8 de novembro de 2016

Memória em dia ... inconfidências

Não exercito a memória com palavras cruzadas ou quebra-cabeças, nem estimulo com remédios ou quaisquer outros recursos existentes. Existem?


Mesmo quando fiz o AVC, que para minha surpresa o neurologista diagnosticou como AIT, tive comprometimento da memória. Ainda bem, porque minha atividade depende muito da memória. Depois explico. Se não hoje, outro dia.

Estava relembrando as mudanças de emprego, casa, cidade, e amizades. Só fiquei fiel à mulher com quem casei (53 anos) e ao clube de futebol, Vasco da Gama (68 anos).

Trabalhei nas áreas industrial, comercial e de prestação de serviços. Só não trabalhei em atividade agrícola, rural.

Bancos, ou seja, prestação de serviços, foram dois; em ambos com curtas passagens. Indústrias foram várias, de atividades diversificadas (fósforos, tecidos, azulejos, medicamentos, cosméticos) e na área comercial supermercado.

Em função de minha atividade funcional, conheci cidades como Jaguariaíva, no Paraná, onde a Fiat Lux mantinha uma reserva florestal com pinus thaeda, uma das madeiras mais adequadas para fabricação de fósforos.

Reserva de pinus thaeda

Não vou relacionar todas, apenas aquelas que, por alguma razão, merecem menção. Exemplo? Bauru, no interior de São Paulo. Lá ficava um dos mais conhecidos bordeis brasileiros, conhecido como “Casa da Eny”, mas que tinha o nome oficial conforme foto abaixo.


Para quem nunca ouviu falar, sugiro leitura da matéria abaixo:

Em São José dos Campos, onde cheguei a residir, conheci várias indústria daquelas região do Vale do Paraíba (Taubaté, Caçapava, Jacareí): Embraer, Johnson&Johson, General Motors, Nestlé, National/Panasonic, e várias outras menores como Cobertores Parahyba, e elevadores Kone.







São José dos Campos tem uma localização estratégica. De lá existem estradas de acesso ao litoral e a serra. Campos do Jordão, por exemplo, ou Ubatuba e Caraguatatuba (praias oceânicas).

Já que citei a Eny, em Bauru,  uma das mais conhecidas cafetinas, não posso deixar de citar o Pinguim, festejado bar em Ribeirão Preto, onde se tomava o melhor chopp do interior de São Paulo.

Estando em Curitiba, aproveitei para descer a serra, de litorina, indo até Paranaguá. Comi nesta cidade portuária, uma das melhores peixadas de minha vida. E a viagem pela Serra do Mar Paranaense é magnífica.


Outra viagem interessante, menos pelo destino, mas pelo que encontrei no caminho, foi feita de Curitiba para Piraí do Sul. No caminho conheci Ponta Grossa e, consequentemente, fui visitar o Parque Estadual de Vila Velha,  com suas formações rochosas características.


Gente, sempre me dou conta de que viajar como pessoa jurídica tem suas vantagens. Claro que em viagens a trabalho deixamos mulher e filhos, ficamos preocupados, saudosos, mas temos oportunidade de conhecer lugares que não iríamos em condições normais, e muito menos com a família.

Cito como exemplo o “Dragão Verde” e a “Gruta Azul”, ambas em Porto Alegre, nas avenidas Júlio de Castilho e Farrapos.

É claro que na volta para casa o mínimo que você deveria fazer era comprar uma cuia de chimarrão, com a bombinha e levar de lembrança. Mesmo que não tivesse feito saliência e ido apenas assistir ao show de striptease. 

Ah!!!Sim, nestas casas citadas - Eny ou Dragão Verde - comia-se (inclusive pela via oral) e bebia-se bem.

Imagens: Google

4 comentários:

Jorge Carrano disse...

Antes que o Gusmão acuse que me repito muito, informo que terei cuidado para nos próximos posts falar de cidades, restaurantes, clubes e passeios que ainda não tenha comentado.

Riva disse...

Por um momento fiquei inclinado a comentar e/ou escrever sobre minhas viagens a trabalho, principalmente as que fiz para fora do país, porque são sempre diferentes, com aspectos culturais locais bem diferentes dos que temos por aqui viajando pelo Brasil.

Mas depois, grokando o tema, cheguei à conclusão que não deve ser interessante para ninguém pousado nas mesas do Pub da Berê.

Foco nas eleições dos EUA .... há quem diga que nada por lá é importante !

Freddy disse...

Tenho um "causo" interessante envolvendo Vila Velha. Foi em 1983, numa excursão pela Urbi et Orbi (Sul com Foz). Tive feroz desavença com o guia durante a mesma. No caminho de volta, saímos de Curitiba para ir a Foz do Iguaçu, passando por Vila Velha. Só que chovia a cântaros, as inundações no Sul ocorriam uma atrás da outra.

Depois do intenso "arranca-rabo" que tive com o cidadão, ele enfiou a viola no saco e resolveu não polemizar mais comigo. Parando em frente às formações rochosas, tentou, esperançoso:
- Bem, chove horrores. Mas se uma pessoa quiser visitar as formações, terei de levar. Alguém se habilita?

O ônibus estava lotado de velhinhos, obviamente nenhum deles sairia do ônibus naquela borrasca para ver as pedras. Mas eu e Mary, mais um casal em lua de mel do Ceará dissemos:
- Nós queremos!

E saímos. Nós de guarda-chuva e o guia com uma tosca capa plástica. Ficou rapidamente ensopado. Tentou mais uma vez:
- Bom, já deram uma olhada, está chovendo pacas. Querem ver mais?

E eu disse, com um sorriso manso: - Quero ver TUDO!

E lá fomos nós. Ao regressarmos o cara estava um pinto molhado e rosnados se ouviam no ônibus reclamando da nossa demora. E eu nem aí.

Bom, se for contar os demais causos dessa viagem, daria um post.

Jorge Carrano disse...

Fique à vontade, Freddy. Que venha o post.

Eu não comentei, por exemplo, sobre o Buraco do Padre.