de várias décadas , inclusive da minha turma de 70, e também algumas
placas menores onde os remanescentes de turmas de formandos de décadas
anteriores manifestam sua homenagem aos colegas que já passaram pelo portal
rumo ao infinito. Em uma dessas placas com os dizeres ...aqui estiveram os X
remanescentes da turma do ano Y....Fica difícil de ler sem pensar que somos
parte do sistema universal e envoltos pela rede invisível de energia cósmica .
Senti uma epifania indescritível.....dito isto vamos ao futuro....
LORD GIN disse...
Caro marrano,digo Carrano. Gostar ou não de futebol
é de pouca relevância, tendo em vista que o meu pensamento no momento do
comentário estava a nível espiritual com reminiscências vivenciadas em várias
épocas da vida e mormente porque era um jogo que não representa nada para mim.
E mesmo que fosse do Brasil, hj já nem vejo mais o jogo todo,só alguns lances,
tendo em vista a corrupção vigente entre dirigentes, treinadores, emissoras de
TV, marcas comerciais e afins e o comportamento mercenário de muitos jogadores
, me dando a certeza que na atualidade a seleção de futebol não representa
nossa brasilidade.Fazendo uma conjuminação entre pensamentos anteriores aqui
emitidos e relativos a sete décadas, te digo que copa mesmo foi a de 70.
LORD GIN disse...
..Olá Carrano, nada de velho ou de novo no front?
LORD GIN disse...
Olá Carrano....já que vale o antigo, mais uma da
Rural....nos idos de 70 tendo concluído minha graduação em Eng. Química e sem
emprego ainda, consegui um estágio na Universidade Rural, no instituto de
Tecnologia , num programa de controle microbiológico de alimentos. Tempo
passava e nada de emprego...Num dia chuvoso, numa estrada de barro que ligava a
estrada Rio São Paulo ao local de estágio, a tabatinga ia aderindo ao solado do
sapato, pesando cada vez mais..Nessa sequência de acontecimentos e tendo em vista
minha situação eu chorei....Mais a frente já no prédio do Instituto de
Tecnologia me deparei com um painel de um congresso de Química, contendo um
trecho de lusíadas,do velho Camões, Canto I, versículo 40 onde dizia: E
tu,Padre de grande fortaleza/Da determinação que tens tomada/Não tornes por
detrás,pois é fraqueza/Desistir-se da cousa começada. A simples leitura me
revigorou...um mês depois estava empregado no mesmo local que ainda hoje
labuto.
LORD GIN disse...
Caro Carrano, grato pelo encômio e convite a expor
minha larva, digo lavra, mas nada tenho arquivado pois o pouco que escrevo é
devido a estímulos de assuntos que despertam algo lá no recôndito e ou advindos
da memória atávica. De qualquer maneira estarei por aqui sempre observando e
caso lembre de algumas outras passagens interessantes terei o maior prazer em
participar.
LORD GIN disse...
Olá Carrano, por falar em saudade e recordações de
tempos idos, mas mantidos vívidos no desgastado registro de memórias , tenho a
comentar a existência de um local situado bem distante do nosso charmoso centro
do Rio de Janeiro e chamado de Beco dos Crioulos.No caso hoje é uma rua nomeada
travessa Manoel de Jesus. Esse local situado na periferia de Campo Grande foi
habitat de antigos escravos alforriados onde na década de 80 ainda morava uma
senhora de idade centenária filha de escravos, a qual conheci.Futuramente
contarei algumas passagens ocorridas nesse beco e com a descrição das condições
de algumas habitações lá existentes, por essa época.
LORD GIN disse...
Passado algum tempo volto à narrativa....O dito
Beco liga a Av. Cesário de Melo à Estrada do Cabuçu. A Cesário de Melo é a
antiga Estrada Real, que conheci ainda sem asfalto e com postes de transmissão
de energia, feitos de troncos de eucalipto. A referida estrada real era a via
de locomoção da família real do palácio em São Cristovão para sua casa de
campo,situada em Santa Cruz, um casarão que pertenceu aos jesuitas, dentro de
uma enorme fazenda que abrangia toda aquela região até a Costa Verde. Hoje esse
imóvel é ocupado por uma unidade de engenharia do exército.A dita estrada real
tinha os marcos de distanciamento feitos de granito e com o símbolo
imperial,tendo inclusive um local entre Bangu e Campo Grande denominado Marco
Sete, onde obviamente existe o marco de nº 7. Ao longo da via ainda existem
alguns outros marcos. A Estrada do Cabuçu do outro lado do Beco liga Campo
Grande ao Rio da Prata, onde está localizado o ponto culminante da cidade que é
o pico da Pedra Branca.Não deu tempo para falar do Keké verdureiro e os irmãos
Periquito e Tico Tico, moradores do Beco, porque o mundo gira e a Lusitana
roda.
LORD GIN disse...
