6 de agosto de 2014

MÚSICA, MINHA VIDA



Por
RIVA







O título significa mesmo que minha vida está atrelada à música. Foi devido à inserção da música na minha vida, desde cedo, que cresci, aderi a conceitos, formei minha personalidade, fiz amizades, continuo fazendo, e sou o que sou hoje, um eterno Peter Pan, graças a essa linguagem universal – a MÚSICA.

Tudo começou com a cegueira da minha mãe, que decidiu que eu e meu irmão teríamos que aprender piano, para tocar para ela. E assim foi, acho que com uns 8 anos de idade (Freddy deve confirmar datas). Foi assim a inserção nesse mundo, através da música clássica e estudos de teoria musical e canto coral.

Sei que o foco não é esse, como tudo começou, mas é importante para entendimento geral. Estudei (fui obrigado) 5 anos de piano clássico e teoria musical, fiz 6 meses de piano não clássico (popular), 2 meses de violão (abandonei porque o professor era uma mala sem alça – lecionava dentro da Mesbla, antiga loja de departamentos de Niterói) e 3 anos de acordeão.

Um dia, olhando a banca do jornaleiro que me abastecia de gibis há trocentos anos, vi um livrinho interessante – violão sem mestre. Comprei (nessa época tínhamos uma mesada do “velho”, que não sei que valores eram). E aprendi a tocar violão sem professor. Aprendi não, apaixonei-me pelo instrumento !

E então, aconteceu ..... Beatles, Stones, Big Boy todos os dias, Jovem Guarda, anos 60 ingleses e americanos ! Um verdadeiro tsunami, como diriam hoje em dia.

Esse convívio com a música existe até hoje, com meus 62 anos de idade, meus filhos também. Afinal, foram criados num ambiente musical, todos os dias. Nossa casa sempre teve instrumentos musicais, sempre teve música “na vitrola” e ao vivo, tocando com meu irmão e amigos nos fins de semana.

Tivemos até uma banda de rock (Reino de Magog), de 1983 a 1986, no auge da MALDITA FM de Niterói, uma rádio que lançou grandes nomes como Capital Inicial, Ultraje a Rigor, Kid Abelha, Marisa Monte e sua banda Rumo, Paralamas, Celso Blues Boy, e muitos outros. Não tivemos sucesso no mercado ....éramos muito amadores, e não tínhamos grana nem empresários nem contatos no mercado. Bem que tentamos, e como ... 

Ficaram quase 10 horas de gravações e recordações do grupo.

Mas voltemos ao passado, às coisas marcantes, às tatuagens, às cicatrizes. Como bom engenheiro, cartesiano “sometimes”, vou tentar classificar as preferências. Muito difícil essa tarefa do meu amigo Carrano, porque tivemos períodos de influências diversas em nossas vidas, e, ao final, aos 60 anos, você tenta filtrar para tentar saber o que marcou mesmo .......

Naquela fase dos 12 aos 15 anos – 64 a 67 :
Sem dúvida, Beatles demais, tudo ! Um pouco dos Stones, e muita Jovem Guarda também.

Marcante nos bailes ? Todo o álbum RUBBER SOUL dos Beatles, Je t´aime, músicas do Roberto Carlos, do Renato e seus Blue Caps.


1968 : Surgiu na minha vida um tal de Simon & Garfunkel, trazido dos States por um amigo do meu irmão Freddy, Carlos Jairo, que fez um intercâmbio em casa de família americana. Aquele som e a viagem do Carlos jairo viraram a minha cabeça. Os detalhes que ele me contou da viagem me piraram totalmente. Decidi que também iria viajar para os EUA em intercâmbio.

Sem meus pais saberem, tratei de todos os procedimentos para a viagem de intercâmbio (entrevistas, provas de inglês), até o momento em que precisava da autorização e grana deles para viajar. A conversa foi “longa”, mas consegui a autorização, a compra das passagens, e a grana para viajar.
1969 : A viagem para Baltimore foi um divisor de águas em minha vida, em todos os sentidos, inclusive musical. Difícil escrever sobre isso .... os EUA viviam sob o impacto da guerra do Vietnam, do Flower Power, muita música !!!

