24 de janeiro de 2018

Natureza

Como consequência do post anterior, tendo sofrido alguns questionamentos (in off), avançando em minhas reflexões chego a conclusão de que algumas pessoas se colocam fora da natureza, como se não fizessem parte da mesma.

O fato de termos um cérebro um pouco mais complexo e desenvolvido, não nos coloca acima e além das regras da natureza, tornando-nos meros expectadores. 

Não chega a dois por cento a diferença entre nosso DNA e o dos chimpanzés. E isso, pergunto, durante quanto tempo mais?


Nós, humanos, poderemos desenvolver uma calda, e de novo voltarmos às árvores. A natureza poderia operar isso de algumas formas. Mas a provável, em meus devaneios, seria a colisão do planeta com um enorme meteoro.

E teríamos o destino dos dinossauros, tendo que evoluir de novo, da estaca zero. Talvez por outros meios e motivos.

Somos inteligentes e nos jactamos de saber controlar a natureza e até modifica-la, através da genética.

Isso porque ela - natureza - nos permitiu a evolução/adaptação, até o estágio atual. Que não é definitivo. Ou será? Vamos estacionar neste ponto evolutivo?

Quem assiste Animal Planet, ou outros canais de programação similar, sabe que no reino animal outras espécies são capazes de coisas fora de nosso alcance, com toda evolução que conseguimos. Em especial nos sentidos.

Avalanches de neve, tsunamis, vulcões em erupção, aumento da temperatura do planeta, ainda são incontroláveis, como foi a era glacial.

Podemos muito pouco e o mais prudente seria aprendermos a conviver com as regras da natureza.

E principalmente não afrontá-la com atitudes tolas sem qualquer relevância para o destino de nosso planeta e do universo.

Exemplos? Proteger de fratura uma rocha onde por meios naturais brotou e cresceu uma espécie vegetal (vide https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2018/01/e-pau-e-pedra.html)


Mandar "limpar" a árvore onde vivem algumas "ervas de passarinho", que chamamos de pragas, algumas das quais produzem substâncias capazes de curar várias doenças.


A maioria das orquídeas, coitadas, seriam condenadas, porque vivem como parasitas.

Deixemos em paz o reino vegetal, as espécies se entendem. E se não convivem harmoniosamente, excepcionalmente,  é porque a lei é esta mesma. Como entre os animais, o destino de uns é alimentar outros.


5 comentários:

Jorge Carrano disse...

Nosso astrônomo está agora mais perto de algumas outras estrelas, por isso não posso recorrer a ele para evitar escrever bobagens.

Mas vamos lá. Será que neste infinito universo, não existe vida inteligente fora do planeta em que vivemos? E havendo (eu acredito), não poderiam ser criaturas mais evoluídas, para as quais não passaríamos de uns selvagens? Índios ou aborígenes que precisaríamos ser civilizados?

Tudo bem, nossa pequenez ainda é motivo de dúvidas para alguns.

Jorge Carrano disse...

HIPOCRISIA

Em matéria jornalística televisiva, assisti a derrubada de árvores imensas, que a natureza provavelmente levou muitos anos para faze-las chegar àqueles portes.

Pois bem, sob alegação de que as mesmas comprometem o crescimento de outras que são menores posto que estão ainda em fase de desenvolvimento, privando-as da luz solar, por exemplo, estavam sendo derrubadas.

E eram centenas ao chão. Já cortadas (beneficiadas). Toras de diâmetro impossível de ser abraçado por ser humano. Serras e pequenos tratores faziam o manejo.

"Me engana que eu gosto". As florestas precisam de "jardineiros"? Ou é a ganância do homem que cria desculpas revestidas de base científica para auferir lucro fácil? A natureza fez tudo, agora é só derrubar e partir para a venda, inclusive no mercado internacional. Madeira boa, de lei. Mas cortadas ilegalmente, com "alvará" do Gilmar da área de preservação ambiental.

Uma Lava-jato no setor indiciaria dezenas de madeireiros, agentes do IBAMA, e provavelmente até ministros de estado. Por corrupção, conivência, leniência e alguns outros delitos.

Jorge Carrano disse...

O "nosso astrônomo" mencionado no primeiro comentário, era o Carlos Frederico March, tratado aqui como Freddy.

Que esteja seguindo em paz o seu caminho, podendo tirar algumas dúvidas.

Riva disse...

Confesso não ter força, nesse momento, para comentar o post.
Dúvidas e mais dúvidas sobre tudo isso.

Ainda mais quando tudo isso me remete ao desaparecimento do Carlos, associo, fazer o que ....

Criando argumentos para me expressar, e não sei se será por escrito, muito difícil.

O meu foco é a "perda do irmão", diferente da "perda do pai", quando caímos na realidade da nossa responsabilidade com o todo, que antes jogávamos em cima do pai, o que nos aliviava existencialmente.

Mas e o sumiço do irmão, daquele que dividiu toda a sua existência com você ? Que valor têm as outras coisas que vivenciamos no nosso dia a dia terreno ?

Vou tentar me expressar melhor em breve.

PS1 : tentando focar na realidade, ainda acho que o STF vai se envolver nesse imbroglio, e o Gilmar Mendes vai ser notícia. Aguardemos.

PS2 : a vaca ainda está no pasto mugindo ? Não vai ser enjaulada ?

Jorge Carrano disse...

De algum modo, e será breve, direta ou indiretamente o STF terá influência decisiva no caso.

Irá julgar a possibilidade de prisão de condenado em segunda instância.

Aguardo com apreensão. O STF é um colegiado de viés político/ideológico.