O confrade Gusmão escreveu e publiquei um interessante post,
com curiosidades sobre híbridos. E mencionou os canários roller, o que levou
minha irmã a me questionar se eu sabia que este tipo de ave seria um híbrido.
E questionou porque no passado nosso pai teve alguns casais deste pássaro de
belas plumagens coloridas e canto harmonioso.
No texto mencionado, o Gusmão falou da uva cabernet
sauvignon, o que me inspirou, somando à indagação da Ana Maria, a tomar
uvas e vinhos como tema para um novo post.
Assim como aprendi alguma coisa sobre os canários roller
lendo, indo a exposições e principalmente cuidando dos que tínhamos em casa,
aprendi um pouco sobre vinhos e castas, lendo bastante e fazendo curso na
Associação Brasileira de Sommeliers. Claro, bebendo, ou degustando como preferem
os mais sofisticados.
Você sabia que o “crémant de france” é um espumante? E que é da região de Champagne, na França? E que tem uma pressão menor do que a do
espumante champagne, mais conceituado?
São duas ou três atmosferas a menos.
Agora está mais difundido que o nome champagne, para designar
vinho espumante é privativo dos que são produzidos naquela região francesa. Ou
seja, tem denominação registrada e protegida.
Por isso, em outros países, que respeitam a norma , os
espumantes recebem nomes distintos que os identifica. Por exemplo o Prosecco,
na Itália; os alemães usam a denominação Sekt e
na Espanha tem o Cava.
Quem sabe o que é cuvée, o que é terroir, o que vem a ser
remuage?
Quem proferiu a frase que se celebrizou em relação ao vinho
espumante de Champagne: “Venham ver, venham ver! Estou bebendo estrelas!” ?
As garrafas de vidro mais grosso e com o fundo abaulado, ou
côncavo se preferirem, é que permitem suportar a pressão interna da bebida, de
até 6 atmosferas.
Mas sabem por que elas comportam 750 ml da bebida? Já vou
respondendo, segundo uma lenda. As garrafas eram de vidro soprado e a
capacidade média de assopro dos pulmões de um homem saudável era esta, ou seja,
750 ml.
As castas alemãs são, como regra geral, híbridas. O Gusmão
poderia ter dado vários exemplos, mas preferiu dar como exemplo a cabernet
sauvignon por certo por ser uma das mais conhecidas e difundidas mundo afora.
Entretanto a rainha das brancas alemãs, a uva Riesling, não é
fruto de cruzamento. Ela é uma casta original, das regiões do Reno e da
Alsácia, no norte do continente.
A Riesling, todavia, é utilizada em cruzamentos, como por
exemplo com a Silvaner. Com bom resultado.
Você sabe o que vem a ser um vinho varietal? E na hipótese
afirmativa sabe qual é a porcentagem exigida em lei de prevalência de uma determinada
cepa para poder ter essa classificação?
Você sabia que foram os bascos e os catalães que
introduziram a famosa Tannat a mais
conhecida e afamada vinífera no vizinho
Uruguai?
A Tannat - tanino para os franceses - é originária do Madiran,
parte do território basco na França. Isso mesmo, na parte francesa da região
basca.
Vinho é cultura, além do prazer que proporciona. E os
espumantes estão sempre associados a festas, as celebrações de conquistas, no
terreno esportivo (nos pódios), ou campo
econômico, como no lançamento de navios
ao mar ou inauguração de fábricas ou filiais.
Já que falamos de espumantes, sabe o que é um vinho tranquilo?
2 comentários:
Dentro desse contexto de hibridez ou hibridismo, como vcs classificariam o ser Eduardo Cunha ?
Se eu responder a sua pergunta provavelmente responderei também a um processo.
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