Teve um “baile” que fui numa universidade em Salsbury, e a banda que estava tocando era o Greatful Dead, na minha frente, ali, como se fosse um daqueles bailes no Central, no Pioneiros de Niterói ..... como eu ia explicar isso aos meus amigos ????? Conversei com Jerry Garcia (já falecido) no intervalo, depois troquei cartas com ele durante meses ! Dá pra perceber a porrada na minha cabeça niteroiense ? Isso sem falar que na viagem de ida para os EUA, fomos de São Paulo a Lima (Peru) no avião, com Mick Jagger e Keith Richards tocando violão por quase 3 horas para nós !!!

Greatful Dead
Passava as tardes nos States, quando chegava da Curley High School, ouvindo a rádio FM local, gravando músicas com um gravador que comprei assim que cheguei lá ....tenho essas gravações até hoje !!!!!!! E ali conheci inúmeras bandas.

Músicas marcantes dessa fase :
Crimson & Clover (arrasadora), Everyday people, tudo do The Doors, Son of a preacher man, Dizzy, Magis Carpet Ride, muita coisa dos Bee Gees, Magic Bus (The Who), The Rascals, Jose Feliciano, etc, etc….
E foi nessa época que conheci aquilo que, musicalmente, mudou minha vida : LED ZEPPELIN.

Led Zeppelin
Muitas coisas vieram depois, ainda em 69 e 70 : Jimi Hendrix, Janis Joplin, Mutantes, Deep Purple, Grand Funk Railroad, Black Sabbath .... poderia ficar o dia inteiro aqui mencionando tudo que me impactou ! Tem as famosas “mela-cueca” como A WHITER SHADE OF PALE. E comecei, discretamente a compor.

Veio então uma espécie de calmaria, uma calmaria chamada ISA ..... sim, me acalmou, musicalmente inclusive. Comecei a compor, muito mesmo, quase 50 músicas e letras, apaixonado. Muita criatividade. Qualquer coisa, qualquer movimento era inspiração para compor alguma coisa.

Não sei dizer hoje as músicas que nos marcaram, porque acho que foram muitas – lembro que teve fase do BREAD, do CARPENTERS, do CAT STEAVENS, RITA LEE, algumas músicas carro-chefe de novelas da GLOBO na época. Momentos entre nós, momentos de músicas infantis com nossos filhos.

Mas comigo, pessoalmente, a cicatriz, a tattoo sem dúvida é BEATLES e LED ZEPPELIN. Com certeza ....

36 comentários:

Freddy disse...

Fica difícil comentar, porque eu também tenho um post enfileirado. Como o meu é bem resumido e cita poucas bandas, dá para comentar algo sem antecipar muito.

Obviamente conheço todo esse mundo que Riva descreve porque é o meu irmão. Podemos não ter convivido muito, mas na área musical era inevitável um saber o que o outro gostava. Até o início dos anos 70 ouvíamos mais ou menos as mesmas coisas. Acho que na verdade a nossa turma do Pé Pequeno inteira é que ouvia mais ou menos as mesmas coisas!

E aí começamos a trabalhar, casamos e passamos a não ter mais o convívio diário nem com a turma nem com as mesmas músicas. Os gostos foram se afastando, eu mais focado em progressivo e Riva mantendo seu gosto pelas coisas mais viscerais. Hoje em dia gigantescas e irreconciliáveis diferenças se fazem presentes.

Eu cheguei a escrever 4 versões anteriores ao post que será publicado, todas elas ao estilo descritivo com exemplos e links (como fez a Alessandra, em 2 partes), mas depois optei por algo genérico e bem “clean”. Posso, no entanto, afirmar que “Crimson & Clover” (Tommy James & The Shondells) estava presente nas 4 primeiras versões escritas. Ela e “Rain & Tears” (do Aphrodite’s Child, que contava com Vangelis como tecladista) foram provavelmente as mais marcantes para mim no período 68/70.

<:o) Freddy

Riva disse...

É um tema muito complicado, porque a música foi e é tão importante em nossa formação como pessoas, que somos até injustos esquecendo alguns artistas e músicas.

Essa que Freddy citou, do Aphrodite´s Child era arrasadora de corações, nos bailes. Sempre que ia tocar, se procurava a menina que gostávamos.

