25 de novembro de 2009

Futebol

Como gosto de assistir bons jogos de futebol, nos últimos três anos venho acompanhando o campeonato inglês. Lá se pratica, no momento, o melhor futebol do planeta, tendo ultrapassado a liga das estrelas, como se autointitula o campeonato espanhol.

No campeonato inglês, a par de equipes fortes, com bons elencos internacionais (tem jogadores de todas as partes do mundo), tudo funciona. Os estádios são bons, confortáveis e charmosos. Os gramados são impecáveis. Como se diz, verdadeiras mesas de sinuca. O público senta às margens do campo de jogo, sem que exista fosso ou alambrados entre ele e os jogadores. As invasões de campo, pelos torcedores, são muito raras. E o invasor é punido severamente, ficando, inclusive, proibido de frequentar (sem trema) os estádios durante muito tempo. Além de pagar multa.

Até mesmo o minuto de silêncio inglês é de arrepiar. Primeiro porque demora um minuto mesmo; segundo porque o respeito do público é total. Não se ouve um ruído, nem acidental.

Lógico que é de se esperar que um minuto de silêncio como homenagem aos heróis ingleses mortos na primeira guerra mundial, como aconteceu recentemente (estas homenagens se estendem por uma semana), seja respeitado por todos os presentes.

Todavia, mesmo na hipótese em que estamos falando de reverência a um jogador de um determinado clube, todos, sem distinção, mesmo a torcida do time adversário, respeitam com semblante consternado. Foi assim no outro dia, quando prestaram homenagem aos muitos jogadores do Manchester United, que morreram há quarenta anos em desastre aéreo. Silêncio sepulcral.

O campeonato inglês é o melhor, o que não significa dizer que o selecionado inglês seja o melhor. Isto porque boa parte da nata de jogadores em atividade, de todos os continentes, está em clubes ingleses, mas não tem a cidadania inglesa.

É triste a gente ter que assistir campeonatos europeus para ter o prazer ver bons jogos. O Brasil, que durante anos era exportador de matérias primas e commodities e importador de produtos finais, continua, no futebol, sendo exportador de artista e importador, via satélite, dos espetáculos.


P.S: este post sobre futebol é uma homenagem ao Paulo March, torcedor apaixonado do Fluminense, um dos primeiros “seguidores” deste blog. Embora o tricolor faça uma campanha brilhante nas últimas semanas, longe de mim associar a qualidade do futebol inglês ao desempenho do Flu.

2 comentários:

Paulo March disse...

Caro amigo Carrano, grato pela homenagem, justamente no dia do primeiro jogo da final da Sulamericana contra a LDU, em Quito. O coração já está "em polvorosa", ou "em pulgas", como dizem os paulistanos.
Tenho evitado fazer meu check up no cardiologista. Não há necessidade. Basta assistir aos jogos do Flu ! (rsrs).

Nessa era de internet, de Twitter, de Orkut, etc, iniciei meus estudos para aplicar a linguagem "correta" a ser utilizada em meus emails e postagens, tipo : tmw, tb, kd, vc, qs, dps. Estarão no Aurélio de 2020 ?
Dessa forma, segue meu perfil, também sintetizado, para quem quiser conhecer um pedacinho de mim :
Com o Flu no coração, sobrevivente de Woodstock, Led Zepp, Trip-Hop de Bristol, Tattoos, Shadow, Livros e Planeta Azul, complexo de Peter Pan.
Bj no coração !

Tea with Erika disse...

Dá-lhe, Chelsea!!!