8 de agosto de 2014

Música é vida!




Por
Ana Maria Carrano








Algumas pesquisas, nas áreas de física e medicina, revelaram que as ondas sonoras provocam modificações celulares. Fotos de cérebros estimulados musicalmente possuem traços aprimorados…

O nível de vários hormônios, inclusive o cortisol (responsável pela excitação e pelo stress), testosterona (responsável pela agressividade e pela excitação) e a oxitocina (responsável pelo carinho) são afetados pela música. Assim como as endorfinas, a serotonina (neurotransmissor que faz a comunicação entre os neurônios).

Não existe civilização sem expressão musical, e do ponto de vista religioso, os sons e suas vibrações, servem como canal para o “religar” de Deus com os homens. Sendo assim, é óbvia  a influência da música em nossas vidas. Marcam bons e maus momentos, embalam romances, incitam a competição e elevam preces.

Não poderia ser diferente comigo, conosco.

Gosto de boa música de forma bem eclética e pessoal. Se me agrada, ouço. Se me agrada canto.

Meus pais gostavam de música. Minha mãe cuidava  dos afazeres domésticos cantarolando músicas da sua (dela) meninice.  Por conta disso, conheço letra e música de período anterior a minha primeira infância.

Nas inúmeras interrupções de energia, comuns nos anos 50, ficávamos na sala, à luz de vela, ouvindo meu pai cantar músicas de seresta, trechos de operetas e as canções do Vicente Celestino. 

Virou uma brincadeira familiar, a tal de “murcharam nos jardins os crisântemos...” http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/vicente-celestino/nenias/968598

Aos domingos, ouvíamos óperas. Discos antigos, anteriores ao vinil, em 78 rotações, feitos de goma laca. Num ritual quase religioso o patriarca da família limpava e colocava na vitrola suas preciosidades e podíamos apreciar Enrico Caruso, e Mario Lanza interpretando La Traviata ou o Barbeiro de Sevilha.

Podíamos também escutar os melodiosos trinados de Ima Sumac fantástica soprano peruana. Nestas manhãs domingueiras, papai preparava doses de whiskye com guaraná, e nos permitia bebericar antes do almoço. Era perfeito. A teoria dele era que deveríamos aprender a beber em casa. Conhecer os efeitos da bebida e descobrir a hora de parar.

Na  adolescência, saímos da influência exclusiva da família e começamos a descobrir os sons externos. Os filmes americanos adocicados e românticos, como April Love do Pat Boone e   Love me tender do Elvis Presley, acrescido dos ritmos mais agitados como o rock, o twist (tivemos um cachorro com este nome) e o cha cha cha.

Minha mãe gostava de me ouvir cantar. Coitada! Por sua vontade, fiz um curso de inglês com o objetivo de interpretar suas canções preferidas. Bing Crosby, Frank Sinatra, Nat King Cole, Toni Bennet, Louis Armstrong  faziam parte do repertório. Autumm leaves, All the way, Cry me a river, substituíam as marchinhas antigas que ela cantava.

E por aí foi a música marcando fases e histórias. Até a Ponte Rio-Niterói tem música própria. A primeira vez que a atravessei no meu fusquinha 67, lotado de amigos (as), tocava no rádio Elton John e seu “skyline preconceitos pigeon”.

Tive fases de samba, bossa nova, jovem guarda, boleros, instrumentais, clássicas.

Namorei ouvindo de Eydie Gorme e Trio Los Panchos e Johnny Mathis ; dancei ao som de Henry Mancine, Paul Mauriat e Glen Miller, sem falar nos samba-canções melosos de Altemar Dutra, Jamelão etc...etc..etc..

Como já me alonguei demasiadamente, quero registrar apenas, as canções que mais me marcaram: todas do Roberto Carlos. Como somos da mesma geração, passamos pelas  mesmas fases. Juvenil, apaixonada, religiosa e madura.  

Hoje, na terceira idade me permito ouvir de tudo que me soe bem. Sem preconceitos.


18 comentários:

Jorge Carrano disse...

Algumas boas lembranças, mana.
"... As magnólias se despetalavam...

Ana Maria disse...

Meu notebook é disrítmico. Costuma misturar as letras, jogando as recém digitadas, nas linhas anteriores. Sou obrigada a revisar e a corrigir constantemente. Neste texto apareceram duas aberrações. A palavra preconceito no meio do Skyline pigeon e de" antes da Eydie Gormê. Peço desculpas a todos, principalmente a Profª Raquel.

Jorge Carrano disse...

