28 de dezembro de 2019

REPETECO, outra vez ?


Republiquei postagem  sobre animais, com viés humorístico, e houve aprovação. Uma só, mas diferenciada, qualificada.

Este sobre frutas, que é da mesma época, ou seja,  período em que o blog dava seus primeiros trôpegos passos, também foi aprovado, embora seis anos depois de publicado, como poderá ser constatado no original que está em:

Prometo que irei poupa-los da reprodução da postagem sobre os santos, quando procurei ser engraçado da mesma forma insipiente e incipiente. Quem quiser ler terá que acessar:

15 de dezembro de 2009

As frutas

Assim como os animais, as frutas têm sua sina. Acabaram com o nome associado ao grotesco, ao complicado, ao frouxo de pouca fibra, mas também ao belo. Quem não se lembra? - Você é um banana! - a exprimir a falta de coragem do moleque que não se atrevia a praticar uma arte qualquer que os demais de sua idade e grupo iriam fazer.

A sorte da maçã já não foi tão madastra. Proibida de ser comida que foi, aliou-se a uma serpente e conseguiu o que queria: foi comida e levou Adão ao pecado. A partir deste episódio, é uma das frutas mais comidas pelo homem, inclusive por via oral. Quem nasceu no século passado, há de lembrar da marchinha carnavalesca: “a história da mação, é pura fantasia, maçã igual aquela o papai também comia.” Ou seja, a maçã referida, não é aquela que por vezes vai parar na boca do leitão assado, nos banquetes de casamento. Tampouco aquela que o William Tell utilizou para provar sua perícia com o arco e  flexa.

Se você está diante de um problema mais intrincado, tem nas mãos um abacaxi. Por que, santo deus, se estamos falando de uma fruta saborosa, se plantada e colhida no seu tempo certo? Deve ser carma. Só pode ser. Diferente sorte teve a uva. Tanto se presta a qualificar a mulher bonita, como na expressão “olha que uva” – também do século passado - quanto um carrão. Ninguém hoje diz que tal ou qual mulher é uma uva, o mais comum é dizer olha que gostosa. A uva deixou de ser referencial. Gostosas muitas outras frutas são. Até o genipapo, malgrado este nome deprimente.

Tem fruta nobre, como a de conde. E tem as que emprestam seus nomes a belas mulheres, como o morango, a pitanga… Quem não se lembra ou conhece a Terezinha, a Camila…

Safadeza fizeram com a laranja, coitada. Ela é comparada ao sujeito – cúmplice – que empresta seu nome para negociações escusas. O mamão tem dupla conotação. Tanto podemos dizer que o jogo foi para o nosso time um mamão com açúcar, a significar que foi fácil, quanto podemos estar nos referindo a um boióla, porque o mamão também pode ser macho mas nem por isso deixa de ser fruta.

Várias frutas ajudam a qualificar uma mulher. Cor de jambo. Pele macia e aveludada, como um pêssego. Olhos amendoados. Os seios belos como duas peras. E tem a maçã do rosto… pera aí, do rosto ? Não é mais entre as pernas, como na época do paraíso?

2 comentários:

Riva disse...

Chegamos ontem à noite de Paraty, dias maravilhosos com todos reunidos lá.

Vou escrever um post sintetizando nossa reunião.

Abraços !

Jorge Carrano disse...



Que bom, Riva! Saúde, sucesso e sorte aos March.

Que tenhamos todos aqui do Pub da Berê, os mesmo dias maravilhosos ao longo do novo ano que já se avizinha.

Aguardo o post, assim compartilharemos virtualmente o encontro de vocês.