No secundário, estudando a origem da língua portuguesa, li e ouvi que nosso idioma deriva do latim vulgar.
Mais ainda, também passou pelo estagio de dialeto, que era utilizado como meio de comunicação entre os conquistadores romanos e os povos dominados. Eram os tempos do império romano. Ou impérios romanos.
Chamavam a esta versão, meio calabresa, meio muzzarella, de dialeto crioulo.
Imagina se os povos dominados, e por vezes até mesmo feitos escravos, conheciam o idioma oficial do império. Mas precisavam se comunicar, inclusive nas relações comerciais.
Esta passagem do português (língua), por este dialeto, remete-me a outro utilizado no Brasil, quando da chegada dos portugueses.
Imaginem se comunicar com os indígenas (agora denominados povos originários)? Dessa dificuldade de comunicação oral, surgiu o "nheengatu".
E os africanos que chegaram em seguida tiveram também que aprender o nheengatu. Eles mesmos não falavam o mesmo idioma, pois no continente africano as várias tribos, melhor dizendo, os povos falavam línguas diferentes.
Vestígios desse dialeto restaram em nomes de cidades e acidentes geográficos no Brasil.
Aprendi? Exagero. Tomei ciência da existência desta espécie de "dialeto crioulo" através da leitura de "Tesouros, Fantasmas e Lendas de Ouro Preto", livro de Angela Leite Xavier, já referenciado no blog.
Consta que o Marquês de Pombal proibiu, em 1760, que o nheengatu fosse falado em todo o território nacional.
O citado marquês, passados séculos, é rua no Centro da cidade do Rio de Janeiro.
Pode ser que Lula, que não tem intimidade com a língua portuguesa, ainda tenha vocabulário e sotaque nheengatu.
Nota: Dialeto crioulo (Encontrei via Google):
"Não há um dialeto crioulo especificamente romano no sentido linguístico, como as línguas crioulas modernas que se desenvolveram em áreas colonizadas ou com contato linguístico intenso. A palavra "crioulo" geralmente se refere a línguas que surgem a partir da mistura de uma língua dominante (como o português, francês ou inglês) com línguas locais, geralmente em contextos de contato colonial ou de escravidão.
No entanto, é importante notar que o termo "crioulo" tem uma história complexa e pode ser usado de diferentes formas:
Também se chama crioulo a qualquer dos dialetos ou variantes resultantes do contato entre a língua do colonizador europeu e a língua da população autóctone."
5 comentários:
Já que mencionei um livro, registro a eleição da jornalista Miriam Leitão, para a Academia Brasileira de Letras.
Quando criada, no século XIX, a ABL teve como membros, entre outros: Machado de Assis, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Graça Aranha, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa.
Desafio ao caro leitor para que mencione 6 dos atuais escritores/intelectuais membros da Academia.
Chegamos de 11 dias na serra ...essa madrugada bateu 12º.....ruim até pra lavar o rosto quando acordamos !
Sobre a ABL : retrato fiel do Braziu atual ........ perfeito!
Riva, 12º é excelente sugestão para um Brunello di Montalcino.
Salute!!!
Com certeza é. Mas como vc sabe, fico no whisky, embora curta muito um vinho também.
Esses dias a umidade esteve muito alta por lá (mais de 85%), e isso incomoda muito dentro de casa, já que a construção não isolou termicamente a casa....na verdade nem acusticamente também.
Fomos em alguns ótimos restaurantes, que na verdade conhecíamos, mas já fazia 5 meses que não subíamos a serra.
E os recomendo :
La Bamba
Sansushi
Salgadinho (comida caseira de ótima qualidade)
Palavras e expressões que caíram em desuso:
https://revistaforum.com.br/cultura/2025/5/23/palavras-que-sumiram-expresses-brasileiras-que-nova-gerao-no-entende-mais-179926.html
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