Eu, ainda pré-adolescente, ouvia um programa da Radio Metropolitana, intitulado “Pelas esquinas de Beverly Hills”, no qual eram executadas músicas americanas, em especial as orquestradas: Tommy Dorsey, Artie Shaw, Benny Goodman, e outras célebres, que tinham em suas formações músicos maravilhosos, alguns dos quais depois fizeram “carreira solo” de sucesso. Assim como alguns (algumas) crooners: Billie Holliday, Etta James, Ella Fitzgerald, Alberta Hunter e Cassandra Wilson. Entre os homens, que iniciaram como crooner, o mais famoso foi sem dúvida Frank Sinatra, mas outros como Mel Tormé também fizeram sucesso.
Vem daí meu gosto pelas canções de Cole Porter, George Gershwin e tantos outros, que tiveram suas músicas celebrizadas em filmes.
Fiquei a um passo do jazz e do blues, que são até hoje meus gêneros musicais (ou estilos de interpretar) preferidos.
Viu, Ana Maria, se eu fosse escrever o post mais abrangente sobre música, este poderia te sido um caminho.
Ah, sim! Este programa ia ao ar das 17:30 às 18:00 horas, o que permitia minha mãe sintonizar o rádio na “Oração do Júlio Louzada”, às 18 horas. Então, na sequência, tínhamos os seriados: Jerônimo, Anjo (e seus auxiliares, Metralha e Chumbinho), e mais tarde as novelas, como a melosa “O Direito de Nascer”, que tinha nossa vizinha – Isis de Oliveira – como uma das interpretes.
Se errei alguma coisa, foi por pouco e involuntário. Meus neurônios estão necrosando.
Antes que digam que fugi do tema, que seria música, assinalo que as músicas estavam presentes na programação citada: desde a oração da Ave Maria, se bem me lembro a de Gounod, até o tema do Jerônimo, o herói do sertão.

Jorge Carrano disse...

KKKKKK
Essa professora Rachel está ficando tão famosa quando a dona Lucia autora da carta endereçada ao Felipão.
Na minha opinião ambas "feiques". A dona Lucia criada pelo pessoal da área de comunicação da CBF (Rodrigo Paiva)e a Rachel por alguém de nossas relações tirando sarro, mas saindo tosquiada.
Sei que você (Ana Maria) desconfia da Helga. Pode até ser, embora não faça muito o gênero dela.
Alô Helga, cadê você?

Freddy disse...

As pessoas cuja adolescência empatou com a chegada de Beatles e Rolling Stones e toda a revolução mundial do rock e suas posteriores e variadas vertentes, que também foi a era do psicodelismo e da revolução sexual, parecem-me ter uma relação diferente com a música daquelas cuja adolescência aconteceu antes ou depois desse período.

Entre 1964 e 1972, quando a coisa estava "pegando fogo" - não bastasse música e costumes estávamos em pleno golpe militar e seus primeiros desdobramentos - quem nasceu antes de 1950 já tinha amadurecido e quem nasceu depois de 1958 pegou o Brasil já mais formatado e menos intolerante ao que estava acontecendo - na sociedade e na música (aqui deixo política de fora).

É apenas uma opinião.
<:o)
Freddy

Riva disse...

Legal seu post, Ana Maria. Passou tudo a limpo, acho eu. E pelo que li, seu notebook é mais traíra do que o meu netbook ! rsrsrs

Roberto Carlos ... acho que minha mãe tinha todos os LPs dele. Como era cega, meu pai marcava os discos com umas tirinhas de esparadrapo, diferenciadas,tipo um Braille, pra ela saber qual disco estava pegando.

"O estranho sumiço da Profª Rachel" ... isso dá um debate legal. Cada um poderia escrever como acha que ela deve ser, fisicamente, que idade, qual seu gosto musical e de filmes, quais seus hobbies, se é casada e com filhos .... cada um poderia descrever a personagem Profª Rachel !!!

O que acham ? Topam ?

Anônimo disse...

Bom relembrar nossa infância, não é Jorge? A hora do Angelus, os programas de rádio inesquecíveis, e os momentos em família, com música como pano de fundo.
Adorei a sugestão do Riva, de “imaginarmos” uma Profª Raquel, enquanto a mesma não se apresenta. Para mim, ela é aposentada, depois de 30 anos de regência de classe e presta serviços como comissária no Conselho Tutelar, tendo inclusive ajudado a formular o novo Estatuto da Infância e da Juventude. Possivelmente lecionava português e escreveu livros didáticos e infantis. Ah! É viúva e tem filhos e netos que moram longe. (Se morassem por perto, ela não seria tão tolerante. Kkkkk)

Jorge Carrano disse...

Anônimo? E com essa intimidade toda comigo?
E estas aleivosias assacadas contra a professora?
Peraí, vamos botar ordem na casa. Identifique-se, por favor.

Ana Maria disse...

Na hora de clicar no nome, o note deu pane. Não era minha intenção me esconder.

Riva disse...

Disse a Profª Rachel em sua 1ª aparição :

Nessa idade, saber escrever um texto com mais de 140 caracteres, com as palavras grafadas por inteiro, sem contrações ou abreviações espúrias, já é, por si, um fato relevante, independentemente do conteúdo que, diga-se, está bem articulado.
Parece que nem tudo está perdido nesta geração twiter.