Vejam que esqueci Mamas and the Pappas, imperdoável, marcante ! Bee Gees, demais também, com lindíssimas canções de vários discos seguidos ! Imperdoável também ....

Teve uma banda chamada IRON BUTTERFLY que emplacou um hit chamado IN-A-GADDA-DA-VIDDA mais de 1 anos no topo da paradas musicais americanas !!!

Poderia fazer uma lista de umas 100 bandas aqui, mas mantenho BEaTLES e ZEPPELIN como as mais marcantes.

PS : desculpem lguns estranhos erros de digitação, mas o meu teclado é um Traíra ! Só jogando o netbook no lixo !

Jorge Carrano disse...

Acho que errei ao colocar este tema como objeto de uma série de posts.
E o erro foi só meu mesmo, porque todos os amigos que se dispuseram a escrever enveredaram pelo mesmo caminho: citar fases, interpretes e canções que admiraram e ouviram muito.
A ideia era dissertar sobre uma canção, aquela que seria realmente a rilha sonora da vida de cada um.
Aquela que a gente tem o disco de vinil ou CD e bota para rodar sempre que estamos confusos, nostálgicos, carentes. Ou, de outra forma, aquela que remete a um momento inesquecível da vida: o primeiro beijo, o primeiro baile com "o grande amor", a do motel naquela noite memorável. Um outro caminho seria falar daquela que sua mãe ou seu pai gostava muito e sempre que se ouve é automática a alembrança deste ente querido (poderia ser um irmão, etc).
A minha, apenas para exemplificar, seria a "Marcha Nupcial"(rsrsrs) porque mudou minha vida por completo.
Todos colocaram vários links o que significa dizer que das duas uma: ou o leitor acessa o link para ouvir, e ai serão no mínimo três minutos(tempo médio de uma música), até que retorne ao texto (retornará ? E se forem vários?), ou o link(s) não será utilizado e só atrapalha.
No espirito do que eu imaginava, com a eleição de uma canção ("A" canção)que fosse realmente a trilha sonora de cada um, caberia ao final colocar o link (com a melhor interpretação)e, eventualmente, a capa da disco.

Nota explicativa sobre os links: eu utilizo bastante este recurso. Mas em geral quando trato de temas polêmicos, com acusações graves e/ou comprometedoras. Assim, com o link, remeto à fonte da notícia, para deixar claro que não se trata de uma ilação, uma opinião ou uma injúria minha.
Quando a opinião é minha mesmo, claro que não é o caso: assumo.
Em síntese é isto, já que inclusive com a Ana Maria, que polemizou, conversei muito por telefone em função de links ao longo do post.

Freddy disse...

Prezado Carrano (rs rs)
Eis o texto do e-mail de convocação:
............
"A ideia foi da Alessandra. Uma série de posts, escritos por amigos colaboradores, sobre MUSICA.
A ideia é falar da canção que é a trilha sonora de sua vida. Ou aquela que embalou seus sonhos juvenis ou foi a canção do casal nas épocas de namoro e noivado.
Serve aquela que foi fundo musical daquele encontro inesquecível num motel (serve com a própria esposa).
Num espectro mais amplo, vale falar da banda de rock preferida, do músico que mais admira, estas coisas. E podem também, sendo o caso, falar das aventuras como participante de bandas amadoras, como vocalista, baterista ou guitarrista.
Enfim, o mote é a trilha sonora que é ou foi pano de fundo de sua vida, mas vale falar de música num sentido mais amplo.
Então, posso contar com vocês?
Espero que sim e aguardo ansioso pelos posts, como de hábito em word anexados ao e-mail. As fotos ilustrativas também em anexo.
Muito obrigado."
.......
Alessandra, que inspirou o tema, escreveu tanto que até agora o 2º post ainda está em reedição (rs rs). E tem um monte de links, claro.

Sobre links, acho que dessa vez pus bola dentro, pois o meu post (ainda a ser publicado) só anexa os links ao final, para quem quiser acessá-los, sem interromper a leitura. Ademais, não dá absolutamente para falar de música só com palavras...

Grande abraço
Freddy

Riva disse...

