Como levar a sério uma Instituição, para cujo exercício da presidência, com mandato de três anos, os candidatos gastam milhares de reais, com cartazes, faixas, folders, panfletos, mala-direta e propaganda corpo-a-corpo nas portas dos foruns do Estado.
O que haverá de tão atraente no exercício da direção da OAB, que justifique tanto investimento em candidatura, já que, com absoluta certeza, não se trata de altruísmo, abnegação, ou preocupação com a defesa dos interesses dos advogados.
De uns tempos a esta parte, a OAB mete mais o bedelho em coisas que não lhe dizem respeito, do que promove ações e manifestações voltadas para corrigir alguns dos graves problemas do Poder Judiciário, muitos dos quais são verdadeiros obstáculos para o exercício profissional, tais como a famigerada banca única, a dificuldade de acesso aos magistrados, as extorsivas custas judiciais, cujo recolhimento exige um emaranhado de números de contas, códigos, siglas e perda de tempo em filas de banco. Não quero aqui e agora discutir as mazelas do Judiciário, mas sim a inércia da OAB. E o pior, a falta de independência da Instituição para levantar certas bandeiras. E a das custas é uma delas, eis que a OAB tem percentual sobre parte de algumas das várias rubricas.
24 de novembro de 2009
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