19 de agosto de 2016

Ainda tem bobo ... no tênis de mesa

Virou lugar comum, entre comentaristas, dizer que não tem mais bobo no futebol. Em geral para justificarem resultados negativos de times considerados superiores ou derrotas vexaminosas da seleção nacional.

Todavia em alguns esportes ainda tem muito bobo, ou mero figurante. Querem um exemplo? Tênis de mesa. Entre as 207 delegações participantes dos jogos olímpicos de 2016, 38 delas têm chineses participando desta modalidade. Inclusive o Brasil.

Li Guim nossa chinesa no tênis de mesa
São 206 países, mais a delegação dos refugiados, que disputam sob a bandeira do COI.


O tênis de mesa começou a ser disputado na olimpíada de 1988, realizada em Seul. Desde então foram distribuídas 28 medalhas de ouro. Sabem quantas os chineses conquistaram? Nada menos do que 24.

Em Atlanta em 1996 e Sidney em 2000, os chineses ganharam todas as medalhas de ouro em disputa: masculino, feminino e equipes.

Neste esporte ainda tem muito bobo, ou só bobos, menos o pessoal da pastelaria.


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18 comentários:

Calfilho disse...

Realmente, Carrano, os chineses e japoneses têm a hegemonia no tênis de mesa. Nos meus tempos de Canto do Rio F.C., na década de 60 do século passado, disputei os Jogos Infantís de 1955 pelo clube, nesse esporte. Preferia o futebol, mesmo que fosse o de salão, mas não via chance de disputar os Jogos nessa modalidade, pois os times do Canto do Rio eram muito bons e eu seria um simples reserva. Lá jogavam Gerson, Jardel, Carlos Pio, que mais tarde tornaram-se jogadores profissionais de futebol de campo. Preferi o tênis de mesa. Mas, não chegamos à final.É um esporte muito legal, que exige muito treino, muita prática e muita paciência, o que os chineses têm de sobra.

Freddy disse...

Se uma de nossas metas esportivas for maior visibilidade no quadro geral de medalhas, a solução óbvia será investir em competições individuais. Não adianta focar em futebol (M ou F), vôlei (M ou F), basquete (M ou F), handball, rugby, etc. São modalidades onde as competições são longas, implicam em uso de inúmeros atletas espalhados aqui e ali pelo mundo, treinamento caro (pelo aparato exigido).

As competições individuais, como ginástica, natação, lançamento de dardo, martelo, corrida em suas diversas modalidades, saltos e lutas diversas, levantamento de peso (M e F), são mais fáceis de gerar medalhas. Penso que um modelo educacional com ênfase em esportes desde tenra idade poderia, como acontece nos EUA, mostrar-nos que temos, sim, chance de garimpar atletas de alto desempenho individual.

Descobriu-se agora que existe um programa militar de incentivo a diversas modalidades. É um ponto favorável, mas ataca o problema num estágio bem avançado: eles escolhem para patrocinar os que já são, de certa maneira, destaques.

Infelizmente educação é um dos problemas mais graves e básicos a serem atacados pelo governo. Inserir no orçamento público já limitado a prática regular de ginástica (e música, para não perder a chance) talvez seja pedir demais, mas é o caminho a seguir se queremos nos destacar no cenário esportivo mundial. E de quebra conseguirmos uma juventude mais sadia e consciente.

Riva disse...

Não tem mais bobo em esporte nenhum. Mais que nunca, agora existem países que investem muito em esporte, porque esporte é sinônimo de desenvolvimento sustentado (pensando sempre nas novas gerações que estão vindo), sinônimo de educação, indicador de qualidade de vida numa comunidade.

Eu estou surpreso com os resultados da Grã-Bretanha e do Japão.

Aqui estamos anos-luz de tudo isso. Não sabemos nem como dar o mínimo para a população em saúde, infra geral e educação.

Estamos assistindo momentos pontuais de euforia, de brasilidade, de continência à bandeira, mas nossa realidade é outra, bem diferente dessas histórias de superação pessoais de alguns atletas, a maioria com suporte externo.

Falta poucos dias para voltarmos à nossa realidez. Tudo isso que estamos assistindo na TV não é o Brasil dos nossos dias. É uma festa do Rio, com uma super proteção policial e das F.A..

Mas ainda bem que está dando tudo certo, apesar da água verde da piscina. Porque nos dá alguma esperança de que é possível melhorar.

