23 de setembro de 2017

Opinião de Janaína Paschoal sobre o fala do gen. Mourão

Usando o Twitter como plataforma, Janaina Paschoal pronunciou-se sobre Antonio Hamilton Mourão, general da ativa no Exército que afirmara que uma “intervenção militar” podia ser adotada caso o judiciário não resolvesse a crise política. A autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff expôs sua interpretação da polêmica, e viu na palavras do militar um alerta e pedido contra a farra que corruptos – nos três poderes – fazem contra a Constituição Federal.
Eis o pronunciamento da professora:

"Havendo divergência entre o Presidente e a CF, quem as Forças Armadas devem obedecer?

Alguns responderam que as Forças Armadas deveriam atender ao Presidente; a maioria disse que as FA defendem a Constituição Federal.



Por que a Venezuela está do jeito que está? Porque as Forças Armadas foram aparelhadas por Maduro, abandonando a Constituição Federal.


Para a preservação da ordem constitucional, as Forças Armadas só devem atender ao Presidente, enquanto ele observa a Constituição Federal.

Foi isso que o Gen. Mourão tentou explicar, ao dizer que o Judiciário não pode se curvar ao crime,ou as Forças Armadas terão que agir.

A fala do General Mourão é, a um só tempo, um alerta (respaldado pelo Direito Constitucional) e um pedido. Instituições, funcionem!

Se eu, uma pobre professora reprovada na USP, estou preocupada com o discurso pró-nulidades de membros do STF, imaginem o General!

Passados anos, começa a vir à tona o que, ao que parece, estava por trás do enterro da "Castelo de Areia". Vão enterrar a Lava-jato?

É sobre os rebuscados discursos Pró-nulidade, que o General Mourão está a falar, de forma diplomática.

A "Castelo de Areia" foi enterrada, sob o argumento de que as investigações foram iniciadas por denúncia anônima. Aniquilaram-se provas.

O Gen. Mourão, pelo bem do Brasil, está pedindo para a Lavajato não virar um Castelo de Areia. Que não finjam que as provas não existem.

Vocês acham que o Gen. Mourão não tem razões para se preocupar? Pensem no julgamento do TSE, que deixou de cassar a Chapa Dilma/Temer.

Apesar de reconhecer a existência de provas de fatos graves, o TSE as desprezou, alegando que queriam fazer um levantamento!?!

E se também o STF decidir tratar a Lava-jato como uma grande pesquisa de campo? O Gen. Mourão está dizendo que a CF terá que imperar.

Goste-se, ou não, de Rodrigo Janot, qualquer pessoa justa há de reconhecer que, ao descrever os quadrilhões, ele falou a verdade!

Se o crime tomou conta do país, alguém tem que defender a Constituição Federal. Foi isso que disse o Gen. Mourão.

Eu assino embaixo."



NOTA: mais a respeito do assunto nos links a seguir. Acessem se quiserem se inteirar dos antecedentes. Devem selecionar cada endereço, isoladamente, e colar na barra do navegador.





http://br.blastingnews.com/politica/2017/09/janaina-surpreende-ao-falar-de-general-mourao-e-quarteis-ficam-sob-tensao-002022735.html

Imagem da professora obtida via Google.

5 comentários:

Jorge Carrano disse...

A Dra. Janaína concluiu sua manifestação dizendo que assinaria embaixo.

Eu também!

Jorge Carrano disse...

O gen. Villas Bôas, comandante do Exército, tendo em vista a repercussão do pronunciamento do gen. Mourão, manifestou-se no sentido de desautorizar outros militares a que falem em nome do instituição.

Está acerto. Mas o que foi dito foi dito, e foi um recado. Que tenha servido de alerta.

Ficou o dito pelo não dito para a galera, mas intramuros duvido e faço pouco que a tenha sido opinião isolada (a do gen. Mourão).

Tomara que não!

Maria Cecilia disse...

Parece que não é o único.

http://www.folhapolitica.org/2017/09/urgente-clube-militar-comenta.html?m=1

Jorge Carrano disse...

Pois é, Maria Cecília, é o que comentei acima. Não me parece ser uma voz isolada.

O gen. Villas Bôas cumpriu o seu papel. Mas o recado já estava dado.