...voltando ao Beco, que neste caso tem duas saídas....O Keké era um negro forte ,ajudante de caminhão e possuidor de uma voz potente, que gostava muito de cantar músicas interpretadas por Jamelão. Mais tarde, já definhando fisicamente e com visão prejudicada vendia verduras na vizinhança em um carrinho de mão .Os irmãos Periquito e Tico Tico, negros franzinos viviam de pequenos expedientes.Periquito tinha algum dote musical e tocava num conjunto musical de chorinho nomeado pancada no saco.A morada dos irmãos ,em pleno Beco e herança dos pais era uma construção de pau a a pique com teto de zinco e o piso de terra batida onde dentro, alem de pessoas circulavam patos ,galinhas ,gatos e cães. O banheiro , do lado de fora, continha um simples buraco do boi e a água para banho, um luxo, vinha de um poço artesiano com ajuda de baldes. Tico Tico tinha uns dois quartinhos para alugar, também construídos daquela forma rudimentar. Nessa época eu tinha um bar e depósito de bebidas em frente ao Beco, num imóvel que herdei do meu pai, um imigrante português de Vilela Seca e que tinha se estabelecido anteriormente nesse local com uma carvoaria, que vendia tocos de lenha,querosene e óleo diesel. Advindo dessa atividade e ajudando o velho nesse trabalho veio meu apelido de Paulinho carvoeiro. Outro dia conto mais, do Beco e do bar.....
....Certo dia chuvoso, caia uma garoa fininha, entrei no Beco onde conhecia a maioria dos moradores pois tinha vivido ali perto a minha juventude e ao passar pela casa do Tico Tico avistei o Keké verdureiro que me saudou todo triste e choramingando,pois estava ao relento, num cubículo sem cobertura e todo molhado. Perguntei por que ele estava ali assim e não dentro da casa, onde geralmente ficava. Segundo ele o Tico Tico o tinha retirado da casa. Questionei a razão daquilo ao Tico Tico que logo me disse que o Keké tinha urinado lá dentro . Para apaziguar a contenda e tirar o Keké daquela situação adentrei na casa e mandei buscar unas cervas e uns pastéis numa das muitas barracas do Beco. A partir daí e já tendo alterado o estado de consciência do Tico Tico para melhor, fiz uma proposta ao dito. Perguntei se ele aceitaria uma quantia em dinheiro para uma estadia de cerca de três dias para o Keké, que era a previsão da duração da chuva. A proposta foi logo aceita e o Keké ganhou abrigo, que incluía até comida. Feito o pagamento perguntei se já teria algo para o Keké mastigar e o Tico Tico imediatamente começou a cozinhar uns ovos´colhidos ali mesmo das galinhas que circulavam na casa. Na sequência, sentado num sofá bem castigado pelo uso, bebi mais umas cervas e contemplei em epifania o desenrolar daquela situação inusitada que guardo na mente até hoje e tenho prazer em relatar.
Outro personagem característico do Beco era o Machado, um negro de pouca altura ,voz mansa e muito amigável.Tinha sido o treinador do time de futebol da área, o Santa Rosa. Muito conhecido na periferia Machado vivia numa casa simples no Beco , com mulher e filhos. A casa ,mais organizada que a do Tico Tico, já tinha um piso de cimento com vermelhão.Ele Sobrevivia de pequenos trabalhos de limpeza,capina e mandados, inclusive lá da minha casa. Certo dia chamei o Machado para me ajudar na capina de um terreno que tinha comprado para fazer uma casa , pois o capim navalha que o cobria já tinha altura de mais de dois metros.Peguei meu Jeep da segunda guerra,um WW2 MB Willys e partimos para o terreno. Levamos uns três dias para findar o trabalho pois na realidade queria conhecer melhor a área onde moraria futuramente. Nos intervalos que eram maiores do que o trabalho em si as cervas matavam a sede.Terminada a capina resolvi voltar ao Beco e levando o Machado para sua casa, pelos fundos do Beco ,ou seja, entrando pela estrada do Cabuçu, num trecho que era transitável só para pedestres. Nesta época uma verdadeira trilha off road para veículos. Com meu jeep pintado de Olive Drab e alguns símbolos do exército americano adentrei com certa velocidade na trilha. Embaixo de uma árvore , numa área desabitada, estavam reunidos em torno de um tabuleiro mais de 20 pessoas no famoso jogo de Ronda , naquela época proibido. Quando o jeep foi avistado a rapaziada saiu em disparada, largando tabuleiro ,cartas e até dinheiro de apostas. Um pouco depois ,reconhecendo Machado e a mim vieram se reagrupando.Pensaram que era o exército invadindo a área. Voltaram ao jogo e tudo terminou na boa.
