Os argentinos, no Brasil e no mundo, estão brilhando. Messi é, inquestionavelmente, o melhor jogador do mundo, em atividade. É, depois de Pelé, o melhor que já surgiu no mundo do futebol. Eu o comparo a Maradona, seu patrício. Tem uma série de virtudes, tais como o incrível domínio de bola e a garra com que disputa cada lance. Para ele não tem bola perdida.Mas o que mais me impressiona é a sua objetividade. Não dá um só toque na bola que não tenha como finalidade manda-la ao goal, ou pessoalmente ou servindo a um companheiro em melhores condições. Não faz malabarismos, como fazem as focas amestradas conhecidas pelos nomes de Robinho e Ronaldinho Gaúcho, por exemplo.
Cada dribling do Messi tem como obejetivo leva-lo ao goal. Se me permitem a licença poética, o objetivo dele, no campo, é o goal. Nenhuma jogada é supérflua, desnecessária. Tudo que faz visa o objetivo que é a essência do jogo de futebol: botar a bola dentro das redes dos adversários. Não o chamo de fenômeno, para evitar comparações com o outro Ronaldo quem embora tendo este epíteto, mesmo no auge de sua carreira, não era tão completo. Nas jogadas aéreas, por exemplo, era um fracasso.
Se Messi brilha no cenário mundial, aqui no Brasil, outro bom jogador argentino, tem um futebol inversamente proporcional ao seu tamanho. Falo do Conca, que acaba de ser eleito o melhor jogador do campeonato brasileiro, ganhando mui merecidamente o troféu Bola de Ouro. Jamais perdoarei o idiota do Eurico Miranda, que não reteve este jogador no Vasco da Gama, que foi seu primeiro clube no Brasil.
Além do citado Conca, dois outros argentinos brilharam neste último campeonato nacional: Montillo, do Cruzeiro, e D’Alessandro, do Internacional. Numa hipotética seleção dos melhores do campeonato, os três estariam na escalação.
Não é de hoje que os argentinos me encantam. Lembro do Di Stefano que juntamente com o brasileiro Zizinho eram, até surgir o gênio Pelé, os dois maiores jogadores que vira jogar. Então o que temos? Messi, argentino na Espanha, melhor do mundo e Conca, argentino no Rio de Janeiro, melhor do Brasil.
Quem me conhece de perto, sabe que da argentina reverencio o futebol, as mulheres, os Malbec e os tangos.
Para encerrar este post dedicado aos talentos argentinos, que no momento se destacam no Brasil e no mundo, vou contar um caso verídico, mas que parece piada. Principalmente por envolver um português.
Manoel Joaquim Lopes era o presidente do Vasco da Gama, na década de 1960. O Vasco promoveu, num evento festivo, uma visita do Benfica, então maior clube português, para uma partida amistosa. Para valorizar a importância do clube português e a relevância de sua vinda ao Brasil, o citado Manoel Joaquim Lopes afirmou para os jornalistas que se tratava do maior time do mundo. Ora, ele presidia o Vasco, e já dissera em outras entrevistas se tratar do maior time do mundo.
Deu-se então que quando fez a afirmativa de que o Benfica era o maior do mundo, um repórter comentou, “mas presidente o senhor já disse que o Vasco é o maior time do mundo.” O Lopes saiu-se com a seguinte pérola: “pois!, o Benfica é o maior do mundo em Portugal e o Vasco o maior do mundo no Brasil”
Juro que não é piada.
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