Até hoje tenho dúvidas. Em 1958, tinha 18 anos, não assisti às transmissões ao vivo. Somente no dia seguinte as imagens chegavam ao Brasil, de avião.
A de 1970 não só assisti às transmissões pela TV, como assisti ao vivo, jogando no Maracanã, ainda dirigida pelo João Saldanha, pelas eliminatórias.
As formações táticas eram diferentes, mas as funções em campo, parecidas, permitem comparar. Com alguma tolerância.
Vamos lá, escolha a sua porque para mim sempre foi difícil. Em algumas posições, claro. Pelé estava nas duas.
As opções, se você não os reconheceu, seriam: Gilmar ou Felix; Carlos Alberto ou Djalma Santos; Brito ou Belline; Orlando ou Zózimo; Nilton Santos ou Everaldo; Didi ou Gerson; Clodoaldo ou Zito; Garrincha ou Jairzinho; Vavá ou Tostão; Pelé ou Amarildo e Zagallo ou Rivelino.
Claro que em outras oportunidades, até conquistando títulos, tivemos bons jogadores, mas os destaques eram individuais, somente: Romário e Ronaldinho (Nazário). Mas o conjunto não se equiparava aos dois citados.
15 comentários:
Não vi a de 58, embora lembre de alguma coisa da final. E nos VTs não me impressionou.
A de 70 era muito boa, mas lembro a dificuldade naquele jogo de xadrez contra a Inglaterra, e até mesmo no jogo final, quando a Itália empatou o jogo. Foi um susto.
E contra o Uruguai, não sei o que seria se não empatássemos o jogo antes do intervalo ...enfim,também foi uma Copa com grandes seleções muito fortes - Brasil, Itália, Uruguai, Inglaterra e Alemanha. Até a Romênia tinha um bom time.
Acho que nunca mais houve uma Copa com tantas seleções boas assim !
Mas - podem atirar as pedras - a seleção que mais me encantou até hoje foi a da HOLANDA em 74.
#simplesassim
Não seria o caso de atirar pedras, Riva, posto que a seleção holandesa de 1978 realmente era muito boa, com um esquema tático inovador.
Assim como a da Hungria em 1954, que vi jogar, teve campanha fantástica na fase antes da copa, e mesmo durante a copa até a final.
Mas a história reserva lugares para vencedores e ambas deixaram de conquistar os títulos disputados.
Ah! E teve, no quesito bom futebol arte, a nacional de 1982.
Falei da HOLANDA de 74.
A de 78 não era tão boa assim como a de 74.
Realmente aquele time do Telê de 82 era muito bom, e levava aquela Copa fácil, não fossem os erros grosseiros de tática e individuais num único jogo.
Verdade, Riva, você mencionou a seleção laranja mecânica de 1974. Foi um lapsus linguae.
Carrano, obrigado pelo convite para dar minha opinião. Como você sabe, futebol é uma das minhas paixões. Considero a seleção do Brasilde 58 a melhor de todos os tempos, apesar de só vê-la jogando depois qie fomos campeões do mundo pela primeira vez. Assim mesmo, em filmes que assisti. As de 1970 e 1982 também foram extraordinárias. Concordo com seu amigo sobre a qualidade do time holandês de 1974 e com você sobre a Hungria de 1954. As outras que vi jogar ou vi filmes foram apenas medianas. Um abraço.
Riva, sei que você jogou futebol até bem pouco tempo, já veterano, se não estou enganado, nos torneios do ABEL, envolvendo os pais de alunos.
Carlinhos, sei que quando ainda na magistratura, você jogava no "Data Vênia", time que reunia juízes, promotores e defensores públicos.
Portanto são pessoas que praticaram futebol, apreciam o esporte e acompanham até hoje. Palavras abalizadas.
Estas informações se destinam aos que estão chegando agora no blog e não conhecem os comentaristas.
Carrano, já que vc. me chamou a colação, deixo aqui minha opinião sobre os melhores jogadores que considero entre as seleções de 1958 e 1970, cujos retratos você estampou na sua matéria:
Goleiro: Gilmar, apesar de levar uns franguinhos de vez em quando. Mas, foi bicampeão do mundo em 1958 e 1962.
Lateral direito: Carlos Alberto, superior tecnicamente a Djalma Santos.
Zagueiro central: Brito, quase da mesma qualidade que Belini, mas tecnicamente um pouco superior.
Quarto zagueiro: Orlando, sério, vigoroso, não brincava em serviço. O quarto zagueiro da Copa de 70 foi Piazza e não Zózimo. Ainda assim, fico com Orlando.
