A mixórdia é igual em todo canto

As diferenças estão no idioma (inglês/português), no meio circulante (dólar/real), no continente em que se localizam geograficamente (Américas do Norte e do Sul), mas na essência se igualam americanos e brasileiros nas bizarrices, na falta de ética, na moral, na violação das leis, nas fraudes, ...

Biden, como pai, sob o ângulo da fraternidade familiar, terá seu gesto louvado por alguns; mas como o estadista que deveria ser, como o chefe supremo da maior nação do planeta, perpetrou um indecoroso, um indecente perdão presidencial, anistiando crimes cometidos por seu filho Hunter.

É legal? Sim, é, poque a lei confere ao supremo mandatário do país este poder. 

Mas que é indecoroso, não há dúvida, sendo beneficiário do indulto seu próprio filho, que cometeu mais de um delito.

Também aqui no Brasil o presidente tem competência privativa de indultar, na forma do inciso XII, do art. 84, de nossa Carta Magna.

Os laços sanguíneos podem e devem ser colocados acima da lei penal?

Não seria mais defensável/palatável restringir o benefício a questões humanitárias?

Exemplos: um sentenciado de bom comportamento que não assistiu ao casamento da filha e não conhece seus netos? Ou um filho, atendida a premissa de bom comportamento e parte da pena cumprida, ser indultado para passar os últimos dias com pai ou mãe em estado terminal.

Tive um amigo, há anos, que apregoava: meus filhos, sem razão, brigo por eles; se com razão morro por eles.

Acessem casos de perdão no Brasil em https://www.migalhas.com.br/quentes/272483/perdao-presidencial--os-diferentes-indultos-ao-longo-de-decadas