Havia um locutor esportivo, cujo nome não me ocorre, que ao final de um jogo ruim, que terminou empatado em zero a zero, fez o seguinte pertinente e espirituoso comentário: isso não é placar, é nota.
Este comentário se aplica, à perfeição, ao jogo Brasil com Portugal, ontem realizado.
Que coisa feia, não?
Jogo ao qual faltou técnica e sobrou disposição. Por vezes até excessiva.
Em conversa antes do jogo, com meu filho Ricardo, por telefone, até admiti a hipótese de um empate. Mas imaginei que com goals.
O jogo tinha tudo para ser aberto e franco, com as equipes buscando a vitória, jogando na bola. Afinal estavam praticamente classificados. O Brasil até garantido.
Mas o que se viu foi uma pancadaria desnecessária. O Brasil ganhou no quesito traulitada, pois a certa altura do jogo, depois de uma entrada mais violenta do Pepe no Felipe Melo, o português (naturalizado) fez com os dedos indicadores das duas mãos que estava 1 a 1, pois ele levara uma paulada do Felipe poucos minutos antes.
O que se viu, na jogada seguinte, foi o brasileiro dar uma bordoada no Pepe, fazendo 2 a 1, e levar o cartão amarelo do juiz.
Bem, não continuou o duelo marcial entre os dois porque o Dunga substituiu o Felipe, pelo risco do jogador acabar expulso de campo.
O jogo foi tão ruim que a única coisa que me ocorreu comentar foi a disputa entre Felipe Melo e Pepe, que estavam na arena errada. Ao invés do gramado, deveriam estar num tatame.
Os dois zeroz do marcador, um para cada um, refletem as notas a que fizeram jus as duas equipes.
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