11 de janeiro de 2014

Casa engraçada

Tem uma letra do Vinicius, musicada pelo Toquinho (acho), que fala de uma casa muito engraçada.

“Era uma casa

Muito engraçada

Não tinha teto

Não tinha nada

.......................” 

Pois muito bem, agora, tantos anos depois e por mero acaso, descobri que a tal casa existe e até a visitei. Fica em Punta Ballena, bem próximo de Punta del Este. Chama-se Casapueblo e é branquinha como as casas das ilhas gregas.
 
Foto colhida na rede mundial, pois deste ângulo, de baixo para cima, não fotografei

Lá está o conjunto branquinho, que deu origem a "casa muito engraçada"

Wanda não queria ficar para trás e também se deixou fotografar
Foi construída pelo artista plástico  e empresário Carlos Páez Vilaró. O conjunto é composto, além da casa onde reside o artista, hoje com mais de 90 anos de idade, de museu, galeria de arte, hotel e restaurante. O hotel não mais pertence a Vilaró.

Casal de turistas desconhecidos, fotografando, como eu, o marco referente ao conjunto aquitetônico

O local é muito bonito e é parada obrigatória para tantos quantos viajam de carro para Punta del Este.

Com relação a este artista plástico, há um fato dramático envolvendo sua vida pessoal. Ele é pai de um dos 16 sobreviventes (Carlos Miguel) do trágico acidente aéreo ocorrido nos Andes, em outubro de 1972, voo  571.

Mas sobre este acidente não falarei mais do que isso, pois lembro do canibalismo a que foram levados, na luta pela sobrevivência.

Nosso especialista em acidentes aéreos, aqui do blog – Riva – se for o caso, falará mais a respeiro em comentários ou outro post.

Bem, Milaró (o pai)  foi um dos patrocinadores das buscas que resultaram no resgate dos sobreviventes.
 
Notas do blogueiro:
1)a pulseirinha amarela que se vê seja no braço da Wanda, quanto no meu, como sabem aqueles que fazem excursões , foi colocada pela agência local de turismo, para identificar os que contrataram os seus serviços e ao mesmo tempo serve de informação nos casos em que as pessoas se perdem (há telefones de contato impressos).
2) Consta que Vinicius era um dos muitos intelectuais e outras pessoas de destaque internacional que eram amigas de Vilaró e frequentavam sua casa.

6 comentários:

Jorge Carrano disse...

Fizemos fotos na porta (fachada) da casa, mas não entramos.Foi só para documentar nossa passagem por lá. Era muita gente e desanimou. Só de ônibus de turismo eram seis naquele momento, e a área destinada a estacionamento e manobra, para visitantes, estava lotada. Pessoas que saim se gabavam de ter visto o artista sentado e cumprimentando os visitantes. Pagam-se uns caraminguás para entrar na casa, que não tem linha retas. É toda em curvatura.

Helga Maria disse...

Agora já são dois os comentários (risos). Eu não conhecia o artista plástico Vilaró e nunca ouvi falar da Casapueblo. Então para mim foi interessante o post.
Parabéns!
Helga

Riva disse...

Esse blog é cultura e aprendizado total ! Show !

Quanto ao trágico e famoso acidente aéreo, sei lá...fiquei meio frustrado pq escrevi um post sobre o maior acidente aéreo da história, em termos de fatalidades em um único avião, e não houve nenhum comentário.

Concluo que as pessoas não gostam, como eu, de conversar sobre isso. E respeito, claro. O meu interesse, adianto, é pela incrível tecnologia e procdimentos desenvolvidos a partir, infelizmente, dos acidentes que ocorrem.

Esse acidente mencionado pelo Carrano só teve publicidade em virtude do canibalismo praticado pelos sobreviventes. Nas prisões desse brasilzão, também ocorre canibalismo, mas ninguém fala nada.

Sds

Jorge Carrano disse...

Quem dera todos os leitores, seguidores ou não do blog, fossem tão inteligentes, cultos e preparados como o Riva.

Ele elogia de lá, eu encho a bola de cá (rs).

Anônimo disse...

Em Versailles e no Louvre também tem grandes filas. E os coreanos e chineses que visitam também são barulhentos.

Eduardo

Jorge Carrano disse...

É verdade, Eduardo. Mas acredite que é diferente. Em Versailles, por exemplo, quando visitei, no ano 2000, meu ticket era com horário marcado. E percorríamos um roteiro pré-estabelecido, com um fone nos ouvidos para as informações mais relevantes. Ah! sim. Até a ritmo de caminhada era controlado.
O tempo todo recepcionistas pediam:
Allez, allez, allez, s'il vous plait.
Assim os retardatários não atrapalhavam aos demais.