Lateral esquerdo: Claro, Nílton Santos, o melhor lateral de todos os tempos, bicampeão do mundo em 1958 e 1962 e reserva de Bigode, na selão vice-campeã de 950.
Cabeça de área: Prefiro Clodoaldo a Zito, por ser o primeiro mais técnico que o segundo.
Armador: Prefiro Didi a Gérson, já que considero Didi mais frio e cerebral, além de também ter sido bicampeão do mundo.
Ponta direita: Quem? quem? "O anjo das pernas tortas", claro, o maior jogador que vi jogar, inclusive no Caio Martins. Jairzinho, também do meu Botafogo, foi um "baita" jogador e decisivo na Copa de 70.
Centro-avante: Prefiro o Tostão, muito mais técnico que Vavá, mesmo deslocado para o centro do ataque (que não era sua posição). Vavá foi bicampeão do mundo, importantíssimo goleador em 1958 e 1962.
Meia esquerda; Claro que Pelé, o segundo maior jogador do mundo, na minha opinião.
Ponta esquerda: Rivellino, tecnicamente muito mais ofensivo e habilidoso do que Zagallo, apesar deste ter tido grande importância tática nas Copas de 58 e 62.
Esta, a minha opinião. Discorde à vontade.
Carlinhos,
Não há do que discordar.
No respeitante ao quarto zagueiro, em 1970, você observou bem e eu mesmo já havia notado depois do post publicado.
Explico: eu via o Piazza como volante (meio campista) daquele formidável time do Cruzeiro. O reserva dele, na seleção, era o Fontana (que formava com Brito a zaga do Vasco). Mas era botinudo. Resolvi, por isso, prestar uma homenagem ao Zózimo que foi, ao lado do Edinho (do Fluminense) um dos melhores na posição.
Vou tentar, pq é realmente muito difícil ...
Gilmar
Carlos Alberto - Belini - Piazza - Branco
Didi - Falcão - Clodoaldo
Garrincha - Pelé - Tostão
Reservas tenho uns 259 !
Agora, experts e apaixonados pelo velho esporte bretão, escalem :
- a seleção mundial de todos os tempos !
Quero ver !!
Definitivamente não é tarefa fácil. Acompanho futebol desde 1950. O futebol de agora tem pouco a ver com o futebol das décadas de 1940 e 1950. Aos 7 já torcia pelo Vasco. Era o melhor time do Brasil.
A velocidade não é a mesma. O preparo físico dos jogadores não é o mesmo, a bola, a própria bola de jogo não é a mesma. No lugar do capotão surgiu uma bola mais leve, sem gomo estufado.
Os sistemas táticos mudaram, desde o WM que predominava, em 40/50; enfim houve muitas mudanças. Até as dimensões do gramado acabaram padronizadas.
Mas vou arriscar, Riva. Vou ponderar bastante até chegar a uma conclusão. O problema é escalar por posição. Se fossem os 11 melhores, independentemente da armação da equipe seria mais fácil
Apenas uma certeza: Pelé. Será ele e mais dez.
Entre os argentinos, eu escolheria o Di Stefano. Jogava mais do que Maradona e Messi. Mas quem o viu jogar? Eu vi em final de carreira no Real Madrid. Gênio, como foi o nosso Zizinho. Que vi muitas vezes.
Entre brasileiros terei que arranjar lugar para Garrincha, mas dependerá da formação da equipe.
Não perderei muito tempo com o goleiro. Ficarei com o Lev Yashin, o Aranha Negra.
Neste instante, no correr da pena, devo ponderar muito sobre Puskas e Zidane. Posso deixar o Franz Beckenbauer de fora?
Aguarde, Riva, pois irei me aventurar.
Vamos ver....super difícil, mas meu goleiro será o Sepp Maier da Alemanha.
Abrs
em tempo, antes de escalar é melhor definir seu sistema de jogo...exemplo 4-3-3 etc
se não fizer assim, vai ser difícil escalar seu time
4-4-2
Sepp Maier
Carlos Alberto - Passarella - Beckenbauer - Paul Breitner
Cruyff - Maradona - Didi - Zidane
Garrincha - Pelé
Passarela foi bem lembrado. Também gostava de seu estilo. Era vigoroso, mas tinha técnica e liderança.
Ele me remete ao Carles Puyol, do Barcelona e da seleção espanhola, muita raça, muita entrega. Um jogador com estas características sempre teria lugar no meu time.
Um pecado deixar no banco jogadores como Gerd Müller, Just Fontaine, Eusébio, Ihierry Henry, Ronaldo (Fenômeno), artilheiros importantes.
Quem poderá criticar a escalação, por exemplo, de Messi e Cristiano Ronaldo?
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