O Madureira nasceu ali na meiuca da Rua Carius com o Beco. A maioria dos terrenos tinha passagem sem cercas de um lado para o outro.Esse personagem ganhou tal apelido no Beco por ter sido roupeiro do Madureira A. C durante muitos anos. No Madureira seu apelido era Rato
pois tinha um rosto peculiar, com uma barbicha rala e bigode fininho, que justificavam o dito apelido. Através dele soube de muitas histórias que aconteciam nos bastidores do futebol, no dia a dia com jogadores , nos vestiários e nos hotéis em que se hospedavam na ocasião dos jogos fora.Também contava coisas que ouvia em conversas da diretoria quando reunidos com dirigentes de outros clubes tratando do empréstimo de jogadores que despontavam e demonstravam boas habilidades futebolísticas. Infelizmente o Madureira foi
vítima do alcoolismo,sendo despedido do emprego.Passou então a viver de pequenos expedientes na área , inclusive no depósito de bebidas e bar que eu mantinha na época. Mesmo tendo bebido ele mantinha uma conduta digna no dia a dia.Ele gostava muito de pescar e inúmeras vezes fomos ao Grumari , praia que gosto muito e sobre a qual descreverei alguns aspectos muito interessantes, mais adiante.
A praia do Grumari fica numa área de preservação ambiental e tem cerca de 2,5 km extensão. Situada entre a Prainha ,no Recreio, e as praias só acessíveis por caminhada e nominadas de Inferno,Perigoso,do Meio,da Tartaruga e no extremo a praia da Barra de Guaratiba, junto à Restinga de Marambaia.Uma paisagem excepcional que vale a pena ser vista. O Grumari é um verdadeiro anfiteatro natural formado por um semi círculo de montanhas cercado pelo mar. Muito tempo atrás eu pertencia ao Grêmio Excursionista de Campo Grande e acampávamos nas praias já comentadas e fazíamos caminhadas até o pontal, em frente à praia da Macumba, voltando depois pela estrada da Grota Funda até a Ilha de guaratiba onde pegávamos um onibus até Campo Grande. Esse nome de Ilha de Guaratiba nada tem a ver com a geografia do local em si pois advém do nome do Sr Willians , um inglês morador em Guaratiba, que administrava a antiga linha de bondes que fazia a ligação de Campo Grande à região de Guaratiba e Rio da Prata.Por essa razão e importância do personagem o local se tornou a Ilha de Guaratiba. Bons tempos.........
LORD GIN disse...
Carnaval na bocada e uma reminiscência veio à tona...Formado por moradores do Beco e Rua Carius havia o bloco denominado Sinfonia dos Tamancos cuja peculiaridade marcante alem dos carnavalescos muito animados era o uso por todos os integrantes dos ditos tamancos. O bloco era bem constituído, com fantasias simples e criativas e uma boa bateria.O destaque da coisa era a paradinha, executada de tempos em tempos nos locais de desfile com maior platéia, onde todos retiravam os tamancos e executavam toques manuais com os tamancos que arrepiavam. Também executavam passos de dança tocando os tamancos no chão ao toque do surdo.Contando com alguns desses participantes que também faziam parte do conjunto Pancada no Saco, já mencionado e do bloco Solta os Bichos do Rio da Prata, tive a idéia de fazer um bloquinho que chamei de Bloco da Pipa. Nesse tempo eu tocava de forma sofrível um trompete e só sabia algumas músicas , principalmente a relativa à música das pipas ..... tá com medo tabaréu a minha pipa é de papel e uma música de introdução ao carnaval.....Daí veio a idéia de fazer o Bloco da Pipa..continua.....
A pipa em si era o estandarte do bloco pois era constituída de três varas de bambu em cruz, formando a armação de uma pipa cafifa , a mais utilizada naqueles tempos. Outras duas variações de estilo de pipas eram a pipa pião e a arraia.A vara central tinha cerca de 4 metros de altura e as duas laterais uns três metros. Eram aparafusadas nas junções e feitas as delimitações da armação com barbante crú. O revestimento era com jornal e cola de farinha de trigo,tal qual na feitura das cafifas para cruza, naquela época.Os candidatos a desfilar no bloco ajudavam a montar a bicha, no chão em frente à minha casa.Feita a pipa,reunida a bateria e o trompetista sofrível, amante de músicas clássicas, e os componentes era hora de iniciar a coisa. Antes disso eu pegava na encolha, o velho penico de ágata da minha mãe, já desgastado pelo tempo de uso e cheio de fissuras internas que deviam abrigar milhares de colônias de estreptococus e outras de nome mais complexo. O dito penico era preenchido com cerveja e se tornava o rito de iniciação dos novatos pretendentes a desfilar no bloco.Tinham que tomar uma boa porção de cerveja acondicionada no vasilhame para serem considerados iniciados.....continua....