E apoiarei porque cenário pior do que o presenciamos não será.

Jorge Carrano disse...

"General repreende senador: “O sr. chamou um integrante do Alto Comando do Exército de maluco?” Isto está circulando na rede.

O senador Randolfe Rodrigues, na minha opinião um idiota, usou a tribuna do senado e chamou o General Mourão de ‘maluco’.

As palavras de Randolfe, que estão no site do senado, foram: ” … a história se repete como farsa […] as declarações do general Mourão podem ser a opinião isolada de um “maluco”, mas a possibilidade de chantagem das Forças Armadas mostra a falta de autoridade do presidente Michel Temer …”

Então o General de Brigada Paulo Chagas deu-lhe uma resposta imediata.

Leia abaixo o email que ele enviou ao senador:

"Exmo Sr Senador Randolfe Rodrigues

Corrija-me, por favor, se eu estiver enganado, mas, de acordo com as minhas observações, baseadas na forma como VExa faz seus pronunciamentos públicos, o Sr faz parte de uma minoria que se julga discriminada no conjunto da sociedade e que, coerentemente, empenha-se pela aprovação de leis que privilegiem o seu direito à vida, à manifestação de suas opções e à integridade física, acima do que é oferecido aos demais brasileiros. Repito, por favor, corrija-me e desculpe-me se eu estiver enganado!

Pensando assim, julgo ser incoerência da sua parte a exclusão dos militares do direito à opinião e a criminalização das Instituições Armadas por realizarem a análise e o planejamento da execução das suas missões constitucionais.

O seu pronunciamento na Tribuna do Senado a respeito da palestra e das declarações do General Antônio Hamilton Mourão, no Grande Oriente do Brasil, permite acreditar que, na sua opinião, os militares não têm esse direito e que devem ser considerados e tratados como cidadãos de segunda classe, condenados ao silêncio e ao servilismo!

O Sr, se refere a um integrante do Alto Comando do Exército como “maluco”, e à instituição a que pertence como “chantagista” sem considerar que fazem parte da sociedade e da estrutura organizacional do estado brasileiro e desconsidera que a democracia garante a TODOS os brasileiros o direito de pensar, querer, defender suas ideias e anseios e de exercer, na plenitude, a sua profissão e o seu dever profissional!

A postura adotada por VExa, nos permite aduzir que, na sua maneira de pensar, a divulgação de posições pessoais e, neste caso, PROFISSIONAIS de militares, mesmo que no ambiente reservado de um Templo Maçônico, constitui-se em ameaça à democracia e à hierarquia, quando, na verdade, é e foi, apenas, a difusão da análise institucional de uma missão prevista na constituição!

Os militares, Senador Randolfe, têm o dever de estar SEMPRE atentos às conjunturas interna e externa para, SE NECESSÁRIO, correr em socorro da Pátria e da sociedade quando essas estiverem dominadas pela ilegalidade e pela desordem, como é, sem dúvida, o rumo tomado pelo Brasil quando o observamos de dentro do local de trabalho de VExa.

Mais ainda, senhor Senador, as FFAA devem planejar seu emprego dando prioridade às hipóteses mais extremas e graves, como é o caso da situação de completa ausência de condições de qualquer dos poderes para cumprir seus deveres e de assumir a iniciativa das providências necessárias ao restabelecimento da ordem e do cumprimento das leis, conforme foi comentado pelo General!

Na opinião de grande parte da sociedade, onde incluo a minha, considerando a fragilidade moral dos três poderes da República, essa hipótese, além de ser a mais grave, é também a de maior probabilidade de ocorrer, portanto, senhor Senador, crescem de importância, de seriedade e de utilidade pública as declarações do brilhante militar pretensiosamente criticado por VExa.

Sugiro que o Sr medite sobre a incoerência e o despropósito do seu pronunciamento e que, em oportunidade que obviamente não lhe faltará, retrate-se publicamente, para o bem da verdade, da sua imagem e da tranquilidade do povo dessa terra devastada pela prática da demagogia, da desonestidade e da irresponsabilidade, como VExa muito bem sabe!

Respeitosamente

General de Brigada Paulo Chagas"


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