6 de junho de 2020

De pouco um tudo mais além


Reunião ministerial

O vídeo da reunião do presidente com seus ministros, espelha o que poderíamos chamar de circo dos horrores.

Sem pauta definida, manifestações destemperadas, agressões a instituições, e proposições absurdas.

Invoco o testemunho de alguns amigos, remanescentes da diretoria do Grêmio do Liceu Nilo Peçanha, nos anos 1950/1960, tais como Carlos Lopes Filho, Irapuam Paula Lima de Assumpção, José Henrique Paredes, com os quais vez ou outra ainda encontro, que poderão atestar que nossas reuniões de diretoria eram mais objetivas, mais respeitosas, mais ritualísticas do que esta a qual me refiro, com Bozo no comando.

Absurdo dos absurdos a tese sustentada pelo presidente de que é importante armar a população porque nos casos de descontentamento com decisões de alguns governantes, a sociedade poderia reagir para impor sua vontade.

O recado estava dado. Como alguns prefeitos e governadores impuseram normas de afastamento social e restrições na atividade comercial, acha o tresloucado presidente que se estivéssemos armados e descontentes com as normas municipais e estaduais, poderíamos faze valer nossas vontades.




Isto se chama incitação à rebelião, à desordem, a desobediência civil, que poderia se transformar em carnificina, numa guerra intestina. Idiota é pouco para qualificar este imbecil.

Não estou inventando nada. O vídeo é claro.

Weintraub

Não temos nenhum projeto para a educação, maior de todos os nossos problemas, mais importante área da administração.

Isto porque foi nomeado para o  ministério um ativista político, militante da direita fascista, fiel escudeiro do próprio presidente.

Membro da direita radical, amigo da prole do presidente, é mantido no cargo exatamente em função desta sua qualidade de pitbull.

Viagens aéreas

Com a retirada prevista das poltronas do meio nas fileiras laterias das aeronaves, as passagens tenderão a ficar mais caras.

Quiosques de venda de coco

Não sei porque cargas d'água não estão liberados para funcionamento os quiosque que vendem coco e água do fruto.

Vendem, tal como os supermercados e quitandas, gênero alimentício, muito nutritivo. Ótima hidratação para os que estão se exercitando no calçadão.

Ademais o consumo se dá ao ar livre onde a probabilidade de contágio é muito menor do que em ambientes fechados.

Pessimismo ou lucidez?

Lí que a Coca-Cola já estendeu até dezembro o sistema de home office

Cotações

Nesta semana a cotação do dólar sofreu acentuada queda e a bolsa de valores  teve uma valorização razoável. O que será que o chamado mercado está vendo que eu não estou?

Já na ala esquerda da política, Ciro Gomes ganha envergadura, enquanto o Bozo está em queda.

Trump X Bolsonaro

Em comentário junto a apoiadores, ontem, Bolsonaro chamou Trump de "amigo e irmão". E provocado por alguém disse em alto e bom som: "Trump aquele abraço".

Enquanto isso, do outro lado do do oceano, Trump afirmava, em entrevista coletiva, que se ele tivesse adotado a política brasileira teriam morrido dois e meio milhões de americanos.

E criticou termos adotado o modelo sueco que segundo ele se  revelou um fracasso.

Se fosse um político bem informado, leitor atento e atualizado com a política internacional lembraria da famosa frase de John Foster Dulles "Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses".

Ou na versão abaixo, atenuada, generalizada, distante da original acima.

Bolsonaro faz papel de babaca. Deve ser objeto de risos e chacotas, por sua inocência, nos bastidores do salão oval.




Estou onde sempre estive

Como Minas Gerais, no dizer de Otto Lara Resende.





10 comentários:

Jorge Carrano disse...


Os amigos, e nem tanto, que me distinguem com suas leituras diárias, ou eventuais, não endossam necessariamente o pensamento do autor.

Jorge Carrano disse...


O que disse Trump, ídolo do nosso presidente:

https://www.terra.com.br/noticias/mundo/trump-cita-estrategia-do-brasil-teriamos-ate-2-mi-de-mortes,fc03ad6f81abbff8517b405206f43c45vuz4asur.html

Jorge Carrano disse...


Um belo time o do Bayern de Munique.

Primeiro tempo
Bayer Leverkusen 1 x 3 Bayern de Munique, fácil.

Carlos Lopes Filho disse...

