18 de junho de 2018

Mulheres

Trabalhei em unidades fabris. Nas linhas de produção predominavam, com ampla maioria, as mulheres. Foi assim na indústria têxtil, na de fabricação de fósforos e na farmacêutica.

Sim, havia muitas mulheres que eram secretárias e algumas até assistentes. Nos bancos também pontificavam no atendimento de balcão. Na época em que havia balcões.

Hoje, nos bancos, gerenciam contas. No banco onde movimento  meus parcos recursos financeiros, minha conta já foi gerenciada por cinco diferentes mulheres nos últimos três anos.

Como uso pouco este atendimento, quando eventualmente preciso e procuro pela gerente Fulana, sou informado que ela não está mais na agência e que minha conta, agora, está com a Sicrana. Já foram Taís, Débora, Ana Paula, Priscila e a da vez  chama-se Thamiris (acabo de confirmar no cartão-de-visita).

Vou dar um salto no tempo e nos costumes para chegar logo ao ponto. As mulheres dominam o Judiciário. Em Niterói, por exemplo, das 10 serventias cíveis, 7 têm mulheres como juízas titulares.

Na mais alta corte de Justiça, são duas ministras (2 em 11). E as chefias da Procuradoria Gral da República e da Advocacia Geral da União estão sendo exercida por mulheres.

Quando iniciei na advocacia não era assim. As petições eram endereçadas, basicamente, ao Sr. Dr. Juiz de Direito de tal Vara Cível.

No que diz respeito aos escreventes, imagino, por alto, que as mulheres sejam maioria absoluta. Basta entrar em um cartório qualquer e constatar.

Nos últimos dias duas notícias surpreendem pelo inusitado. Uma mulher esta dirigindo a CIA importante agência de inteligência norte-americana. E mais inusitado ainda, a bolsa de valores de Nova York será presidida por uma mulher.

Primeiras-ministras, presidentes, ministras de Estado já são há bastante tempo. O que falta alcançar não tenho ideia.

Uma face perversa desta revolução, é que mulheres cobiçadas, apreciadas e até sexy, estão virando fio. Tudo bem, nenhum questionamento. Cada qual trate de si.

Mas pondero o seguinte, cada uma que vira "marido", e passa a ter uma companheira, nos priva de duas mulheres a um só tempo.

Exemplos mais recentes:
Nanda Costa

Fernanda Gentil
https://revistamarieclaire.globo.com/Celebridades/noticia/2016/09/fernanda-gentil-assume-namoro-com-jornalista-diz-jornal.html

Daniela Mercury
http://f5.folha.uol.com.br/celebridades/1256528-daniela-mercury-assume-namoro-com-mulher-e-a-chama-de-esposa.shtml


O resumo da opereta é que mães (biológicas), papel que a natureza lhes outorgou já não são, e não estão fazendo questão (com perdão pelas rimas).

Notas:
1) Balconistas, garis, telefonistas, policiais não chamam a atenção. Mas babá está difícil de encontrar no mercado de trabalho.
2) Que papel restará aos homens? 
3)Confirmações:
https://oglobo.globo.com/economia/apos-226-anos-de-historia-bolsa-de-nova-york-tera-1-mulher-no-seu-comando-22704880

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2018/03/13/trump-nomeia-gina-haspel-como-nova-diretora-da-cia.htm

5 comentários:

Maria Cecilia disse...

As mulheres que sairam dos balcões de atendimento para a gerencia e as que atingiram altos cargos em vários setores em diversos países são merecedoras de suas promoções.
Continuam a exercer a maternidade assim como as operárias de fábrica, as professoras e as donas de casa.
Não entendi bem a relação entre mulheres realizadas profissionalmente e a homosexualidade.

Jorge Carrano disse...

Não tem mesmo nenhuma ligação, Ceci.

Tem mais a ver com o papel que a natureza lhes atribuiu.

Está explícito no resumo da opereta. As mulheres se afastaram da administração do lar e educação dos filhos.

Uma executiva, bem sucedida, pode pagar a quem lhes faça os serviços do lar.

Mas quem diz às crianças que não é ducado colocar os cotovelos sobre a mesa? Quem verifica se lavaram bem a orelhas? Se fizeram os deveres de casa?

Papel que nossas (plural majestático) mães cumpriram com dignidade, carinho, amor e orgulho.

Infelizmente o que se vê hoje é uma geração de crianças as quais não foram impostos limites e responsabilidades.

Riva disse...

Sob essa ótica, do comentário do Carrano, eu vou mais longe ....

Numa comunidade (nova nomenclatura para favela, onde em sua maioria vivem pessoas com menor poder aquisitivo), os pais (pai e mãe) têm que sair de casa para trabalhar e conseguir grana para sua sobrevivência, com muito sacrifício, e pior, saindo cedo de casa e voltando bem tarde em virtude da distância das oportunidades de trabalho e das dificuldades da mobilidade urbana.

E seus filhos ?
Quem os leva a uma escola, acompanha seus estudos e seu aprendizado, suas companhias no dia a dia ?
Quem OS PROTEGE ?


Jorge Carrano disse...

Primeira-ministra mais jovem do mundo:

https://vogue.globo.com/lifestyle/cultura/noticia/2018/06/jacinda-ardern-primeira-ministra-mais-jovem-do-mundo.html

Jorge Carrano disse...

Sob minha ótica, minha mãe, dona de casa e esposa, teve papel relevante, sem exercer cargo público ou dirigir empresa privada.

Não precisa ser uma Jacinda Ardern, ou Angela Merkel ou ainda uma Thereza May, para ter tido papel importante em sua passagem na terra.

Mulheres que geram e formam cidadãos são fundamentais para sobrevivência da espécie humana.