31 de maio de 2017

HOMILIA



Por
RIVA


"Você pode ter defeitos, ser ansioso, e viver alguma vez irritado, mas não esqueça que a sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode impedir que vá em declínio.

Muitos lhe apreciam, lhe admiram e o amam. Gostaria que lembrasse que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, uma estrada sem acidentes, trabalho sem cansaço, relações sem decepções.

Ser feliz é achar a força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor na discórdia.

Ser feliz não é só apreciar o sorriso, mas também refletir sobre a tristeza. Não é só celebrar os sucessos, mas aprender lições dos fracassos. Não é só sentir-se feliz com os aplausos, mas ser feliz no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões, períodos de crise.


Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista para aqueles que conseguem viajar para dentro de si mesmo.

Ser feliz é parar de sentir-se vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas conseguir achar um oásis no fundo da nossa alma. É agradecer a Deus por cada manhã, pelo milagre da vida.



Ser feliz, não é ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si. É ter coragem de ouvir um "não". É sentir-se seguro ao receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, mimar os pais, viver momentos poéticos com os amigos, mesmo quando nos magoam.

Ser feliz é deixar viver a criatura que vive em cada um de nós, livre, alegre e simples. É ter maturidade para poder dizer: "errei". É ter a coragem de dizer: "perdão". É ter a sensibilidade para dizer: "eu preciso de você". É ter a capacidade de dizer: "te amo".



Que a tua vida se torne um jardim de oportunidades para ser feliz... Que nas suas primaveras seja amante da alegria.
Que nos seus invernos seja amante da sabedoria.
E que quando errar, recomece tudo do início.
Pois somente assim será apaixonado pela vida.

Descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Utilizar as perdas para treinar a paciência.
Usar os erros para esculpir a serenidade.
Utilizar a dor para lapidar o prazer.
Utilizar os obstáculos para abrir janelas de inteligência. 

Nunca desista....Nunca renuncie às pessoas que o amam.
Nunca renuncie à felicidade, pois a vida é um espetáculo incrível".
Papa Francisco
Essa homilia parece que foi proferida ontem pelo Papa. Não sou católico, embora criado numa família católica e ter sido obrigado a todos aqueles rituais até certa idade. São palavras sábias … eu apenas discordo quando se menciona Deus, por motivos que já expus em outros posts.

Estou num momento de reaprender a sorrir, de me reavaliar. Não é a primeira vez, mas não sei porque é o mais forte de todos que vivenciei.

Na verdade deveria ser assim o tempo todo, mas não é …. o dia a dia nos consome ; impressionante como deixamos passar despercebidas (seria desapercebidas, Profª Rachel ?) tantas coisas valiosas, no seu mais amplo sentido.


Espero que gostem dessa leitura ….

Nota do blogueiro/editor: Riva é o nome pelo qual o autor do texto - Paulo March - é conhecido nos meios esportivos.
Ele escreve, bem se vê, sob forte emoção, eis que acaba de perder, na vida terrena, o convívio com o irmão, Carlos Frederico March.
Carlos March, como sabem os que acompanham este blog desde há muito, era um ativo participante dos debates no blog, e autor de inúmeros posts, e onde era tratado carinhosamente e se apresentava simplesmente como Freddy.
Estamos todos enlutados lamentando a perda do confrade, do  amigo, mas o sentimento que transborda do post é incomparável e difícil de avaliar porque é de um irmão.

4 comentários:

Jorge Carrano disse...

Caro Riva,
Deu-se comigo nas grandes perdas, como as do pai, da mãe, da irmã e do melhor amigo. A memória fica intermitente e com o passar do tempo, muito tempo, os intervalos entre as lembranças vão aumentando.

Entretanto, o aperto no coração aumenta por causa da palavra que não foi dita, do gesto que não foi realizado, do abraço que não foi dado, das rusgas por motivos tolos.

Quem, como eu, acredita na imortalidade do espírito, em pensamento tem a oportunidade de corrigir as omissões, os silêncios inoportunos, o esquecimento imperdoável.

De novo recorro ao Paulo Alberto (Artur da Távola): viver é acumular perdas.

Kayla disse...



Tem razão Riva. Esse Papa é um fofo. Faz piadinhas e brinca como se fosse um padreco da aldeia. Ashuashuashua

Sabe, é por isso que eu não me ligo a partido político e a religião. Me ligo a pessoas.

Principalmente se forem sarados, inteligentes e dirigirem uma Bugatti.

Ashushuashua










Ana Maria disse...

Também gosto deste Papa. É um pouco populista, o que me assusta nos líderes, mas vem ousando quebrar alguns protocolos da Santa Sé.
Recusa alguns luxos e privilégios, atitude mais condizente com um lider cristão.

Riva disse...

Kayla, vc não existe ..... rsrsrs

Bj