O bloco tomava o rumo da estação de Campo Grande , mas no caminho era de lei uma parada na casa da Madame Odete, costureira e carnavalesca famosa, mulher de um ex bicheiro. Ali nos eram fornecidas algumas fantasias já usadas em outros carnavais mas que se adequavam perfeitamente ao nosso propósito de pura farra carnavalesca. A pipa empinada dominava o cenário e era admirada pela platéia circundante, mormente quando eu executava a música de introdução do carnaval, uma marchinha antiga, e depois o tá com medo tabaréu a minha pipa é de papel. Na sequência mais foliões se juntavam a nós e sempre fazendo o ritual do penico.A pipa , pelas suas descomunais dimensões, quando encostada às arvores de algum terreno vazio servia de parede de mictório também.E lá íamos naquela animação até a rua Coronel Agostinho, hoje o calçadão de Campo grande. Numa dessas idas fomos respeitosamente abordados por um cineasta de Campo Grande, o Waldir Onofre que estava filmando um episódio de um filme que se passava no carnaval e nos convidou para participar do mesmo, só que no outro dia. Concordamos, mas como acontecia todo ano o desfile era só de um dia porque a turma nunca se reunia duas vezes seguidas..infelizmente não cabe descrever aqui algumas cenas picantes que aconteciam durante o evento.....bons tempos...
LORD GIN disse...
Passou aqui na minha rua um bloco de moradores da cercania bem animado, com um conjunto de instrumentos de sopro afinadíssimos constando de tuba ,sax,trombones e trompete que me fez lembrar o ancião Bloco da Pipa.Aproveito para relatar um dos lances ocorridos numa das saídas do bloco. Como disse anteriormente apesar da farra, existia uma certa disciplina a ser seguida. No decorrer de uma delas um grupo de meninos travestidos pediu para participar e foram aceitos. Eram muito animadas e executavam coreografias que valorizaram o desfile. No final da coisa , depois do ritual de queimar a pipa e um toque de silêncio executado no trompete, em respeito ao estandarte querido ( RIP ), dois rapazes vieram pedir a mão das meninas aos diretores do Bloco. A coisa foi concedida com a recomendação de que o tratamento a ser despendido a elas fosse o melhor possível. E assim se encerrou mais um desfile do Bloco da Pipa. OBS: se as senhoritas reclamarem será culpa sua de publicar tal acontecimento.
Olá Carrano e não marrano como eu, de provável origem sefardita em diásporas de tempos idos na velha Lusitânia e Galícia e talvez um cristão novo, tendo em vista alguns aspectos de genealogia e sobrenome..... Na realidade te respondi, mas parece que por um acidente de TI a msg não foi enviada. Nela eu respondi que vim a te conhecer por aqui e nestes dias comecei a ler algo sobre vc e suas atividades pertinentes. Interessante a sua cultura e verve prolixa em vários campos. Por falar em diásporas, filósofos e península Ibérica tenho uma admiração imensa pelo Spinoza , sua coragem de enfrentar o poder das igrejas,tanto judia como católica e isto há mais de 500 anos, alem da sua visão do mundo, da qual compartilho até onde alcança a minha pouca condição de entendimento no assunto em epígrafe.
Por falar em cruzamento de dados,dado a época de entregar o suado ganho à RFB, explico aqui o codinome LORD GIN. Na década passada eu era contumaz frequentador de sala de chat, no caso a sala A do Terra e inicialmente entrei com o codinome Mr Walker, homenagem ao meu personagem preferido das histórias em quadrinhos o fantasma voador da baia de Bengala, na sua identidade civil quando ia namorar a Diana Palmer e em outras atividades específicas.Troquei depois para o LORD GIN, que era uma paródia não muito entendida do personagem LORD JIM do livro do Joseph Conrad. Nessa época gostava de GIN e o personagem se adequou à conjuminação biunívoca.Um LORD bebedor de Gin. Muitas vezes, na sala A, dialogando até com cinco colegas ao mesmo tempo e em assuntos variados, era questionado porque escrevia errado o nome do personagem do livro. Explicava a razão da coisa e nem me LIXAVA com certos comentários......bons tempos.....
Já que o antigo voltou, me reporto à década de 50 e início dos 60 quando o fornecimento de água na Zona Oeste era caótico. Só as ruas principais , mormente no centro de Campo Grande tinham água encanada. A Estrada Real onde eu morava era uma das beneficiadas pois a tubulação principal passava ali. Na periferia a população sofria e se abastecia em poços, cuja boca era formada por um círculo de tijolos e tinha uma trave com uma roldana de madeira improvisada que girava e por meio de cordas permitia o levantamento da água em baldes, como na casa do Periquito e aqui descrito anteriormente. Na entrada do Beco dos Crioulos tinha água encanada numa famosa bica comunitária , onde a turma vinha buscar água seja em latas de banha equilibradas no topo da cabeça ou em barris antigos onde a inventividade dos usuários criava sistemas de tracionamento por meio de ferros de vergalhão dobrados,formando alças que deslizavam internamente nas abas desses tambores de 180 litros , possibilitando o giro dos referidos para longas distâncias.Já nesse tempo existiam os famosos gatos de água ou ratões do banhado ,formando um emaranhado de canos saindo da bica e adentrando no Beco.