Realmente não entendi dessa forma a sua demanda, Carrano. Acho que ninguém .... rsrsrs.

LINKs : eu raramente os coloco em meus posts ; no Facebook eu os coloco quando o próprio link é a matéria, integralmente.
Confesso também que raramente abro links colocados em meio a uma matéria. Fica trabalhoso, desconfortável, ficar indo e voltando à matéria principal.

Se é para falar QUAL É A MÚSICA DA SUA VIDA, não saberia dizer, porque como disse no post, muitas marcaram as diversas fases da vida.

É como escolher a música para o meu velório ..... aquela que sou eu. Ainda não decidi.

Jorge Carrano disse...

Touché!!!
Mas vale ressaltar, Freddy, que a ênfase foi na canção que embalou sonhos, ou foi pano de fundo de romance, estas coisas.
Enfim, caro Freddy, acho que você me entendeu:
Acho que discografia, rol de músicas, tem muito na internet.
As experiências, as vivências pessoais, nossas opiniões é que são o grande diferencial.

Quando à segunda parte do post da Alessandra, há que ressalvar que não cabe a ela qualquer parcela de culpa pelo atraso. Não encontrei solução para o problema manifestado.
A Alessandra tem encargos e obrigações familiares e profissionais e não dispõe de todo o tempo, e a solução parece ser reescrever.

Alessandra Tappes disse...

Bom dia Meninos!

Não tem como falar de música citando apenas 1 só que tenha tocado nossa alma. De forma positiva e negativa já aí temos 2.... Agora imagina falar da música que marcou o primeiro beijo, a entrada na faculdade, o primeiro baile, o primeiro filho, o segundo, o terceiro (para aqueles que exageraram na prole). Até músicas de despedidas nos marcam. E estou falando de despedidas mesmo.


Agora, fico imaginando aqui no meu cantinho, a sensação tomada por Riva ao viajar no mesmo voo que Mick Jagger e Keith Richards e tê-los ali tocando violão um mega show para um público exclusivo? Ah isso não tem preço mesmo...

Trocar cartas com seu ídolo ou simplesmente trocar cartas com o vocal ou qualquer outro integrante de uma banda também não deve ser fácil de assimilar esse presente de Deus, da vida, do acaso, seja lá de quem quer queira que seja. A vida nos dá peças maravilhosas mesmo.

Não deve ser diferente a emoção que tem uma menina quando se depara com Belo depois de sair da cadeia e esse mesmo cantar em sua festa de 15 anos. Mas essa sensação para quem gosta e aprecia música é única sim. Nada contra o Belo, mas nada a favor também.

Gostei muito do que li e do que escutei também. Confesso que não conhecia algumas das suas citações e claro, fui ouvi-las graças ao bom e novo Google.

Com as energias retomadas ao som do seu post, volto ao trabalho.

Riva disse...

...pensei que vc fosse responder assim :

Prezado Sr. Carlos Frederico ....

rsrs

Alessandra Tappes disse...

Meninos.

Realmente a ideia sobre o tema MÚSICA foi minha, mas apenas sugeri o título, nada mais. Eu já havia feito esse texto uns tempos atrás, mas estava assim, solto no ar. Mandei pro Jorge o texto, ele curtiu a ideia e lançou a todos.

O que não esperávamos era a
aparição de tantas tarjas e falhas. Acabei tentando colocar o texto em meu blog, mas foi em vão. Lá, o texto muda de fonte, ganha linhas espaçadas e sublinhadas aonde nem sequer cheguei perto.

O jeito é refazê-lo. Fazer o que? Algo que eu estou fazendo errado por aqui e ainda não descobri.

E Freddy, no meu texto, eu tentei preservar o máximo do que fiz no principio, pois repassei o mesmo ao Jorge e ele aprovou,(repetitiva, eu sei) com imagens e links sim. Mas se for preciso, tiro os links, imagens, só não deixo de compartilhar com vocês, pois o texto já foi lançado como PARTE 1.

Riva disse...

Alessandra e demais,

Na viagem do Rio para Balimore, em 69, o vôo fez uma 1ª escala em Viracopos, Campinas. Não existia "finger" nos aeroportos nquela época.

