9 de fevereiro de 2010

Atualidades XVI

Está nos jornais. São locais que me trazem recordações boas.
Enquanto em Paris a loja de departamentos Le Printemps está toda reformada, aqui no Rio de Janeiro o restaurante Albamar também está em fase final de uma grande reforma.

Ambos são estabelecimentos tradicionalíssimos.

O Albamar fica na única torre preservada, do antigo Mercado Municipal , na Praça XV .Eram quatro originariamente. O restaurante fica no último andar do prédio (3º) e tem uma vista privilegiada da baía da Guanabara.

Foi lá que, meu pai ainda vivo e extrapolando o orçamento mensal, comi filé de badejo com molho de camarão pela primeira vez na minha vida. Ele se permitiu o luxo de tomar um vinho branco português cujo nome jamais esqueci, chamado Grandjó. Hoje sei que este vinho não é lá nenhuma Brastemp, mas na época eu imaginei que seria muito bom.

Voltei anos depois, e já com recursos próprios, para jantar com alguns colegas de trabalho da Cia Fiat Lux. Eu deixava a empresa após dez anos, para mudar para São Paulo. Foi um jantar de despedida. O coquetel de camarão, em 1972, era o máximo.

Quanto a Le Printemps, conheci decadente. Mas nobre. A Galeries Lafayettes era mais popular, menos sofisticada quando a conheci.

Conheci, também, a Harrods, em Londres, a KaDeWe, em Berlim e a El Corte Inglés, em Madrid e também em Lisboa. Sorry periferia (licença Ibrahim).

Vale lembrar que no Rio de Janeiro tivemos uma loja da Sears, em Botafogo, e uma da Mesbla (na Cinelândia) que não faziam feio.

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Vou dar aos marmanjos que eventualmente estejam lendo, duas razões para que não percam os torneios femininos de tênis: Ana Ivanovic (sérvia) e Maria Sharapova (russa).

No passado mais remoto, a musa das quadras era a argentina Gabriela Sabatini, que povoa minha memória olfativa. Através de sua linha de perfumes, claro.

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Bem, vocês viram que agora qualquer um (como eu) pode viajar para a Europa. É a classe “C” com suas legiões conquistando o mundo.

Falta, agora, dar uma melhorada no nível de conhecimento dos emergentes, pra evitar coisas como este comentário ouvido durante um vôo Paris-Rio, por alguém que o remeteu para a Revista O Globo: “Agora eu quero conhecer a Goiânia Francesa”.

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Estão chegando as novas cédulas do real, inspiradas no modelo do euro.

Tamanhos diferentes e com novos itens de segurança. A cédula mais bonita que tive em mãos foi a de 500 euros. Em 2006. Um sério problema para utiliza-la. Tive que ir a uma casa de câmbio, em Berlim, onde consegui trocar por dez de cinquenta. Era mais fácil do que ir a um banco. Nas casas de câmbio é mais fácil encontrar quem  fale inglês.

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Quero que me apontem qualquer coisa mais inútil do que as agências reguladoras: ANEEL, ANS, ANAC, ANATEL e outras que tais.

E nem se pode imputar ao Lula esta maldição que sangra os cofres públicos sem qualquer benefício para a sociedade. São cabides de emprego, com remuneração polpuda e uma estabilidade temporária. Sem contar algumas possibilidades, como direi... (cala-te boca). Coisa para privilegiados. 

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Estamos menos xenófobos, felizmente. No campo dos esportes olímpicos já tínhamos no Brasil técnicos de várias nacionalidades: cubanos, ucranianos, hungaros, etc.

Agora estamos importando até argentino, acreditem! O técnico da seleção masculina de basquete é o portenho Rubén Magnano.

Sem contar que o govenador cogitou contratar Rudolph Giuliani (ex-prefeito de NY, para assuntos de segurança) e agora o Tony Blair (ex-premier inglês, para assuntos relacionados às Olimpíadas). Bem, a iniciativa é do governador, mas o prefeito é quem vai pagar.

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