As duas ruas Cesário de Melo e Cabuçu que limitam o Beco se encontram antes do infinito,numa esquina.Nessa esquina havia o entroncamentos dos trilhos dos bondes que seguiam para o Rio da Prata, Monteiro, Pedra de Guaratiba e willians digo, Ilha de Guaratiba, sub bairros de Campo Grande.Ali os bondes tinham uma parada para aguardar seu horário e a liberação das linhas para seus respectivos destinos.Em cada um dos quatro cantos existia um bar. Nesse tempo, de poucos serviços de transporte, era um verdadeiro terminal onde as pessoas aguardavam seus bondes, tomavam umas e outras , faziam amizades , iniciavam papos de conquista e ou futuros encontros.O resultado desses encontros furtivos geravam inúmeros casos de amores proibidos,dai originando para o local o nome de Esquina do Pecado, que se mantem até hoje. Obs: sem mais pecados, pois não existem mais os bondes e os bares.Tiraram o sofá da sala........
Certa feita, por acaso no dia do meu aniversário, alguns amigos resolveram fazer uma festa. Um deles era dono de açougue e outro um militar reformado que adorava festas , foguetórios e churrascadas.Instalaram um sistema de som potente e rolava de pagode até música clássica. O local era em frente ao Beco e a música, de som potente, ia até aos confins do pé do morro dos caboclos , no corredor de propagação de som formado pelo Beco e Rua Carius. Cerveja e carne rolavam à vontade e a galera ia se aproximando, na tentativa de pegar uma Xêpa. A coisa estava tão farta que não faltava nada, inclusive umas moças bonitas e formosas como você gosta e já insinuado aqui no site. Um dos amigos estava de posse de dezenas de cédulas antigas, achadas no colchão da sua falecida mãe, já sem valor e não mais emitidas, cuja cor predominante se equiparava à das cédulas em circulação e de maior valor daquela época. Num dado momento o dono das cédulas começou a queima-las uma a uma na churrasqueira, numa coreografia que simulava serem verdadeiras. A notícia se espalhou no Beco, como rastilho de pólvora aceso , causando enorme comoção inclusive entre as belas meninas, que pediam misericórdia para aqueles velhos pedaços de fibras de algodão impressos em calcografia , offset e tipografia. A partir daí o que rolou é mera imaginação... ou .... realidade plena......
NOTA DO EDITOR:
Macacos me mordam se a história do Beco, com os personagens mencionados, não der um romance.
Coragem, LORD GIN, e mãos a obra.
31 comentários:
Serão contemplados com uma assinatura anual do blog, todos aquele que derem pistas sobre a identidade do LORD GIN.
Quem está atrás do codinome?
As únicas que temos, até o momento, são as de que estudou na Universidade Federal Rural, em Seropédica, e que trabalhou na Casa da Moeda.
Suspeita-se de que se chama Paulo.
Afinal, quem se oculta sob este "nom de plume" ou para os não iniciados "pseudônimo literário"?
O mistério continua.
...Finalmente consegui reunir alguns neurônios dispersos e avistei o poste,digo post, tendo a relatar um fato inusitado acontecido no meu antigo bar. Certo dia , inspecionando um garfo com uma lupa, minha especialidade,vislumbrei uma fissura na estrutura metálica do mesmo e que causava um entortamento caso pressionado , quase o quebrando.Logo imaginei uma brincadeira à lá Uri Geller, que naquela época era o must dos programas de TV. Eu tinha outros garfos da mesma fabricação e perfeitos. Montei um cenário com música clássica ao fundo, no caso uma sinfonia de Mahler, e aguardei os frequentadores mais notórios do bar, desde negociantes , engenheiros, pedreiros , médicos e moradores do Beco.Iniciei uma conversa sobre poderes mentais, estados de consciência alterados e afins. Relembrei as façanhas do Uri Geller e afirmei que depois de um certo tempo de meditação e pensamentos etéreos seria capaz de dobrar e quebrar um garfo, tal qual o URi o fazia.Peguei um garfo em perfeito estado e deixei a platéia examina-lo. Liguei na nona sinfonia de Mahler e me concentrei. Fiz alguns movimentos diversionistas e troquei o garfo perfeito por aquele quase partindo.Falei algumas palavras em ESPERANTO , que ninguém ali entendia alem de mim e iniciei o espetáculo, balançando com vigor o pobre garfo que se partiu em dois e deixando a platéia abismada. Até hoje alguns sobreviventes e assistentes daquela cena, que ainda perambulam neste purgatório, me perguntam como executei aquilo e eu respondo....a força do pensamento em comunhão com o sistema cósmico universal o permitiu...