Descemos do avião, fomos para uma cantina tomar uma coca-cola, e na hora de voltar para o avião, caminhando pela pista, levamos um susto !Mick Jagger num terno cor de rosa, carregando um violão numa mão e a Marianne Faithful na outra (rs). Keith Richards também com seu violão e uma menina que até hoje não sei quem era.
Ninguém sabia que eles estavam no Brasil, nem a imprensa. Fui saber muitos anos depois, que eles estavam hospedados numa fazenda no Mato-Grosso, de uma amigo brasileiro.

Fomos com eles até a outra escala em Lima. Eles estavam na 1ª Classe, mas deixaram que entrássemos para ficar em volta, com os dois tocando diversas músicas.

É para colocar no epitáfio !!!!!!

Quanto ao Greatful Dead, apesar do grande sucesso entre nós no Brasil, nos EUA eles eram uma banda de circuito universitário, simples mesmo, como diversas outras bandas nessa época, e que para nós eram GIGANTES da música !

Tudo isso mexeu demais comigo ... levei muito tempo para assimilar o significado dessa viagem para mim, na época que foi.

Jorge Carrano disse...

Gente vou sintetizar o que seria o meu post sobre a canção de minha vida.
Namorei passeando de mãos dadas, ou dando o braço para apoio da namorada, no caso Wanda, hoje minha mulher.
Passeávamos, por vezes, na Praça Jerônimo Monteiro, em Cacheiro de Itapemirim, e muitas vezes eu cantarolava, quase sussurrava, a canção "All the Way", que era um enorme sucesso de Frank Sinatra.
Meu inglês, e não me refiro apenas à pronúncia, provavelmente seria reprovado, eis que a letra era cantada segundo eu entendia ao ouvir a gravação (só mais tarde, casado, estudei um pouco mais de inglês e até ganhei diploma).
O que eu entendia da letra tinha muito a ver com o que eu pensava do amor. E aquelas caminhadas nos propiciavam sonhar com o futuro, eu já formado (era estudante), nossos filhos (Quantos? Não, teremos menos para educa-los melhor), nossas viagens.
Já casado e morando na Rua Miguel de Frias, após o jantar saiamos para caminhar no calçadão, pitando o cigarro tradicional de após as refeições (fumei até 1982) e, creiam, pois a Wanda está ai para não me deixar mentir sozinho, cantarolava "All the Way" já então com uma pronúncia pouco melhor.
Vieram os filhos, a o mais novo, Ricardo, tinha seus 5 ou 6 anos de idade e não podia ouvir "All the Way" que eu costumava colocar com frequência para execução, na época em fita cassete, porque ficava, ele Ricardo, emocionado. Fosse pela melodia, fosse pela interpretação do Sinatra, ou um sentimento inexplicável de pura emoção de uma criança. Nada da letra tinha significado para ele, mal alfabetizado em português.
Então estamos falando da mais pura e inocente emoção.
Esta canção pontuou minha vida em momentos inesquecíveis. E ainda ouço com prazer.

Ai está, pessoal, em síntese, o que seria meu post. Evidente que divagaria um pouco mais sobre o namoro, sobre Sinatra que todos os anos ameaçava vir ao Brasil mas nunca vinha, etc.

Não pretendo estar certo porque seria contra a lógica. Todos vocês entenderam diferente e aproveitaram a brecha que abri, segundo socorrido pelo Freddy, lá em comentário anterior:"Enfim, o mote é a trilha sonora que é ou foi pano de fundo de sua vida, mas vale falar de música num sentido mais amplo"

Jorge Carrano disse...

Bem, manifestadas as opiniões e feitas as justificativas, vamos ao que interessa: comentários ao post do Riva.

De minha parte pouco sei sobre os músicos e canções citados. Acho que esta conversa faria sentido para meus filhos.
Meu universo musical é limitado ao jazz e um pouco de samba que ninguém é de ferro.

Freddy disse...

Alessandra,
quem "reclamou" dos links foi o Carrano num comentário mais acima. Eu, particularmente, sempre uso links como ponte para quem quiser se aprofundar, seja num post anterior, seja no Google ou no YouTube. Quem quer vai lá, quem não quer, toca pra frente!

