Continuo querendo uma
política econômica de modelo liberal; continuo querendo menos estado na
economia; continuo , mas o governo Bolsonaro, sem participação da área econômica
de seu governo, aprovou e incentivou a gestação do um programa chamado “Pró-Brasil”
que vai no sentido diametralmente oposto, ou seja, o governo investir are participar mais ativamente na economia (vide
em https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2020/4/programa-pro-brasil-22-abr-versao-imprensa-1.pdf
;
continuo querendo o fim do balcão de negócios com o legislativo, mas o governo
se aproxima do chamado “centrão” grupo fisiologista e deletério da Câmara dos Deputados
trocando apoio por cargos (e as nomeações já começaram); continuo querendo o enxugamento
da máquina pública; continuo querendo a valorização do mérito; continuo
querendo menos Brasília e mais Brasil, o que significa mais dinheiro na ponta,
seja, nos Estados e, principalmente, nos municípios, onde vivemos e temos
carências; continuo querendo um país laico, com liberdade de credo e respeito a
todas as correntes religiosas; continuo querendo combate sem trégua à
corrupção, que drena os recursos que faltam para educação, saúde e segurança publica;
A
lista acima, em breves pinceladas, era a agenda do candidato Bolsonaro. E
fiquei seduzido, pois soava como música aos meus ouvidos e funcionava como
colírio para meus olhos. Fui ingênuo, reconheço.
Agora
sou acusado de haver mudado de lado. Pior ainda, sou acusado de pusilânime, sem
vontade, sem firmeza de atitude, alguém que se deixou contaminar pelas informações
parciais de uma imprensa aparelhada que só critica o governo.
Em
suma fui emprenhado pelos ouvidos pela imprensa nefasta, na opinião de pessoas
que prezo.
A imprensa está aparelhada? Pode ser, como estão as Universidades públicas e o mundo acadêmico.
No
entanto o que vejo (nos telejornais) é um presidente que atenta contra a democracia,
participando e incentivando a ação de milícias que lhe são fieis, em atos
hostis aos outros poderes da República.
Vejo
um presidente que participa de atos onde as pessoas se aglomeram em flagrante
desrespeito as recomendações das autoridades sanitárias.
Vejo
um presidente que não usa um lenço para limpar seu nariz, fazendo-o no braço
(porcalhão), ao tempo em que estende a mão para apoiadores.
NÃO
MUDEI. Meus princípios permanecem inabaláveis. Meus desejos estão no mesmo
norte, mas provavelmente não os verei concretizados com este timoneiro arbitrário,
irresponsável e delirante que está no leme.
Não foi para isto que fui as ruas empunhando cartazes contra o PT e tudo que os petistas representavam.
3 comentários:
Parafraseando Otto Lara Rezende, estou onde sempre estive.
Não mudei de ideologia, não mudei de esposa, não mudei de clube de paixão, e permaneço fiel aos meus princípios.
Sempre fui pela valorização do mérito (não se trata igualmente desiguais), pela livre iniciativa (nos limites das leis), sempre fui pelo direito a propriedade (desde que adquirida legalmente), pela economia de mercado (o mercado se autorregula), pela democracia, com a aceitação da teoria dos 3 poderes, de Montesquieu.
Ou seja, sou ortodoxo, conservador e inflexível quanto aos valores fundamentais de respeito ao próximo, de enxergar a família como célula mater da sociedade, não dar passos maiores do que a perna, e crença numa coisa óbvia que é a impossibilidade de uma corrente ser mais forte do que seu elo mais fraco.
Bolsonaro é o elo fraco da nossa corrente do bem, da prosperidade com respeito às instituições, a pluralidade e obediência as leis vigentes, sobretudo a maior delas que é a Constituição Federal.
Também estou onde sempre estive. Do lado do BEM, da NATUREZA e do ser humano provido de bom senso.
Votei contra o PT nas 2 esferas, sabendo que o remédio poderia ser amargo. Mas está amargo demais. O presida tem o pavio muito curto e os inimigos, sabendo disso, estão se aproveitando e ele caindo na armadilha ... uma pena.
Tudo isso com os ingredientes fortes da pandemia. O caos !
Ainda acho que a solução não passa por nada 100% constitucional. E não sei se 90% adianta alguma coisa .... Pena das nossas próximas gerações.
Sob o governo militar - que muitos hoje vociferam sem ter vivenciado - eu tive uma infância e adolescência maravilhosa, me formei engenheiro numa ótima universidade, casei, constituí uma família maravilhosa, tive uma excelente construção profissional, num ambiente de tranquilidade social.
Quem perdeu a guerra não se conforma .... perderam, ainda bem !
Caro Riva,
Peço vênia para subscrever seu comentário, ipsis verbis.
Postar um comentário