5 de agosto de 2020

Paris do Oriente Médio


Sim, falo de Beirute, capital de um pais com o qual tenho ligação afetiva.

Um de meus melhores e mais fieis amigos era de descendência libanesa. E por causa dele adquiri um título do Clube Líbano Fluminense, tendo sido eleito seu Diretor Jurídico, função que ocupei por breve período.


Como quando adquiri o título a sede campestre ainda estava em construção, ganhei também o titulo de "Construtor", o que pelos estatutos sociais implicava algumas vantagens adicionais.


João Jorge Elias Bazhuni foi por muito tempo o presidente do clube. Durante sua gestão eram realizados almoços anuais com cardápio a base da cozinha árabe, ocasiões em que ele assumia o papel de "chef de cuisine".

São Jorge é o padroeiro da cidade de Beirute, onde tem uma catedral ortodoxa em homenagem ao santo.


O amigo supramencionado faleceu em 2010 e como foi um de meus tipos inesquecíveis, prestei-lhe uma homenagem muito aquém do que ele merecia, mas do fundo do coração, quando de seu falecimento em 2010. 

Clique no link  para ter acesso:
https://jorgecarrano.blogspot.com/2010/07/tipo-inesquecivel-joao-jorge-elias.html


A explosão ontem, 04.08.2020, na zona portuária da cidade me trouxe à lembrança o estimado amigo.


Nota: quando ainda escrevo são desconhecidas as causas da explosão que resultou em muitas vítimas. Pode ter sido um atentado, coisa que ocorre vez ou outra no país, mas pode ter sido um lamentável acidente.

8 comentários:

Jorge Carrano disse...


No clube convivi com membros das famílias Nahoun, Khoury, Bedran e Tauil, sem falar, claro, dos Bazhuni.

Gente legal,cordiais, com o comércio no DNA, face sua ancestralidade fenícia. Além da vocação comercial, os fenícios foram propagadores de cultura mundo afora.

Tem muito mais libanês espalhado pelo resto do mundo do que propriamente no Líbano.

Riva disse...

Ah, o Líbano. Pelo que li há muitos anos, foi um dos mais belos países do planeta. Um povo gentil, gastronomia criativa e excelente. Hoje devastado pela corrupção e pela inflação, com vizinhos inimigos, uma vida muito dura tem o cidadão libanês.

Acho que temos a maior colônia do planeta, a confirmar.

O que ocorreu ontem foi devastador ! Inacreditável. Quando vi a cena da explosão minutos depois que ocorreu, no Twitter, falei logo para a MV .... a coisa foi muito feia.

Aguardemos as responsabilidades, mas tem tudo a ver com desleixo, corrupção, "depois a gente vê", muito parecido com o Brasil, onde tragédias parecidas já ocorreram, e outras, menores, continuam ocorrendo.

Ataque ? Acho improvável, mas não descartável, afinal a região é complicada.

Agora é hora de ajudar a população, os amigos libaneses, já não bastasse a pandemia por lá.

Tem um Bazhuni no futebol do Abel, mais novo do que eu. Não sei a relação dele com seu amigo, mas pode ter sido o pai dele.

Meu coração está com o povo libanês...

Jorge Carrano disse...

Riva,

Pouco provável que o Bazhuni, no Abel, seja filho de meu amigo João Jorge Elias Bazhuni.

Conheci os filhos e definitivamente não jogariam futebol por falta de aptidão, talento e vocação (rsrs). Mas enfim ... quem sabe neto? Ou sobrinho neto, tendo em vista que ele tinha três irmãos e uma irmã.

Jorge Carrano disse...


O porteiro pergunta como pode ter Hospital Sírio-Libanês e Clube Sírio libanês se eles não vivem em harmonia lá no oriente?

Respondo com uma indagação: o que você acha de lojas de judeus, lado a lado com lojas de árabes na Rua da Alfândega?

De vietnamitas do Norte confraternizando com os do Sul em competições esportivas?

Riva disse...

Ficou a tentação de dar exemplos de políticos brasileiros, mas deixei pra lá kkkkkkkkkk

RIVA disse...

Caro Blog Manager, você podia mandar uma mensagem/post para os clientes do PUB da BERÊ e estimulá-los a voltar, tendo em vista que o PUB reabriu, cumprindo rigorosos protocolos de segurança e higiene. E com descontos atraentes ....

James está a postos, aguardando todos !!

Tim Tim !!

Jorge Carrano disse...


Felizmente a solidariedade humana é maior do que as divisões provocadas por politica e religião.

Jorge Carrano disse...


Li ou ouvi que os três maiores hospitais de Beirute foram danificados pela explosão.

No Rio e em São Paulo estão sendo desativados hospitais de campanha, alguns sem terem sido utilizados.

Será que não deveriam ser oferecidos ao Líbano, como contribuição humanitária?