17 de maio de 2020

Li, ouvi e assisti


Que Bolsonaro, mudando de opinião, abandonando discurso de campanha, está aderindo à velha política, representada pelo centrão, grupo de parlamentares fisiologistas, que têm preço e que pouco se importam com quem está no poder, desde que possam compartilhar.

É o toma lá e dá cá, tão condenado em discurso. É o dando que se recebe demonizado pelo candidato impostor.

Alguns cargos já começam a ser ocupados por indicação de deputados que integram o tal do centrão. Por enquanto de escalões inferiores, mas como eles têm garganta profunda não demora e ganharão ministério.

Cadê a meritocracia, cadê a atuação técnica do quadro ministerial?

Hoje, surpreso, li que Carlos Marun, uma especie de pit bull do ex-presidente Temer foi reconduzido ao cargo de conselheiro na Itaipu Binacional. Uma boquinha e tanto para agradar ao centrão.

Lembram deles?

Pasmo, incrédulo, perplexo, vejo Roberto Jefferson como defensor ferrenho de Bolsonaro. Por que será? Aí tem coisa.

De arma em punho
Bolsonaro, ou como ele mesmo admitiu não faz muito tempo numa naquelas conversas com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada também é conhecido como Bozo, abandona a liturgia do cargo e se expressa com palavrões, é mal-educado e agressivo.


Para meu desgosto pessoal virou um farsante, mentiroso e covarde ao anunciar que faria um churrasco para trinta pessoas, e retroceder em face de críticas de vários setores, alegando que era um evento fake. 

Pegadinha, se fosse, sem graça e desrespeitosa para com a imprensa que era o seu alvo rancoroso.
   
Ele mudou radicalmente, por isso alardeio  que também mudei e o abomino  e rejeito pelo conjunto da obra que tem levado a cabo ultimamente.

Admiro-me que generais com folha exemplar de serviços, carreira e distinções no Exército, fiquem subordinados, por ditames constitucionais, a um ex-capitão medíocre em sua fase militar.

Aceitar cargos fora das funções a eles destinadas já foi um erro, e permanecer dando respaldo a este personagem que tem distúrbios mentais capazes de indicar sua interdição judicial aí já é  indesculpável.

Deveriam chama-lo de lado num canto e sussurrar que ele deve tomar tenência ou ficará pendurado com a broxa na mão porque irão retirar sua escada.



Imagens pinçadas na internet, via Google.

4 comentários:

Jorge Carrano disse...


Qualquer pessoa apoiada pelo Jefferson tem meu repúdio.

Minha mulher e meus filhos conhecem o personagem cujo nome omitirei e o fato.

Deu-se que um amigo, político, iria receber para um jantar, em sua casa, o Roberto Jefferson, e teve a gentileza de me convidar.

Respondi, fulano obrigado mas me inclui fora desta. O amigo relutou, mas compreendeu.

Imagine cumprimentar o Roberto Jefferson.

Jorge Carrano disse...


Dos oito partidos pelos quais Bolsonaro transitou pelo menos sete eram ou são do centrão. Foi liderado por Roberto Jefferson, quando esteve no PTB.

Isso significa que sua aproximação é meio o filho que a casa torna. Com o centrão estará em seu habitat natural.

Sua característica é mudar: partidos foram 8, e agora quer fundar um só para chamar de seu. Mulheres são 3.

Ele muda de opinião em razão de suas diarreias mentais. Trocou a farda pela política, conseguindo a mediocridade num e noutro campo.

Sim, não nego haver votado nela. Era a opção menos ruim para meu gosto. Parte de seu discurso soou bem aos meus ouvidos.

Menos estado, politica econômica de viés liberal, equipe eminentemente técnica, fim do balcão de negócios com o legislativo, enfim, coisas nas quais acredito e pelas quais almejo.

Mas ele é uma farsa. Seu populismo me incomoda e neste particular ele perde para o Lula. Como figura popular é mais falso do que cédula de três dólares.

É grosseiro, arrogante e mal educado.

E como dizia, a propósito de outra situação, um personagem do Jô Soares, "tem pai que é cego".

Riva disse...

Eu sabia que o remédio seria amargo, o federal e o estadual, mas a causa era justa.

Não me arrependo, porque seria uma tragédia de outra maneira.

Vamos em frente .........

Jorge Carrano disse...


Bolsonaro concedeu uma pensão alimentícia depois do fim do seu casamento com Regina Duarte.

Arranjou-lhe uma boquinha na cinemateca.

Eles se merecem, dois inescrupulosos.