Não sou pessimista. É que não enxergo sinais de reversão. Solução ? Sim ...





Jorge Carrano disse...

Pois é, Riva, sem considerar que Grã-Bretanha e Japão, estão entre os países que não pagam bônus aos atletas que conquistam medalhas.
Até o Brasil concede bônus aos vencedores. São 35 mil para as conquistas individuais e 17,5 para as coletivas.

O patriotismo por vezes é remunerado.

Jorge Carrano disse...

Incrível! Hoje foi a vez de uma chinesa acerta um hole in one no golfe na Rio 2016.
É a segunda vez durante os jogos olímpicos em que o golfista acerta o buraco numa só tacada.

A sorte, é claro, é um componente forte.

Jorge Carrano disse...

Além de patrocínios milionários e altos salários, os jogadores do dream team ainda receberão o equivalente a 78 mil reais pela medalha conquistada.
É para o sundae dominical.

Jorge Carrano disse...

Confiram:

http://epocanegocios.globo.com/Olimpiada/noticia/2016/08/quanto-dinheiro-cada-atleta-ganha-por-medalha-olimpica-de-ouro-em-diferentes-paises.html

http://www.96fmbauru.com.br/noticias/esportes/2016/08/atletas-ganham-bnus-por-medalhas-de-ouro.html

http://gq.globo.com/GQ-no-podio/noticia/2016/08/por-medalha-de-ouro-alemanha-oferece-estoque-ilimitado-de-cerveja-para-atletas.html

Jorge Carrano disse...

Medalha para o humor brasileiro. Vejam este comentário veiculado em matéria sobre a farsa dos nadadores americanos:

Clenios
HÁ 6 HORAS
O que me deixou mais indignado no episódio dos nadadores americanos foi eles inventarem uma história colocando em dúvida a eficiência dos assaltantes cariocas. Ser assaltado e voltar pra casa com carteira, relógio, tênis, onde já se viu ?? Me senti, particularmente insultado porque nossos assaltantes estão entre os melhores do mundo !

Jorge Carrano disse...

A revista eletrônica Slate, elenca num texto “tudo que sabemos e não sabemos sobre a bizarra desventura brasileira de Ryan Lochte”. Em um dos tópicos, surge a questão fundamental: “Por que Lochte inventou a história do assalto?” Na resposta a indagação, a publicação usa uma bela carga de ironia: “Talvez o nadador de 32 anos precisasse pedir dinheiro para a mãe depois de perder tudo que tinha no posto de gasolina? Talvez Lochte seja apenas burro?”.

Jorge Carrano disse...

No Washington Post:

“Quando você inventa uma história sobre ser assaltado com arma e deixa seus amigos no Brasil para resolver o problema”.

Riva disse...

Fico imaginando a sorte de um brasileiro numa Olimpíada no Texas, o cara quebrando um banheiro bêbado, inventando assalto .....

Deve pegar pena de morte !

PS: lembrei-me dos pilotos do Legacy, que ajudaram a assassinar mais de 150 brasileiros...devem estar tomando uma Marguerita na beira de alguma piscina na Florida ...

Riva a 18º disse...

Complementando ...

Os EUA já conquistaram mais de 100 medalhas !!

Essa é a AMERICA que eu admiro demais !! Podem me criticar, mas eu adoro tudo por lá, com todos os defeitos e problemas existentes. E é um lindo país.

Riva disse...

Der MARACA ist unser !!

Jorge Carrano disse...

Parabenen nach Deutschland !

Riva disse...

Carrano, no Planeta Twitter está um zum zum zum de renúncia da DILMA, para evitar um impeachment.

Aguardemos.

Jorge Carrano disse...

Estranho porque ela e Lula alimentam a esperança de que ela comparecendo à sessão de julgamento para se defender conseguirá mudar a posição de alguns senadores revertendo a expectativa de condenação.

Quem viver verá!

Riva disse...

Ela pode interromper a sessão, se estiver perdendo feio, e/ou enviar um comunicado de renúncia, antes do resultado final ?

Porque é isso que estão comentando no Twitter, estratégia alinhada para evitar 8 anos no limbo.

PS : 16º

Jorge Carrano disse...

Não conheço suficientemente bem a matéria para opinar sem estar sendo leviano.

Se fosse obrigado a dar um palpite apostaria minhas fichas em que agora já era.

Iniciado o processo no senado a renúncia não evitaria a inelegibilidade.