Bem-vindo de volta, LORD GIN!
Bem diversificada a fauna frequentadora de seu bar. Aquela biodiversidade deveria provocar grandes papos.
Você pretende reabrir o lugar?
Só por curiosidade, qual era o material do garfo? Alumínio, aço? E se tivesse que repetir o número, a proeza, na noite seguinte?
..... fala Carrano, foi bom ter encontrado o post, sendo que gosto mais do outro, coisas da idade. Comentando o acima tenho a dizer: Tendo sido pego pelo plano collor me restou montar aquele bar depósito, pois tinha o imóvel bem localizado e fui enfrentar as feras numa área que era totalmente diversa da área técnica que que eu atuava. Pela minha formação e um pouco de cultura que detinha servi de psicólogo, médico, advogado, as vzs do demo, e dentro das possibilidades consegui algumas boas amizades e grandes papos. Da malandragem aprendi algumas técnicas para sair fora de armadilhas e por ai adiante. Me lembra de contar umas do Zezinho Angu ( RIP ) que era um mulato de traços finos educado e bem falante , mas aquele 171 nato rssss. Reabrir o lugar como bar nem pensar , pois o imóvel está alugado e voltei ao trabalho na mesma função anterior ao dito plano e onde ainda labuto.O material do garfo que me lembre era aço galvanizado com camadas de Cu, Zn e Cr. Nunca repetiria aquele ilusionismo tendo em vista que nada do que foi será, do jeito que já foi um dia.....e o mundo vem em ondas.....
Tem razão, caro LORD GIN. Conforme filosofia dos orientais nunca se consegue entrar no mesmo rio.
Conta uma do finado Zezinho Angu.
Zezinho Angu era o típico malandro carioca. Voz macia, nunca se alterava , vestia sempre uma camisa social, sapato bico fino e um chapéu característico. Vivia de pequenos estelionatos (SICA). Segundo informações colhidas aleatoriamente. Alternava momentos com alguma grana e as vezes zero, dependendo das condições do mercado.Nunca aceitei nenhum cheque do dito pois sabia que era fria, mas ao menos me deu a dica de nunca preencher e assinar cheques diretamente sobre as folhas adjacentes pois as marcas da assinatura proporcionavam a falsificação por cobertura. No caso deveria colocar por baixo da folha a ser preenchida, uma chapa fina de metal para impedir a coisa, caso houvesse um desvio do talão....Certo dia, por acaso nesta época de festas juninas, no Beco dos Crioulos ocorria uma festa com barracas de comes e bebes e a tradicional apresentação de quadrilhas vindas de várias partes do bairro. Numa das barracas eu estava com a rapaziada bebendo umas cervas e apareceu o Zezinho Angu, mais duro que diamante industrial.A turma foi logo em cima dele, cobrando o pagamento de cervas devidas durante muitos anos em que o mesmo ficava na sombra do boi e não pagava nada. Apesar de não concordar com as atividades do malandro resolvi fazer uma brincadeira . Fui ao barraqueiro, na encolha, e paguei umas quatro cervas adiantadas, sem contar a ninguém. Chamei o Zezinho e comuniquei o lance . Na sequência disse ao Angu para ele tirar uma onda junto à rapaziada, que logo mandou a sua verve característica se jactando de estar abonado e foi sacando as cervas pagas, para espanto geral dos circunstantes que nunca tinham visto aquele espetáculo . Foi divertido enquanto durou.....
O repto continua.
Desafio aos caros leitores para que identifiquem quem se abriga atras do apodo LORD GIN.
Certa feita, numa cidade contígua ao Rio, deparei com o Zezinho Angu vestindo terno e gravata, provavelmente armando algum 71. Ao me ver em companhia de alguns amigos o dito me saudou e disse: Dr, amanhã vou levar aquele bacalhau pro senhor....queria impressionar....quando mandei o recado para ele abrir o olho que os homem estavam na área. Êle sorriu e prosseguiu na empreitada.Tempos depois veio a notícia de que a alma dele tinha passado pelo portal do infinito,lá pelos lados da baixada.SIC-RIP.
Caro LORD GIN,
Se eu estiver na Rua Pedra Rasa, em Guadalupe, estarei muito longe do Beco dos Crioulos?
fala Carrano...pelo visto as estorinhas do Beco te motivaram positivamente....aguenta ai que tem muitas outras....a distância entre a pedra rasa e o Beco é de cerca de 25 km....Por falar em pedra rasa,isso me lembra Pedra de Guaratiba e Barra de Guaratiba que também suscitam boas estórias rssssss.
Instigado define bem meu posicionamento.
Dando tratos bola, analisando as informações disponíveis sobre LORD GIN, e supondo tratar-se de alguém que conheci ou conheço, selecionei 4 amigos que poderiam se encaixar no perfil.
