13 de junho de 2017

O preço de um deputado e de um vice-presidente

O deputado Rocha Loures fixou seu preço em R$ 500 mil por mês durante 20 anos. E olha que o cara parece que é apenas suplente.

A primeira parcela foi recebida numa mala. Vejam as imagens, se é que ainda não viram porque foram exibidas exaustivamente nos últimos dias.

Parece que neste preço estavam incluídos os favorecimentos que o vice-presidente Michel Temer poderia oferecer ao adquirente.

Coitadas das damas da noite, que cobram por favores quantias irrisórias. É bem verdade que os preços das tabelas abaixo, no Brasil ou na Itália,  são do bas-fond e o vice-presidente está na categoria de alto meretrício. 
























Minha curiosidade é conhecer os critérios para fixação de preços. Quais seriam os parâmetros considerados?

Por que tem deputado de 300 mil reais, em duas parcelas e tem alguns outros que custam milhões. Cada um deles não tem direito a um voto?

Suspeito que é problema de marketing. Alguns não sabem se vender. Ou estão como se diz com a corda no pescoço e qualquer graninha extra que entra é bom negócio.

Já as meninas têm critérios mais inteligíveis para estabelecerem seus preços. Os princípios básicos que norteiam são os da clássica relação custo/benefício.

A Cafetina Capixaba, mencionada pelo Veríssimo em recente crônica, agenciava acompanhantes de alto nível para autoridades do porte de um governador de Nova York. Cada programa, ou cada noite, deveria custar uma baba, mas certamente menos do que um deputado brasileiro.

Ela – a cafetina - recebia em dólares, mas nossos parlamentares também recebem na moeda americana. Alguns em malas com rodinhas, outros em “paraísos fiscais”.

Diziam que a prostituição era a mais antiga das profissões. Como o parlamento romano data de setecentos anos antes de Cristo, ou seja o Senado romano foi constituído no século VII c/C,  tenho dúvidas quanto a isso.


No Senado romano, não esqueçam, até assassinavam governantes. Sessenta senadores assassinaram Cesar, então ditador, mas importante  e vitorioso chefe militar.

E o ato de corrupção mais antigo de que se tem notícia aconteceu com Judas que, consta, levou trinta dinheiros para entregar Jesus.
  

Notas do autor:
1) Estava reticente se poderia (deveria) tratar do tema "rendevu" neste espaço, coisa inédita no blog. Resolvi que sim pois estarei apenas me antecipando a uma nova e futura novela da Globo, que terá um núcleo ambientado num bordel. 

2)Outra coisa, se é possível colocar no ar o depoimento (delação) de um empresário inescrupuloso, dizendo que comprou juiz e paga mesada a deputado preso por corrupção, o o fez como maior desplante, cinismo, soberba, porque não posso falar de meretrício?
Certamente é menos obsceno, menos indecoroso, menos deprimente, do que saber que um patife travestido de empresário relata ao presidente da República suas falcatruas, seus crimes, e fica por isso mesmo. O delator sai premiado, vai para Nova York, livra leve e solto e o presidente, omisso, silente sobre os delitos que lhe foram relatados, nada afaz. E fica no cargo.

3) Imagens obtidas no Google.

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