Ultimamente tenho procurado listar os links complementares ao final do post, de modo que não atrapalha a narrativa e se o cara não quiser, nem vai lá.

No entanto, reitero que num post como o seu "tarja negra" (que eu li) cabe muito bem apontar os links, por que não?

Abraços em todos
Freddy

Riva disse...

Show, Carrano. Eu não tenho uma música "carimbada" em mim assim.

Omiti no post tudo antes dos meus 12 anos, percebam. Lá em casa rolava muita música clássica na vitrola, e minha mãe colocava aquilo tão alto que eu simplesmente ia para a rua. Não aguentava.

Lembram daquele desespero de música chamada Dominique ? Aquilo me traumatizou também, em casa rsrsrs. Altamiro Carrilho também rolava muito ... Era brabo pra mim .....

Só comecei a ser feliz com música aos 12 anos.

Mas, tentando achar um elo entre o que escreveu o Carrano e a minha vida contaminada pela música, marcando, tatuando as paredes da minha memória (como diz a Alessandra), sim, existe uma música que até hoje me faz parar pra pensar, me emociona, me arrepia, pra relembrar uma fase maravilhosa da minha vida, dos 15 aos 18 anos : A WHITER SHADE OF PALE, do Procol Harum.

Freddy disse...

Carrano, não sei se cabe o comentário, mas para nós que somos músicos talvez seja tão difícil pinçar uma preferida quanto para um cinéfilo de carteira eleger o filme de sua vida, ou um estudioso de filosofia citar seu autor/livro/trecho de destaque.

Por exemplo, eu consigo eleger o filme que mais gostei, no geral: The Sound of Music (A Noviça Rebelde). Em termos de desenho animado: Os 101 Dálmatas. Em ficção científica a série Duna na versão seriado de TV (que heresia, tendo a versão cinema).

Ainda sobre ficção científica, que foi por décadas meu gênero de escolha para leitura, eu tenho o preferido, que já rendeu 2 posts: "Amor sem Limites" de Robert Heinlein. Romance? Os 14 volumes de Angélica, a Marquesa dos Anjos (que já li 2 vezes inteiro, quase 7.000 páginas). Sou apaixonado por ela!

Até o automóvel que marcou minha vida eu poderia definir: uma Brasília marron '75, que foi meu primeiro carro zero e que me serviu durante namoro, noivado, casamento e lua-de-mel com Mary.

Mas música? Não dá! Aguardem meu post!
Abraços
Freddy

Alessandra Tappes disse...

Oi Freddy.

Não achei que vc tivesse reclamado dos links, apenas comentei que se fosse necessário, para que o texto fosse ao ar, eles poderiam ser tirados. Notei sim que o reclamante em questão foi sr Dr Carrano...

Meu texto mais parecia receituário de psiquiatra....

Espero ter arrumado agora.

Freddy disse...

Alessandra, eu já tive de retirar um link para desfazer uma tarja negra, se não me engano num dos posts de Drones. Fui citar um link da Força Aérea Americana e deu um problema danado! Com a ajuda do Carrano, descobrimos o pomo da discórdia e ao final, deu certo.
Abraço
Freddy

Ana Maria disse...

Acho bom nem publicar meu texto. Está tão sintético que nele deixei de citar muitas músicas que marcaram minha vida.
Como assim uma só música??? A cada namorado uma música diferente, o primeiro passeio na Ponte outra canção. A fase discoteca, os filmes... Ah! Eu nem falei do "West side story" e as maravilhosas composições de Leonard Bernstein, e da música para ser tocada no meu enterro ou cremação.

Jorge Carrano disse...

Pra começar você tem que decidir: enterro ou cremação? A família não pagará duas despesas (rsrsrs).
Cremar é melhor porque deixa vaga no jazigo para outro da fila (rsrsrs). Sou sério candidato...

Ana Maria disse...

Vai depender do lugar onde eu estiver. Cremação é restrita a algumas cidades, portanto, por medida de redução de despesas, caso não haja cremação no lugar do meu óbito, pode me enterrar no primeiro cemitério com vaga.

Jorge Carrano disse...