E em sua 2ª e última participação:

Andei navegando no blog, lendo outros escritos e cheguei a conclusão - perdoem-me os demais autores - que o trabalho do João é o mais autêntico, o mais espontâneo.
Espero que ele goste de leitura, para desenvolver mais sua redação.

Em tempo: assinei como professora para demonstrar que não foi uma opinião emocional em relação a um jovem.
...............................

Tendo o jovem Danillo 14 anos, suponho ter sido a idade que estimulou a Profª Rachel a comentar o post - a idade dos seus alunos.

Para mim é uma pessoa com uns 40 anos de idade, sem filhos, solteira, tendo em vista que :
- mães sempre costumam elogiar os próprios rebentos, e ela fez questão de frisar que o jovem (que não é seu filho) em questão estava provando que a geração Twitter (com 3 Ts)não está perdida.
- usa o Twitter (com 3 Ts), e conhece o detalhe dos 140 caracteres. Possivelmente deve navegar muitas horas por dia.
- é realmente professora de Língua Portuguesa, apesar da falta da crase em seu comentário. Reafirma a importância da leitura, da redação, e condena abreviações e contrações usadas hoje em dia (não sabe o que a espera nos próximos 10 anos !! rs).

Acredito que tenha um cão de estimação, tendo em vista não ter filhos e não sr casada, e deve ser um super companheiro para ela. Nome do cão ? Quem sabe Aurélio ....

Seus hobbies se resumem a muitos filmes e séries de TV,e com certeza novelas globais - não deve perder um capítulo sequer.

Poucas amizades, muito introvertida.

Futebol ? Nem pensar, coisa 100% masculina, mas acredito que ao seu redor, na infância, deve ter sido rodeada por muitos torcedores do Corinthians, mais ortodoxos e radicais.

Essa a minha impressão da personagem.

Jorge Carrano disse...

Então vamos lá:
Ana Maria,
Retiro o que disse (escrevi).

Riva,
Estou gostando de seu trabalho investigativo. Boa teoria.
Quem sabe rastreando o IP (acabei de aprender o que é isso no Jornal Nacional por causa da leviana alteração no perfil da Miriam Leitão na Wikipedia), a gente chegue à professora.

Freddy disse...

Muito tempo perdido com a D. Rachel.
That's it.
<:o)
Freddy

Riva disse...

FREDDY não pegou o espírito da coisa ....!! Estou admirado, tendo em vista ser um escritor de romances pornográficos, onde se exige uma criatividade imensa ....rsrs

Não tem nem uma sugestão de como seria a professora ? Hmmmm ?

Jorge Carrano disse...

Vou lançar aqui uma suspeita. Acho que a professora Rachel é o Freddy.
Vejam minha teoria. O Riva em sua análise investigativa, está chegando próximo da pessoa que, todos supomos, está se ocultando no apelido.
Por isso, mais que depressa, alega que estamos perdendo muito tempo com ela. Que na verdade é ele.

Alessandra Tappes disse...

Dando continuidade a saga Prof Raquel, darei uma opinião:

Mulher de poucas palavras, mas com o cabelo impecavelmente escovado depois de horas de tortura com os bobs (tipo a dona Florinda mesmo), adora marrom, pois combina com seu tom de pele pálido, usa lentes de contato azul, fuma 2 maços de cigarro por dia (aliviar o stress) e bebe Dry Martini sentada no 3º banco da esquerda pra direita, num pub britânico. Solteira pela 4º vez, volta pra casa cedo, pois têm que alimentar seu peixe beta, o Atos.

Sonha em conhecer as Ilhas Gregas quem sabe o dia que se aposentar. Um cruzeiro de solteiros? Pode ser, quem sabe lá ela encontre a felicidade...

Ana Maria disse...

Humm! Acho que vc chegou perto, Jorge. Se juntarmos sua suspeita ao dado que Riva citou, Freddy é autor de contos eróticos, chegamos a personagem da professora com dupla personalidade. Frequenta bares para solteiros à noite, e de dia leciona para criancinhas. Profª Raquel deve ser o Freddy.
HaHaHaHaHa

Freddy disse...

Admitamos que eu não sou um cara calmo. Por sorte, durante meus 32 anos na Embratel não me colocaram em contato com público, teria sido um desastre total. No entanto, terminei meus dias lá como representante da Embratel junto a demais operadoras de telecomunicações para reuniões periódicas sobre interligação entre elas. Fui retirado de sala algumas vezes para tomar uma água, ir ao banheiro, respirar fundo...
Por estar a ponto de voar no pescoço do parceiro da outra empresa...
Mas hoje eu estou calmo. Ainda...
<:o)
Freddy

Riva disse...

Hmmmmm .... faz sentido !!!

Realmente estranha a atitude dele de tentar "matar" a investigação.