5 de fevereiro de 2015

Niterói, cidade abandonada pelo poder público

Gente, Niterói foi, seguramente,  uma das melhores cidades para se morar. Mas a construção da ponte que a liga ao Rio de Janeiro, pela via rodoviária, facilitou a travessia da Guanabara, o que adicionado a  algumas das virtudes da cidade, passaram a atrair muitos suburbanos do Rio de Janeiro e aventureiros do interior do Estado.

A bandidagem que aqui era menor e controlável de certo modo, aumentou exponencialmente em virtude das políticas adotadas do outro lado da baia. Os traficantes e seus asseclas migraram para cá.

A expansão imobiliária foi uma consequência da demanda  por moradia que aumentou muito nos últimos anos. A cidade degradou. Ficou mais suja, mais insegura. Mais desumana, sem disciplina urbana.

As calamitosas administrações dos últimos anos também colaboraram para este estado de coisas. Com o PT no poder, de novo, a coisa tende a agravar.

Esta administração ridícula, a guisa de liberar as calçadas deixando-as livres para pedestres, começou implicando com alguns canteiros, jardins, que pouco ou nada atrapalhavam os transeuntes.

O alcaide mandou retirar alguns, sob ameaças  de punições. Sabem o que resultou? Mais espaço para os motoqueiros colocarem suas motos.

No centro da cidade chegamos ao absurdo de ter fila de espera de motos para estacionarem nas calçadas de algumas ruas.

Na rua Maestro Felício Toledo, no trecho compreendido entre a rua da Conceição e a av. Amaral Peixoto o que se constata, além da calçada estar sempre tomada de motos, de uma esquina até a outra, com espera em alguns  momentos, é que a rampa de acesso de cadeirantes, está sempre absolutamente impedida. Na rua, há um ponto de taxi e alguns param diante da rampa. Sobre a calçada, no mesmo local, ou seja, onde está a rampa para deficientes, ficam estacionadas motocicletas.

Sem contar que ali, onde está a supracitada rampa, é uma parada de ônibus, com placa indicativa no poste, e onde param os das linhas circulares 47-A e 47-B.

Além dos ambulantes que tomam conta do que resta da calçada, temos os equipamentos urbanos que poderíamos classificar como úteis: orelhões, cestos coletores de lixo e bancas de jornais e revistas, uma em cada esquina naquele citado trecho.

Se pensam que o inferno não está tão feio, é porque não sabem que nesta quadra tem uma loja de discos que nos impõe pagodes, em alto e bom som (fora do limite tolerável, previsto em lei) o dia inteiro.

Com o calor que tem feito, sol abrasador, volume de som nas alturas, um entra e sai de motos com seus motores roncando, fazem daquele pedaço da cidade, quase defronte ao bonito prédio que abrigava a sede do governo municipal - o Palácio Arariboia - uma casa de mãe joana.

O estado de abandono do Jardim de São João, defronte a catedral do santo padroeiro; na praça Arariboia (que era melhor quando se chamava Martim Afonso); e em frente ao terminal rodoviário é coisa de pais africano ainda em estado meio primitivo.

São camelos aos gritos apregoando mercadorias, lixo espalhado na rua e no calçamento, um caos total e absoluto.

E à noite, meretrizes, bichas (viados ou gays se preferirem) somam-se aos assaltantes (pivetes e marmanjos) e vendedores de drogas. Tudo livremente. Impunemente.

Mas o incompetente, para dizer o mínimo do prefeito, estava preocupado com os jardins nas calçadas.

Pura palhaçada, factoide de babaca incompetente.



O prefeito faz como o índio Arariboia cuja estatua está colocada diante da estação das barcas: fica de braços cruzados.

12 comentários:

Jorge Carrano disse...

A Beth, morando em Wichita, nos USA, pode ler os posts antes de vocês outros, subdesenvolvidos, por causa do fuso horário de 4 horas.
Em geral o novo post é publicado aos 30 minutos, também conhecidos como meia noite e meia.
Assim, quando a maioria de nós está indo dormir, ela ainda está assistindo a novela das oito(lol).

Jorge Carrano disse...

