13 de julho de 2017

Aptidões, talentos, vocações

Os brasileiros somos capazes de aprender e fazer tudo, em qualquer área do conhecimento, das artes e dos esportes. E fazer muito bem feito.

Poderia citar Villa Lobos ou Carlos Gomes, nomes respeitados no cenário mundial no terreno da música erudita. Mas vou me ater aos mais populares.


Tomemos os tempos áureos do rádio, quando todos sintonizavam a Nacional. Havia um conjunto regional liderado pelo Canhoto, ótimo instrumentista (cavaquinho), que era composto ainda por Dino (no violão de 7 cordas), Meira (violão) e Gilson de Freitas (pandeiro).

Conjunto Regional de Benedito Lacerda
A formação original atuava com o nome de Conjunto Regional de Benedito Lacerda, que tocava flauta. Somente na década de 1950, em face da doença que acometeu Benedito Lacerda, o Canhoto assumiu a liderança do conjunto.

Abaixo uma palinha do Conjunto Regional de Canhoto, que pincei no YouTube.



Foi incorporado o acordeonista Orlando Silveira e esta nova formação do conjunto fez dele, durante muitos anos, o preferido nas gravadoras, para acompanhar os grandes interpretes da época.

Altamiro
Jacob
Outros grandes músicos, também compositores,  desta mesma época, foram: Pixinguinha (saxofone e flauta), Altamiro Carrilho (flauta), Jacob do Bandolim (bandolim) e Waldyr Azevedo (cavaquinho).

Todos os citados fariam boa figura em festivais no exterior.


Waldyr
Pixinguinha











O que dizer de Edu da Gaita? Ouçam esta execução:



No terreno esportivo tivemos Maria Esther Bueno, que nos enchia de orgulho, mas foi em 1997 que o tenista Gustavo Kuerten (Guga), conquistando o torneio de Roland Garros, um dos mais importantes do tênis mundial, colocou o Brasil na história do esporte.

O vídeo abaixo é da partida final, contra o espanhol Sergi Bruguera, mas se você não é amante do esporte talvez não se interesse em assisti-la por inteiro. Afinal foram pouco mais de 4 horas de jogo.


Guga voltou a conquistar este mesmo tornei nos anos de 2000 e 2001.

Estão ambos, Maria Esther Bueno e Guga no Hall da Fama do Tênis.

Maria Esther Bueno
Mencionei o tênis porque se trata de um esporte elitizado, que não é qualquer um que pode praticar e por isso para o brasileiro se destacar,mesmo tendo recursos financeiros, tem que ser bom de verdade.

Poderia ter citado o Ayrton Senna, outro grande vitorioso, em modalidade esportiva igualmente seletiva.

No tênis ou no automobilismo, nossos destaques encontraram rivais a altura apenas no âmbito internacional. Fazeram igual ou melhor do que estrelas estrangeiras.

Acho que não exagero colocando Eder Jofre no mesmo nicho do Guga e do Senna. Também ele nos acostumou a vitórias e títulos mundiais no boxe. Eles mobilizaram as nossas atenções e nos levaram para diante das telas da TV como ferrenhos torcedores.

Quanto ao futebol, e mais recentemente no voleibol, somos modelo para o resto do mundo.

Assim, nos esportes e na música, com os inesquecíveis artistas citados, temos demonstrado a nossa capacidade de aprendizado ou nosso talento natural.

Na literatura, na arquitetura, na medicina, e outros ramos das artes e ciências temos muitos nomes que foram ou são referências e nos orgulham. Falarei deles oportunamente.


Notas:
1) No YouTube encontrarão outras tracks do repertório dos Beatles, deste e de outros álbuns.
2) Imagens pinçadas no Google

2 comentários:

Riva disse...

Está aí um esporte que me arrependo de ter tentado tarde demais - o tênis.
Despertei mais ou menos aos 35 anos de idade, e levava jeito, com boa performance, principalmente em quadras de saibro.

Tinha algumas barreiras : o custo do aluguel das quadras, do material esportivo, das aulas, poucas quadras disponíveis. A localização das quadras também era complicado, pois quem mora em Icaraí, tinha que se deslocar para a região oceânica.

De qualquer maneira entrei de cabeça, adorava jogar simples e duplas, até sentir uma bursite no ombro do saque.

Outro ponto que foi me desanimando era o trânsito da volta do trabalho na época (trabalhava na Rio-Petrópolis), pois passei a chegar mais tarde em Niterói, e foi complicando minhas "janelas" de horário para jogar, em função da grande procura pelas quadras disponíveis.

Parei, mas aprendi a gostar demais desse esporte, e realmente a lembrança das conquistas do Guga são demais, sem tirar o valor da espetacular conquista da Maria Ester Bueno, que não vi jogar.

Jorge Carrano disse...

Marcelo Melo fez história em Wimbledon. Venceu em dupla.

http://sportv.globo.com/site/eventos/Wimbledon/noticia/2017/07/melo-triunfa-em-final-de-4h11-vence-wimbledon-e-brasil-fecha-grand-slam.html