13 de fevereiro de 2018

Restaurantes na Região Oceânica

Não faz muito tempo, convidados pelo casal Erika/Ricardo, respectivamente nora e filho caçula, pretendíamos almoçar no Seu Antônio.

Erika ao volante, já que sequer tenho automóvel desde 2010, quando do AVC.

Depois de enfrentarmos um trânsito absurdo para chegar até o restaurante, a frustração não poderia ser maior. Sem chance de comer nas próximas duas horas, pelo menos. Já eram 13 horas.

Desistimos, claro, e já nem sei para onde fomos muito mal-humorados, cansados e com fome.

Algum tempo antes desta incursão fracassada ao prestigiado restaurante, o amigo, cliente, e mais recentemente seguidor e colaborador do blog, Paulo March, havia enviado um e-mail relatando o desperdício de um domingo, sem sol e sem futebol em dezembro de 2009.

Que culminou com uma incursão ao Spicy, e a decepção de sua família. A ideia original deles era ir ao supramencionado e badalado restaurante Seu Antônio.

O relato entrou em minha caixa postal, em forma de e-mail.

Gostei tanto da história, de seu humor e seu aguçado senso crítico, que pedi licença para publicar à guisa de post aqui no blog, que estava ano ar há pouco mais de um mês. Autorização dada, está em

Bem, esta digressão tem relação com o assunto de ontem, segunda-feira de carnaval de 2018.

Uma vez mais Ricardo e Erika nos propuseram almoço, não no Seu Antônio, logo descartado das opções pelo óbvios motivos, mas igualmente num restaurante da Região Oceânica, mais precisamente em Piratininga, chamado Maria da Praia.

Seria minha primeira vez no restaurante, que eles já conheciam. Mencionaram que havia uma ambiente fechado e climatizado, circunstância fundamental em face do  extremo calor que fazia.

Muito ingênuo, imaginei que agora com o túnel Charitas/Cafubá, chegaríamos mais facilmente. Não cogitei a hipótese de outras três milhões* de pessoas terem a mesma ideia.

O túnel ajudou até a página três, porque estando do outro lado o caos se revelou. Tudo parado, ou se arrastando a passos de cágado. Inobstante o ar-condicionado do carro, o sol inclemente sobre o teto dificultava a manutenção de uma temperatura minimamente aceitável.

Como Erika conhece muito bem a região, pois eles moraram por lá um bom período, cortou por aqui, achou um atalho por lá e finalmente vimo-nos na praia e diante do restaurante.

No varandão algumas pessoas. Nossa opção, claro, mesa para quatro lá dentro no ambiente refrigerado.

Vieram os cardápios, escolhemos, pedimos e comemos razoavelmente bem. Comida bem elaborada e porções generosas. Preços palatáveis.

No varandão, um vocalista, afinado, empunhando uma guitarra, interpretava peças do cancioneiro popular, especialmente algumas do Eric Clapton.

Na saída, fizemos esta foto, tirada desde a varanda. Ao fundo a praia de Piratininga.


Confesso que esta postagem, meio forçada, tinha como objetivo poder mencionar o primeiro dos muitos posts de autoria do RIVA.

Como uma homenagem ao mais antigo e fiel dos acompanhantes/debatedores do blog, fora da família.

Paulo, Isa, um dos filhos e nora
Reitero que ele não escreveu pretendendo publicar. Era uma mensagem eletrônica que ele copiou para outras pessoas. Acabou por ser o primeiro de outros textos de sua lavra.

Acessem em:
https://jorgecarrano.blogspot.com.br/2009/12/um-domingo-spicy-e-sem-brasileirao.html


Basta clicar.

* Licença poética.

6 comentários:

Maria Cecilia disse...

Com o meu padrão aquisitivo eu só frequento comida à quilo e pé sujo.
Quem mandou eu não estudar pra ser juiza?

Jorge Carrano disse...

Você não é juíza, mas tem juízo.

Trocadilho pronto, né?!

Mas olha, tinha no cardápio uma sugestão do chef, um menu degustação, para duas pessoas: entrada, prato principal e sobremesa. Com boas opções de entrada, de prato principal e de sobremesa. Preço: R$ 184,00

Rachei com Ricardo e comemos os dois muito bem. E a entrada que escolhemos, toletes crocantes (empanados) de peixe, com dois molhos, deu para os 4 à mesa.