Levei em conta o estilo de redação, o vocabulário, os locais frequentados, as referências feitas, e cheguei a conclusão que nenhum deles preencheria, por inteiro, as características que identifiquei no citado personagem.
Sobraram duas certezas: ou se trata de alguém que realmente não conheço ou conheci; ou todas as narrativas do LORD são obras de ficção.
Quem poderia, dentre meus amigos, inciar um diálogo com : fala Carrano ?
Sei e com certeza. Um dileto e antigo amigo, que entretanto, ao que saiba, não teve as vivências do LORD GIN, tais como relatadas até hoje.
fala Carrano....Quanto ao assunto em epígrafe adrede e acima mencionado já havia afirmado que te conheci aqui no teu site....Voltando ao Beco dos Crioulos tenho umas historinhas sobre o Jube ( RIP ) , morador da Carius e casado com a filha do Nesa ( RIP), moradores do Beco. O Jube era motorista de ônibus e conhecia bem de eletricidade de automóveis. Jube ,acho que de nome Joubert, era bisneto do João Tripeiro, também da área e que negociava com miúdos de porco, boi e etc.Tinha um carrinho de mão pintado de alumínio , com uma caixa revestida de chapa de metal , onde acondicionava a mercadoria . A mesma era vendida a peso, utilizando uma balança tipo de escala com mola , na qual era pendurado um prato metálico sustentado por três correntes. Tendo o Tião tripeiro ( RIP )como ajudante e anunciante lá iam eles pelas ruas adjacentes vendendo os produtos que eram adquiridos no matadouro de Santa Cruz.Inclusive essa localidade tinha acesso também por trem, cuja estação até um tempo atrás era um dos destinos dos trens que partiam da Central do Brasil, figurando nos letreiros dos mesmos Matadouro e o número 42. Os trens para Campo Grande, ainda existentes, tem o número 41..... continua....
Aguardo, curioso, pela continuação.
Até breve, espero.
....Me fez recordar o tempo em que trabalhava ali em frente à Central, na Praça da República, com vista direta para o relógio da Central que é parecido com o Big Ben londrino.Pois bem ,sem o big, lá no quarto andar onde se localizavam os laboratórios, a visão do dito era empolgante, principalmente perto das cinco, na hora de sair e pegar o 42 ou o 41. Geralmente acompanhado de um colega escolhíamos uma porta que não abria. Isso era comum nos trens antigos com os codinomes de cacareco, Marta Rocha e Wanderlei Cardoso, fabricados nas décadas de 30,50 e 60 .Cacareco por serem os mais antigos, Marta Rocha pela época da Miss Brasil mais famosa e Wanderlei porque era fresco, bonito e macio.Íamos olhando a paisagem urbana e observando as cenas de cada localidade no percurso de 40 km até Campo Grande. Chegando ao destino ainda dava para dar uma olhada no comércio e nas passantes...Esqueci do Jube, mas volto......
....mas antes do Jube e não menos importante e por falar em trens , o que me fez rememorar interessantes aventuras vivenciadas na década de 60 junto aos companheiros do Grêmio Excursionista Campo Grandense quando fazíamos caminhadas , escaladas e acampamentos em locais como o Pico da Tijuca, Pedra do Sino, Nariz do Frade, Morro do Garrafão , Pico da Pedra Branca ( ponto culminante da Cidade do Rio de Janeiro), Parque Nacional de Itatiaia Praias do Grumari, Inferno, Meio, Perigoso, Tartaruga, Barra de Guaratiba, Pedra de Guaratiba e também na Costa Verde, que começa na Ilha da Madeira seguindo em direção à
Vila Geni, Coroa Grande, Itacurussá, Muriqui, Praia Grande , Sahy, Ibicui, Praia do Saco, Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty.Parte dessa região foi propriedade dos Jesuítas e a praia do Sahy era nossa preferida para acampar. Nela ainda se encontram ruínas de prédios feitos em pedra, onde reza a lenda havia tesouros enterrados, haja vista os buracos feitos nas paredes e no chão em busca dos mesmos. A ida para a praia do Sahy era feita a partir de Santa Cruz no famoso trem macaquinho....segue.....
O caro LORD GIN escolheu um caminho bem tortuoso para chegar ao Jube.
Fez-me lembrar de uma piada inglesa.
Consta que um cidadão londrino, precisava ir para Dublin num dia bastante chuvoso. Com a visibilidade ruim perdeu-se na estrada. Achou que precisava de uma ajuda e ao se deparar com alguém que caminhava todo agasalhado e de guarda-chuva, na beira da estrada, parou seu carro, baixou o vidro e perguntou como deveria fazer para chegar a Dublin. O caminhante respondeu que primeiramente aquele não era o melhor lugar para dar início a uma viagem em direção a Dublin.
Humor britânico.
