26 de julho de 2017

Na vala comum e em estado de decomposição

Exercendo meu sagrado direito de opinião e de livre manifestação do pensamento, tomo a seguinte questão: um filho seu apanhado numa rodovia com 130 kg de maconha e 270 munições de fuzil, tem alguma chance de ser colocado em liberdade rapidamente?

Você conseguiria para ele um laudo, com diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline?

Pois a desembargadora presidente do TRE de Mato Grosso do Sul, e também do Tribunal de Justiça daquele Estado - Tânia Garcia de Freitas Borges - conseguiu para o filho, um delinquente de 37 anos de idade, tanto o citado laudo quanto a liberdade.

Imagem tirada de rede social
A desembargadora, aparentemente, não tem sintomas de estar acometida da Síndrome de Borderline. Mesmo que tivesse talvez pudesse continuar a exercer seu munus porque ouvi de um psiquiatra (em noticiário da TV), que o portador desta síndrome tem capacidade de discernir o certo do errado.

Bem, os advogados conseguiram um habeas corpus para o traficante, concedido por um desembargador colega de corte da mãe dele. Como havia outro mandado contra ele, por outro delito, foi preciso ir de novo ao tribunal e conseguir, com outro desembargador, novo mandamus, ou seja, outro habeas corpus.

A isso costumamos chamar de espírito de corpo. Não, você entendeu mal, eu não escrevi espírito de porco. Refiro-me a corporativismo.

Arrisco dizer que no caso amplamente divulgado nos meios de comunicação temos presentes dois casos de tráfico: de droga e de influência. Ou não?

Triste exemplo. Se você duvida que o Judiciário está na vala comum, junto com os outros poderes (podres poderes) você deve sofrer de Síndrome de Borderline. Está!

Mas não lamente pois tal fato permitirá que você faça tráfico de drogas e armas impunemente.

Será que todo o Judiciário está contaminado? Duvido da existência de um Deus, mas pode ser que exista; assim como pode haver magistrado íntegro.




NOTAS:

1)    Leiam mais em:



“Uma passada de olhos pela jurisprudência dos Tribunais nos mostrará que mandamus aparece como referência a mandado de segurança e, também, a impetração de habeas corpus. O mesmo ocorre com "writ", palavra inglesa que significa escrito, ordem, mandado, etc.”

2)    "Podres poderes" – Caetano Veloso:

“Enquanto os homens exercem seus podres poderes

Morrer e matar de fome, de raiva e de sede

São tantas vezes gestos naturais”


4 comentários:

Jorge Carrano disse...

Parece que a Corregedoria do CNJ vai apurar o caso.

Espero que apure mesmo. A reputação, a respeitabilidade, a crença no Judiciário devem ser colocados acima do corporativismo, se houve.

A imagem do Judiciário está comprometida com esta e outras decisões absolutamente incompreensíveis.

Riva disse...

Como eu digo há muito tempo, um BRASIL BANDIDO é o que deixaremos para as próximas gerações.

Freddy sempre dizia que a saída é o aeroporto para quem puder, porque o processo de degeneração ética é sistêmico, irreparável, incontrolável, em todas as esferas e camadas da "sociedade".

A solução não passa por nada institucional ou constitucional.

Ana Maria disse...

Quando sair do estado de choque eu comento.

Jorge Carrano disse...

Cuidado gente. É caro falar mal de magistrados. O Google terá que pagar mais de 20 milhões a seis desembargadores porque manteve no ar xingamentos contra magistrados.
Saiu a noticia no Ancelmo Gois.