Carrano, boa tarde. Sábado com um sol muito bonito e um friozinho gostoso. Sim, nossas reuniões de diretoria, no Grêmio do Liceu, eram muito mais civilizadas e mais produtivas que as do governo atual do Brasil. Apesar de muitos de nós não termos ainda completado 18 anos naquela época, éramos respeitosos uns com os outros, sabíamos debater e discutir nossas ideias e proposições, mesmo sendo jovens meio rebeldes e já inconformados com muitas coisas que vivenciamos na oportunidade. Repito o que já te disse: lembro-me bem que você tentou introduzir o "pela ordem" quando alguém queria fazer uso da palavra. Mas, como éramos meio desobedientes, o "pela ordem" tornou-se um pouco desacreditado e não demos muita bola para o mesmo. Entretanto, sempre sugeríamos e aprovávamos alguma coisa: a excursão a Cachoeiro ou ao Colégio Naval, a compra do material para as balizas de futebol de salão, a venda de passes de trolley e bonde na sala do Grêmio, a festa junina no pátio, etc...
Na reunião governamental, o que se viu foi um festival de palavrões, proferidos por homens adultos, alguns com mais de 60 anos, na frente de senhoras (duas senhoras ministras), sem a menor cerimônia, como se aquela fosse a linguagem corriqueira com que eles se tratam entre si. Não vi discussão, nem debate de nenhuma matéria séria, uma que realmente importasse para o povo brasileiro. Vi um Ministro da Saúde, recém-empossado, participando da sua primeira (e última) reunião ministerial e, abobalhado, talvez não acreditando no que ouvia, participar daquilo tudo sem que a pandemia que assola e mata milhares de brasileiros fosse realmente debatida.
Quanto ao episódio das armas para a população, seria cômico se não fosse ridículo e grotesco. Talvez o que satisfaça o "mandatário maior" de nossa nação seja ver o povo na rua, atirando uns nos outros, revivendo as cenas de um pastelão de velho oeste americano.
O espaço aqui acabou.

Jorge Carrano disse...


No post já escrito e programado para amanhã faço exatamente esta comparação com o velho oeste americano.

O que me admira é que oficiais generais das forças armadas que têm como competência constitucional a defesa da lei e da ordem, consoante art. 142, in fine, não tenham feito um aparte e mesmo que com toda a deferência, respeitosamente, alertasse o presidente que ele estava sendo infeliz em sua pregação.

Mourão por Mourão, prefiro, ao invés do Hamilton, ficar com o Olympio, que em 31 de março de 1964, ordenou que as tropas sob seu comando, da 4ª Divisão de Infantaria, baseada em Juiz de Fora, viessem ocupar a cidade do Rio de Janeiro. E tomou um forte na marra.

Este, pelo menos naquele momento, tinha grande apoio popular e interpretou bem o seu papel constitucional de defesa das instituições.

Depois o regime militar se perdeu, degringolou ao demorar a devolver o poder aos civis.

Registro tal fato para explicitar que não tenho aversão aos militares, por definição, apenas não aceito que estes militares que orbitam em torno do Bolsonaro acatem suas extravagâncias.

Deveriam, pelo menos como as alcoviteiras (das alcovas), cochichar ao seu ouvido que um mínimo de compostura, de respeito a liturgia do cargo são fundamentais para um presidente.

Amanhã corremos o risco de sérios confrontos, imagina se todos estivessem legalmente armados?

Tomara que eu esteja enganado, mas a chapa irá ferver amanhã. Nem irei ao calçadão porque em Niterói as manifestações pública em geral ocorrem lá.

Incógnita saindo de fininho disse...

Acho que estou no espaço errado. Me desculpe mas falo palavrões e também ouço muitos.
Tirando reunião de Igreja, o povo usa uma linguagem chula.
Claro que sabemos nos comportar em situações formais, mas na intimidade deixamos rolar.
Me despeço sem antes dizer que os senhores são espécimes em extinção.

Jorge Carrano disse...


Estou frustrado. Nossas argumentações ficaram reduzidas ao aspecto periférico dos palavrões, empregados em hora e local errados.

Se uma dose de educação, respeito, e apego aos usos e costumes socialmente aceitos, nos coloca como espécimes em extinção, então este mundo está perdido.

Temos o que merecemos: Bolsonaros, Weintraubs et caterva.

Jorge Carrano disse...


Antes que eu esqueça, os chineses, que adquiriram o controle da BAND, apoiarão Ciro Gomes.

E Bolsonaro acabará ajudando a eleição do Ciro, como foi ajudado por Lula e Dilma.

Jorge Carrano disse...


Recado para meu amigo Riva, que fez uma leitura equivocada da fala de Bolsonaro. Colocar na pesquisa Google: “Bolsonaro conclama à guerra civil”.

Entre as dezenas de links aparecerão estes:

Bolsonaro conclama à guerra civil - Política - Estadão
politica.estadao.com.br › blogs › neumanne › bolsonar...


26 de mai. de 2020 - Bolsonaro conclama à guerra civil. Na reunião de 22 de abril, presidente determinou a ministros da Justiça e da Defesa que assinassem ...
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Bolsonaro conclama à guerra civil | Consultoria Eleitoral
consultoriaeleitoral.com › eleicoes-2018 › bolsonaro-co...

É guerra, tem que jogar pesado com ... - Folha - Uol
www1.folha.uol.com.br › poder › 2020/05 › e-guerra-t...

Jorge Carrano disse...


A ONU está de olho:

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/06/15/relatoria-da-onu-questiona-acao-do-governo-bolsonaro-contra-sociedade-civil.htm