Esqueci de comentar que neste mesmo trecho da rua mencionada, tem uma lanchonete do Rei do Matte ou MegaMatte, ou coisa que o valha. Pois bem, na calçada e principalmente junto ao meio fio, perto do boeiro de escoamento de águas pluviais, acumulam-se vários copos daqueles de papelão nos quais são servidas as infusões da erva.
Neste caso há uma cumplicidade de mal-educados. O lojista não tem apetrechos coletores de resíduos no interior da casa e os consumidores são porcalhões mesmo.
Como diria o Riva, o negócio é ir para as montanhas.

Jorge Carrano disse...

Olha o papelão do tesoureiro do PT. Quem não deve não teme:
http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/02/vaccari-se-recusou-abrir-portao-e-pf-teve-de-pular-muro-para-entrar.html

Jorge Carrano disse...

Vedi Niterói, e poi muori!
KKKKK
Agora só se for de bala perdida; doença (pois falta emergência em hospitais) ou contaminação (esgotos vazando pelos tampões).
Voltarei para SJI (os leitores mais assíduos entenderão a piada).

Freddy disse...

Penso que a recente declaração de que Niterói tem alto IDH foi manobra para atrair mais ainda a atenção da bandidagem. Como é fácil cruzar a ponte e se instalar em nossas favelas e comunidades, os traficantes estão mudando para cá suas bases operacionais.
Tudo isso é feito com a conivência do governo estadual e federal, já que a prioridade para 2016 é a CIDADE do Rio de Janeiro, não o Grande Rio ou arredores. É para onde estarão focalizados os olhos do mundo.
O resto que se dane!
=8-(
Freddy

Riva disse...

Tenho esmerdalhado essa gestão toda semana no Facebook, mas de nada adianta. Raras adesões aos meus comentários, geralmente com fotos do assunto.

A população está se acostumando ao processo de favelização da cidade - favelização no sentido de desordem urbana, de fachadas sem um mínimo de cuidado, de lixo exposto (pelos motivos que conhecemos), pela ausência do município em qqer atividade que não os remunere, pelo caos no trânsito.

Sinto isso, infelizmente, bem próximo de mim, da minha família. No meu próprio prédio .... uma tristeza.

Caminhamos para uma cidade e um Brasil caótico, sem educação, e violento.

Maria Helena disse...

Cruzes Jorge, esta é a cidade onde mora o capeta, já estou nervosa com esse som alto, enxurradas nos meus pés por causa dos boeiros vazantes, dos bandidos que migraram praí (desculpe a palavra),já estou tonta com o cheiro da erva, e morrendo de medo da bala fatal tendo que vir para Valinhos no hospital local pois em Condado já fechou por um ano,e meu marido vai se ferrar pois o prefeito e ex prefeito não deixarão o Da Vinci levar esta vantagem nem que a vaca tussa de reabrir o hospital que fecharam na cara dele.E todas as promessas cumpridas pela administração nenhuma vingou até agora. Só blá blá blá. Estou até com medo de escrever no meu blog pois já tem jornalista sabendo dele, e meu filho falou: Mãe, você fica na câmara indo pra lá e pra cá, qualquer hora vão Zuar com você. Acho que você se expõe muito...tirei por hora alguns posts do ar.Me benza Xangô, mãe benta, saci pererê...

Jorge Carrano disse...

Creia, Maria helena, que Niterói nem sempre foi assim.
Xangô a proteja e guarde!
Para quem ainda conhece, o blog da Maria Helena, informo que está em
http://saitedavida.blogspot.com.br/

Jorge Carrano disse...

Já leram sobre o Liceu, um dos orgulhos da cidade?
http://calfilho.blogspot.com.br/2015/02/boas-lembrancas-calfilho-depois-de.html

Maria Helena disse...

Estive lá no blog do seu amigo. Que saudades de Niterói. Tinha 5 anos naquela ´época. Bons tempos, enquanto eu olhava as estrelas e nuvens escondendo o sol, e eu tentando descobrir este mistério, vocês já decidiam a história esportiva e acadêmica da cidade.Muito bom, gostei.Abraços

Jorge Carrano disse...

Repercussão do post em Vinhedo/Condado.
Acessem:
http://saitedavida.blogspot.com.br/2015/02/comentario-no-blog-do-jorge.html#comment-form

(copy and paste)

Jorge Carrano disse...

E ainda tem mais essa. Leiam em:
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/em-ligacao-empreiteiro-preso-na-lava-jato-chama-prefeito-de-niteroi-de-meu-chefe/