Mencionei o caro Watson, o Holmes e suas histórias que me inspiraram nas análises documentoscópicas periciais e o itinerário que o macaquinho seguia na linha e sem tortuosidades, mas parece que não foi registrado. Não que seja de somenos importância , mas somemos com a descrição do trem macaquinho cuja estrutura era de madeira e tracionado por uma máquina a Diesel, partindo de Santa Cruz até Mangaratiba. O trecho não era eletrificado. Quando íamos acampar com todos os apetrechos inerentes, tais como barraca de lona pesada do exército, mochilas, bornais , mantimentos e demais itens o transporte era no macaquinho,cujo apelido era derivado das cargas de bananas que o dito também transportava e eram abundantes nos morros daquela região. Com tanto peso dos apetrechos era penoso seu carregamento a pé, por isso um colega que trabalhava na Central do Brasil pedia ao maquinista para dar uma meia parada já na bocada da praia do Sahy. Dali seguíamos até a areia onde era montada a grande barraca para mais de vinte ocupantes. Bons tempos.......
Ah! As viagens de trem... eram bons tempos mesmo.
Meu pai alugou, um par de vezes, uma casa em Muriqui, para passarmos alguns dias nas férias. Anos 1950.
Já a barraca para vinte pessoas, há controvérsia.
... a barraca era de comando, do exército, e realmente comportava o que foi afirmado.....Quase esqueci do Jube, mas garanto que contarei o prometido....
O comentário sobre a barraca, não estava relacionado a sua capacidade de abrigo de 20 pessoas. Não me passou pela cabeça duvidar.
Como o mote era bons tempos, coisas saudosas, pareceu-me meio inconveniente muitas pessoas reunidas, sem privacidade.
Isto é controvertido.
...Caro Carrano, pelo visto vc nunca vivenciou um acampamento conforme descrito, pois a turma era harmônica e composta por mulheres também. Os possíveis incômodos eram tirados de letra e lembre-se que éramos jovens e dispostos a aventuras saudáveis em meio à natureza deslumbrante dos locais escolhidos.
Com efeito não tive esta vivência.
Minha experiência de acampamento foi durante o serviço militar. Final dos anos 1950. 3º RI.
No Morro do Castro, dividindo a barraca com outro soldado e dormindo em saco de campanha.
Durante a marcha até lá, cada um levava uma parte dos apetrechos necessários para montagem, na mochila.
Mosquitos e carrapatos. Água restrita a do cantil.
Caro LORD GIN,
Você pode escrever sobre o Jube ou sobre o Jobi, tradicional bar do Leblom.
...vai ser sobre o jube pois o jobi não conheço..
Foi apenas um chiste, caro LORD GIN.
Aguardamos, com expectativa, sobre o Jube.
fala Carrano....tempo passou, me aposentei e me despedi da CMB em grande estilo , pois era o mais antigo funcionário até aquele dia. Agora vagabundeio fazendo caminhadas, retomando a direção do jeep MB em alguns passeios exploratórios e coisas afins.Falar nisso outro dia fui até ao Rio da Prata dirigindo o jeep e na volta , pela estrada do Cabuçu, adentrei no Beco dos Crioulos , coisa que não fazia,com o jeep, há mais de 20 anos.No local onde havia um grande espaço vazio, conforme comentado aqui na história do jogo de Ronda , agora é ocupado por habitações já bem melhores que a do Tico Tico, periquito e Quequé.Subindo em direção à estrada Real deparei com uma rapaziada à qual saudei , fui correspondido e reconhecido.Lembrei do Jube e com grande júbilo prometo reencetar a narrativa iniciada e interrompida tantas vezes. Um abraço.
E não é que o Lord Gim está de volta, depois de uma hibernação demorada ?
Welcome back!
Como dizia o Maguila, o wel come black and white. O Jube como já comentado, alem de motorista de ônibus fazia uns bicos de eletricista de residências e automóveis. Um dia , lá no meu bar, o Jube me veio com uma descoberta científica: Pô Paulinho, descobri um meio de economizar energia elétrica e não perder grana prá Light com esses freezers que vc tem. Questionei como e ele me explicou a teoria....instalaria um alternador nas correias que giravam o motor e teria energia elétrica gerada grátis.Lembrei a ele que as leis da física são claras quanto ao atrito gerado e a perda de eficiência ao longo do tempo de giro do dito alternador.Caso positiva sua teoria,na prática, seria a descoberta tão buscada através dos tempos do moto perpétuo.....Difícil comentar mas a confusão gerada com uma motocicleta foi o óbvio....na sequência vamos descrever umas manias do jube e os efeitos pertinentes....um abraço.
Caro LORD GIN,
Mais uma pista que ajudará, Paulo, no deslinde de sua identidade.
O conhecimento de leis da física também.
Olha, publiquei uma nova postagem, a fim de que, nos comentários, você dê sequência a descrição das manias do Jube e os efeitos pertinentes.
Está em:
https://jorgecarrano.blogspot.com/2020/01/lord-gin-em-carne-e-osso.html
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