29 de setembro de 2018

INVEJA


Invejo aos que afirmam não ter arrependimento das decisões que tomaram ao longo da vida. Fariam tudo do mesmo modo se pudessem recomeçar.

Eu não!!!

Muitas das decisões que tomei e principalmente às que não tomei no momento próprio, faria de modo diferente.

As que mais me incomodam são aquelas escolhas equivocadas e adotadas conscientemente.  Muitas  escolhas, leia-se de ação ou omissão, deixei de adotar por ignorância.

Se há um destino traçado, um enredo preestabelecido e que não temos parcela de autodeterminação, então fico mais aliviado e diminuo meu descontentamento comigo mesmo. Afinal não tive opções.

Se me foi dado o direito de escolher a vida que teria, do princípio ao fim, talvez não tivesse conhecimentos suficientes sobre as eventuais consequências.

Alguns caminhos que usei na vida não foram traçados por mim.  Cito, por exemplo, a escolha profissional.

Achava, aos 15 anos de idade, que queria ser militar. Fui reprovado na Marinha, por absoluta falta de empenho. Não levei a sério o estudo necessário.

Fui aprovado pela Aeronáutica, mas fui surpreendido por uma discromatopsia insuspeitada. O daltonismo era uma deficiência irrecorrível na aeronáutica nos anos 1950. Ainda é?





      Teste de discromatopsia







O exército estava descartado por uma razão bizarra, esdrúxula, absurda. Tinha um primo, mais velho, que já estava se formando na Academia das Agulhas Negras. Não esqueçam que eu não passava de um adolescente, inculto, ignorante. Bobo em suma.

No fim das contas, neste episódio, o destino que para mim traçaram foi cercado de muita prudência, de muito senso de responsabilidade. Eu não deveria ser militar, para o meu bem.

Já imaginaram eu militar graduado de uma das forças armadas? A esta altura da vida estaria de pijama, reformado, mas inconformado com a situação a que levaram o país. E, certamente, tramando nos bastidores.

O daltonismo livrou o país de mais um gorila fardado.

Se estivesse na ativa (seria possível?) estaria liderando movimentos, que seriam rotulados de ditatoriais, autoritários, pela esquerda perniciosa, nociva, para apear Temer do poder, e para fechar este congresso que aí está, fisiologista, corrupto e incompetente.

E o Judiciário teria que passar por uma outra peneira: ministros do STF nomeados por presidentes corruptos, cassados, perderiam suas vitaliciedades e inamovibilidades. Os que decidem por compromissos partidários, por gratidão ou por ideologia seriam cassados. Peremptoriamente.

Sorte do Lewandowski (Lula - 2006).

Essa composição atual do STF  - tsk, tsk, tsk – se iguala ao baixo clero do legislativo. Farinha do mesmo saco, impura. 


Nota:
1) https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/lewandowski-do-stf-autoriza-folha-a-entrevistar-lula-na-prisao.shtml

6 comentários:

Jorge Carrano disse...


Como o Gal. Mourão nasceu em 1953, está com 65 anos de idade. Como estou com 78, ele teria sido meu calouro, se eu tivesse optado pelo Exército.

Como consegui aprovação na Aeronáutica, acho que conseguiria no Exército. O exame de ingresso na Marinha era bem mais rigoroso (1955/1956). E, como confessado, não me preparei adequadamente.

Não ser militar é uma das minhas frustrações. Não saber tocar piano também, assim como não conhecer o continente asiático ... tenho outras mas não vêm ao caso neste momento.

Riva disse...

O meu foco não é sobre a inveja, mas sobre o que poderia ter feito e não fiz.

Se tivesse entrado no BB em 1970, como queria meu pai, hoje estaria viajando pelo mundo com a MV, jiboiando.
#simplesassim

Mas ... cismei de ser engenheiro, até para irritar minha mãe, outra MV, a Mãe Vascaína ... rsrsrsrs

Jorge Carrano disse...


Caro Riva,

Assim iniciei o post:

"Invejo aos que afirmam não ter arrependimento das decisões que tomaram ao longo da vida. Fariam tudo do mesmo modo se pudessem recomeçar."

Não foquei a inveja, senão coloquei que invejo quem não se arrepende de nada, faria tudo novamente.

Riva disse...

Vc inveja .... logo, o foco secundário poderia ser a inveja.

Se não, invejamos ......

Eu invejo os que estão passeando no calçadão ... os vejo do ônibus indo para o trampo. rsrsrs

Jorge Carrano disse...


Não posso me dar ao desfrute de perder seguidores (rsrsrs).

😁😁😁

Jorge Carrano disse...


Tenho inveja das pessoas para as quais a Patrícia Poeta e a Paola Oliveira são sólidas, pois conseguem toca-las com as mãos. Para mim são gasosas, não consigo toca-las.

😁😁😁 😁😁😁