Niterói tem crematório no Parque da Colina.
Se você abrir uma poupança em conjunto comigo e for depositando uma graninha para o traslado, eu providencio (rsrsrs). De Teresópolis para Niterói ficará barato.

Riva disse...

Caraca ! Sensacional !!!

Escrevi um post há pouco tempo sobre o velório do meu amigo José Carlos, na cremação do Parque da Colina ..... vcs leram ??????

É isso aí, alegria no velório, com a nossa MÚSICA tocando, aquela que foi tatuada nas paredes da nossa memória, como bem disse a Alessandra !!!

Adorei, Ana Maria !

Freddy disse...

Que conversa mais macabra! Música para quando o caixão estiver descendo... ou as chamas crepitando...
Eu já tinha escolhido o 2º movimento do concerto Inverno das 4 estações de Vivaldi. Mas me modernizei, e estou considerando a parte orquestrada final de The Phantom Agony, do Epica...
Espero ficar na dúvida por um longo tempo ainda, Papai do Céu ajudando!
<:o)
Freddy


Jorge Carrano disse...

Finalmente, identificado o problema, a segunda parte do post da Alessandra entrará no ar aos 00:30 h, ou, como também é conhecido o horário, meia-noite e meia.

Riva disse...

Bom dia a todos !!

.... só fiz o comentário para não ficar com 24 comentários no meu post. Agora são 25 !!!!

FLUi

Jorge Carrano disse...

Na década de 1940, na minha infância, alguém logo perguntaria se você já foi mordido de cobra (rsrsrs).

Riva disse...

kkkkkkkkkkkkkkk ..... numerologia, apenas, e seus significados rsrsrs.

No Twitter foi estranho há poucas semanas. Eu cheguei a 666 seguidores, e foi uma lenha pra fugir do número. ia pra 667, voltava, caía pra 665, voltava o 666.

Aí fiz um apelo aos seguidores, acredite : peço por favor a alguns para pararem de me seguir por causa desse maldito número 666. Não adiantou, a oscilação continuava.

Aí apelei .... esmerdalhei o FRED incessantemente !! Deu certo !! Estou oscilando agora em torno de 650 seguidores hehehehe

FLU i

Jorge Carrano disse...

Não conheço o Twitter, pois não estou lá, não utilizo.
Mas imagino que 650 seguidores seja um muito bom número. A não ser que sejam credores "perseguindo" (rsrsrs).
Parabéns!

Riva disse...

Assim como te procuraram pelos bons números do seu blog, dizem que o Twitter tb tem o seu valor em função desse número de seguidores.

650 é um número baixo, comercialmente falando, pelo que sei.

E digo a você, que apesar de ter todos esses seguidores, os debates na verdade envolvem um máximo de 20 pessoas, sempre as mesmas. Os outros 630 devem apenas ficar lendo os posts colocados, mas não debatem.

Uma vez usei uma ferramenta que aumenta sua visibilidade, e quase morri, porque em poucos dias eu tinha mais de 2.000 seguidores. Por aí vc vê que é relativamente fácil ter os seguidores, se vc quiser ter um grande número. Não é o meu caso. Sou muito seletivo ao concordar que alguém me siga. Minha conta no Twitter tem "cadeado".

Freddy disse...

Já tenho Twitter mas não sei mexer com ele. Aceito aulas.
A única coisa que recebo (e foi por isso que entrei) são twits do Lei Seca.
<:o)
Freddy

Freddy disse...

Outra: quando comecei a trabalhar na Embratel, o ramal de nossa seção era o 666. Isso numa época em que telefone era luxo, de modo que nossa salinha na Estação do Livramento tinha apenas esse ramal e nenhuma linha externa (!).
<:o)
Freddy

Jorge Carrano disse...

Alguma coisa contra o 32, Riva?

Riva disse...

32 é um bom número. Inclusive me acompanhou durante alguns anos, no ginásio.
Fui nº 32 da 1ª série Ginasial até a 4ª.

Jorge Carrano disse...

Então você deveria ter deixado quieto. Botando outro comentário mudou a numeração (rsrsrs).

Riva disse...

33 e 34 também são muito bons ! rsrsrs

Jorge Carrano disse...

Guitarrista?
Robert Leroy Johnson é o cara.