5 de outubro de 2010

Processo eleitoral - parte I

Como não sou filósofo, cientista social, antropólogo ou sociólogo, posso me manifestar como cidadão comum, sem filigranas, hipocrisia e sem tom didático ou doutoral.

Acho que votar deveria ser um ato espontâneo. Um direito. E mais ainda, deveria haver uma fórmula através da qual os eleitores tivessemos participação na seleção dos candidatos que seriam inscritos para concorrer. Além de ficha limpa, deveria ser apreciada a contribuição que, se eleito, o candidato poderia dar para o aperfeiçoamento democrático e, principalmente, para o desenvolvimento político e social.

Admito que artistas, jogadores de futebol, intelectuais, ruralistas e até índios, fazem parte de nossa sociedade. Logo, se o congresso deve representar um corte da sociedade, todos os segmentos podem pretender ter seu representante.

O que não concordava é que eu tinha (dia 31 será meu último ato) que escolher livremente de uma lista formulada por pessoas que não elegi como meus procuradores.

Sim, porque pequenos partidos, legendas de aluguel, fazem o jogo político dos espertalhões. Ou será que alguém imagina que a eleição de um Tiririca não aproveita a alguns desqualificados. A julgar por sua expressiva votação, elegerá mais uns três aproveitadores, politiqueiros oportunistas.

O Tiririca é o Cacareco do passado. A diferença é que este voto, rotulado de protesto, tem consequências. A do rinoceronte não teve. Os 100 mil votos obtidos pelo animal em 1959, em São Paulo, foram uma demonstração inequívoca de descontentamento. Mas que, infelizmente, não produziu resultados práticos.

Segue...

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