5 de abril de 2017

ROGUE ONE – UMA HISTÓRIA STAR WARS




Átila Soares da Costa Filho 
Professor especialista em História e Antropologia

















NA SEQUÊNCIA DA BATALHA FINAL EM "O RETORNO DE JEDI", Mon Mothma, aquela estrategista rebelde com pinta de sacerdotisa comenta, melancólica, que "muitos perderam a vida para que os planos de construção da Estrela da Morte chegassem às mãos certas". Foi inevitável a curiosidade geral em saber que história era aquela. E, decorridos 32 anos, eis que “ROGUE ONE” pretende responder a questão.

Não, o filme não tem caracteres deslizando ao infinito na abertura do filme, mas é sensivelmente superior ao que vimos no ano passado em “Episódio VII – O DESPERTAR DA FORÇA”. Tudo bem que os primeiros 2/3 de duração neste spin-off sejam muito rasos e previsíveis, mas, daí em diante, este "episódio apócrifo" tem um ganho vertiginoso até o desfecho (?) digno de emoção extra por parte dos fãs ‘old school’.

Outra curiosidade é a inserção de legendas para apresentar alguns cenários e planetas ao longo da trama - recurso este inédito nos filmes anteriores, mas sempre presente nos games da LucasArts.

Os efeitos especiais também vão muito bem, obrigado, e foram capazes de nos permitir assistir a batalhas aéreas de um jeito nunca vislumbrado.

Esse impressionante trabalho de CGI foi responsável também pela assombrosa "ressurreição" do ator Peter Cushing em vários momentos, assim como trazer novamente a juventude da Princesa Leia tal qual nos foi apresentada no clássico “GUERRA NAS ESTRELAS” de 1977. 

Curiosa(e triste)mente, Carrie Fisher, a atriz que deu vida à personagem, viria a falecer pouco após a estréia de “ROGUE ONE” nos cinemas, a 27 de dezembro, em decorrência de um ataque cardíaco.

Como uma sequência para os personagens do filme seja altamente improvável, o maior legado de “ROGUE ONE” deve ser direcionar os próximos episódios canônicos de George Lucas a um outro nível de brainstorm para a construção de argumentos mais independentes - algo que mal se viu em “DESPERTAR DA FORÇA”, mais pra um remake feminista de "Uma nova esperança"...

É torcer pra que a Força esteja com o Mickey.


Notas do editor:

1) Átila Soares da Costa Filho é também admirador da saga de George Lucas desde que foi inaugurada, e tem até uma nave Tie-Fighter da Lego.

2) Lançamento em BLU-RAY E DVD:

8 comentários:

GUSMÃO disse...

Não é meu gênero preferido de filme.
Sou pelos filmes românticos e com final felizes. Boas comédias também me atraem.
Ficção nem quando eu era garoto e tinha o Flash Gordon.
Mas a critica está muito bem colocada. Quem acompanha a saga certamente tem aqui boas observações.

Jorge Carrano disse...

Agradeço ao Átila adotar o blog como um dos veículos de suas substanciosas críticas cinematográficas.

Caro Gusmão,
Também eu gosto de romances. Mas admito que a utilização de tecnologia, os chamados efeitos especiais, é uma tendência irreversível e este modelo de cinema (7ª arte) tem cada vez mais aficionados no mundo todo.

E alguns enredos são até interessantes.

Alda disse...

Então Carrano? Lembrou de mim?

Já li vários posts seus e de terceiros, depois que descobri o blog.

Estou comentando hoje por causa do romantismo mencionado nos comentários deste post. Realmente os Duro de Matar também são duros de assistir.

Filmes de mistério também me atraem. Mas horror e ficção não.

Jorge Carrano disse...

Sim Alda, lembro, por educação e cavalheirismo encerrei o joguinho de adivinhação. Afinal você revelou a idade e aí ficou fácil

São poucos os filmes dramáticos e românticos feitos atualmente.

Se você assina o NetFlix procure por "Suite Francesa" (Suite Française).

Trata-se de uma história romântica ambientada na França ocupada pelos alemães durante a II Guerra Mundial. Achei bem razoável.

Ana Maria disse...

Embora ficção científica não seja meu gênero preferido, o fenômeno Guerra nas Estrelas marcou uma geração. Acompanhei com interesse os 3 primeiros filmes da franquia mas não assisti os seguintes.
A resenha crítica do Átila atiçou minha curiosidade.Afinal, a explicação foi convincente?

Maria Cecilia disse...




Gosto de ficção científica e assisti alguns dos filmes da saga da Jornada das Estrelas.

Além disso, amei  2001 - Uma odisseia no espaço.

Riva disse...

Meu irmão Freddy era fissurado por ficção científica, desde garoto. Escreveu sobre isso algumas vezes.
Sei que a série DUNA ele deve ter visto e revisto algumas vezes.

Eu, particularmente, gosto, mas não tenho nenhum filme ou série marcante.

Jorge Carrano disse...

Outra crítica:

http://robertosadovski.blogosfera.uol.com.br/2017/04/14/sou-so-eu-ou-voce-tambem-nao-ficou-impressionado-com-o-trailer-de-star-wars-os-ultimos-jedi/