Maria Cecilia disse...

Com 180 eu almoço e janto por uns 10 dias. Feijão, arroz, bife, salada e farofa. E ainda sobra pro cachorro. Kkk. Vida de professora é isso.

Jorge Carrano disse...

Cecília,

Em primeiro lugar, por R$ 184,00 comemos duas pessoas. A entrada, embora fosse para dois, comemos os 4.

O prato principal, não é que veio numa travessa para dividirmos.

Vieram dois pratos, servidos generosamente. Com belas postas do peixe.

E ainda teve uma sobremesa para cada um, que pudemos escolher no menu.

Se com R$ 92,00 você faz 20 refeições (almoço e janta, durante dez dias), com prato de carne (bife) e mais a guarnição citada, então realmente o governo tem rezão, o valor da aposentadoria das professoras está bem calculado. Para que ganhar mais? Para guardar no colchão( (rsrsrs).



Riv4 disse...

Aquele post do Paulo March mencionado é muito engraçado mesmo, rio demais lendo.

Realmente está muito difícil ir à Região Oceânica, pior ainda ao Seu Antonio. A espera por uma mesa é tão longa que ele construiu um bar em frente só para quem fica esperando .... e vc ali se empanturra com os deliciosos bolinhos de bacalhau e com o chopp ! Conheço casais que dali já foram embora .... ficaram só nos acepipes, como dizia Freddy.

Conhecemos o Maria da Praia. Bom, mas Seu Antonio é bem melhor. Na última vez que fomos tinha dois caras, violão e sax.

Em relação a preços, esses bons de frutos do mar são todos caros, até os do Mercado de Peixe, mas a gente sempre pede entradas tipo casquinha de siri, pastéis, chopp e mais chopp, e então o prato principal fica divisível por até 3 ou 4 pessoas.

Os preços do Maria da Praia são iguais aos de Jurujuba, ao Seu Antônio, etc. O caro mesmo, muito caro porque o prato geralmente não dá para dividir, é a Gruta Santo Antônio na Ponta D´Areia, da Dona Henriqueta e seu filho Alexandre. Cozinha portuguesa maravilhosa, ma$ $$$$$$.

Se querem frutos do mar para comer ajoelhados (rsrsrs), recomendo atravessar a Ponte, e no Mercado de Peixe da Ayrton Senna na Barra, tem o LA PLANCHA. Melhor ainda, atravessem o Atlântico e parem em Lisboa ou no Porto !! (hahahaha).

Quanto ao comentário da nossa leitora sobre almoçar e jantar por 10 dias com 180 reais, eu diria que pode até ser ...com ela comprando os ingredientes e fazendo a comida - mesmo assim descartando custo hora da cozinheira (ela mesma) e gás.

Se for comprar quentinhas, por R$ 10,00 vc compra, mas vem pouquíssima comida, e a qualidade .... tem umas mais generosas a R$ 13/14.

Aki em Friburgo temos a excelência em comida caseira a kilo - Pensão da Mariquinha. Simplesmente maravilhosa, a módicos R$ 42,00 o kilo !!

Hoje fui de arroz, bifinhos acebolados, abobrinha em fios refogada com alho e bolinhos de batata baroa. E fiz marmita para à noite hehehehe. Antes, vamos "brincar" com salgadinhos da Super Pão.

PS: e não esqueçam, hoje tem Real Madrid x PSG !! PAREM O PLANETA !!!!







Jorge Carrano disse...

Riva, vamos lá:

Concordo, o Seu Antônio é bem melhor do que o Maria ada Praia. Se bem me lembro, o bar defronte foi uma consequência natural.

Quando o restaurante entrou em obras, há alguns anos, ele fez uma improvisação defronte para não parar de funcionar. O atendimento ficou precário,ambiente muito rústico, mas a comida permaneceu muito boa. Em especial os pratos de bacalhau. Com o final das obras, já que o espaço estava lá, virou bar.

Na Gruta de Santo Antonio se come mesmo muito bem. A Maria Cecilia, não pode frequentar, pelo que comentou. Perdão, Cecília, é uma blague.

Quanto ao jogo de hoje só temo que a enorme expectativa não seja correspondida.

A conferir!