Tudo começou em 2011, com uma postagem encontrável em
https://jorgecarrano.blogspot.com/2011/06/regressao-de-memoria-como-nostalgia-nao.html
Ao longo destes quase 14 anos, a aludida postagem foi sendo visitada, por seguidores habituais e internautas ocasionais.
A história do jacaré, que viveria num laguinho defronte da Loja Palermo, no Centro do Rio de Janeiro, rendeu muitos comentários e controvérsias.
Alguns confirmando e outros colocando em dúvida a informação do Mário Gonçalves (um dos internautas que deram pitacos no blog).
Como (para minha alegria) as visitas virtuais continuam, e muitas informações estão sendo acrescentadas, resolvi publicar este novo post para a sequência das lembranças, agora em caráter bem abrangente (comércio, Rádio e TV, artistas, etc).
E inicio com um repto. Qual foi o melhor, o mais destacado, o mais influente narrador de futebol, no Rio de Janeiro?
Oduvaldo Cozzi |
Waldyr Amaral |
Doalcei Bueno de Carvalho |
7 comentários:
Já opino e elejo Oduvaldo Cozzi, por seu estilo de narração poético.
Lembro de uma vez em que descreveu "Dequinha é um lago azul sereno, no mar tormentoso que é a defesa do Flamengo.".
Os fatores históricos/culturais do Centro do Rio de Janeiro não foram focados nem nesta e nem na postagem que a originou.
Pinçado em https://diariodorio.com/o-coracao-pulsante-do-centro-historico-do-rio-nao-e-para-megablocos/
“O Rio nasceu na Urca mas cresceu no entorno da Praça XV e do antigo Morro do Castelo. Na antiga Rua Direita, atual Primeiro de Março, temos alguns dos principais monumentos da civilização brasileira, como o CCBB e o Paço Imperial, igrejas que batizaram um imperador, aclamaram um rei de Portugal e dois imperadores do Brasil, ruelas e travessas tomadas de prédios dos séculos XVIII e XIX. Uma área que é inteira um conjunto tombado nacional, tutelado pelo Iphan por sua importância única para o país.”
Começando pelo Futebol, esse é o GE rsrsrsrs.
Hoje existe uma infinidade de boleiros, como eu, que não aguentam essas transmissões de jogos de futebol realizadas por locutoras.
E aí vem a geração WOKE, as militâncias, os lacradores, chamar quem critica a narração delas de machistas e outras coisas.
Assim está a Internet hoje, um espaço maravilhoso, dando espaço a todo tipo de pessoas ..... e nesse caso específico, essas pessoas (maioria jovens) não entendem que somos de uma geração que ouviu grandes profissionais da narração do Futebol, feras mesmo ! E a qualidade da narração dessas profissionais deixa a desejar, em nossa avaliação, quando comparadas com todos que conhecemos nos microfones das diversas rádios e TVs em outras décadas. Simplesmente incomparável.
O mesmo se debate ocorre, por exemplo, em relação à música ou à mudança na forma de jogar tênis, com muito mais preparo físico, aos automóveis que tivemos e conhecemos, etc, etc, tudo está mudando, tudo.
E respondendo à pergunta do BM, fico com Luciano do Valle e Januário de Oliveira.
Eu comecei a escutar os jogos de futebol pelo rádio, em 1965, acompanhando principalmente, os jogos do meu clube de coração, e do pai, avô e, talvez, do bisavô, o Flamengo.
Meu pai só escutava os jogos ouvindo a Rádio Globo e, obviamente, sempre narrados por Waldir Amaral (comentados por Rui Porto e Alberto da Gama Malcher). Assim, me acostumei à voz e jeito do narrador goiano. Conheci outros narradores como Orlando Batista, Oduvado Cozzi, Doalcei Bueno, Jorge Curi e Celso Garcia, dos jargões “atenção...garoto do placar” e “subiu a bandeira amarela (ou vermelha)” que, depois de Waldir Amaral, era o preferido. Talvez não tenha escutado a narração de um jogo inteiro pelo Oduvaldo Cozzi, mas lembro um pouco de seu jeito rápido de narrar e voz um pouco aguda.
Já Waldir Amaral, tinha um jeito mais lento e cadenciado de narrar. Também gostava de colocar “apelido” nos jogadores (Zico, “O galinho de Quintino”, Carlinhos, “O Violino”, Jeremias, “O Bom” (jogador do América), Silva, “O Batuta”, Amoroso (Fluminense), “O Pé de Coelho”, Rogério (Botafogo), “A gazela” etc., bem como e lançou uma infinidade de jargões, tais como “Tem peixe na rede”, “O relógio maaarca”, “encaixa ...” (quando um goleiro agarrava a bola com as duas mãos, apoiada pelo peito), “10, é a camisa dele”, “Estão desfraldadas as bandeiras do” etc. Este estilo ganhou a minha fidelidade na preferência de meu pai, e marcou um grande período de minha vida infanto-juvenil.
Com o afastamento de Waldir Amaral, segui ouvindo as narrações da Globo pelo José Carlos Araújo. Antes, porém, cheguei a ouvir algumas narrações do Jorge Curi (que às vezes alternava com Waldir Amaral, no mesmo jogo), mas não gostava de seu jeito estridente de narrar (achava exagerado) até passar a assistir aos jogos somente pela tv.
“Tem peixe na rede” foi uma das boas sacadas do Waldyr Amaral.
Conforme já mencionado, não gosto muito de narrações agudas e estridentes e a voz feminina, numa narração esportiva, tende a ser deste jeito.
Abro uma exceção à viúva do Luciano do Valle, que narra de forma cadenciada e muito criativa em seus comentários.
Percebo ainda que as narradoras de futebol costumam usar os mesmos jargões (já bem manjados) de narradores consagrados e eu não gosto muito disto, apesar de gostar de imitações de artistas e políticos.
Creio que possa estar havendo algum tipo de forçação de barra e que vai levar um tempo para que alguém coloque um ponto final na falta de critério. Competência e qualidade têm que prevalecer, antes de tudo, em qualquer segmento.
Peço vênia para subscrever, parcialmente, seu comentário, caro Ubirahy. E encerro, de minha parte, o capítulo narradores e analistas de futebol, mencionando um pouco reverenciado, que nunca participou de resenhas e mesas redondas na TV, como “A Grande Resenha Facit”.
Trata-se do comentarista de futebol, nas décadas de 50 e 60, meio “acadêmico”, o que me desagradava, chamado Benjamin Wright , que tinha como slogan “o comentarista que diz a verdade”.
Era pai do polêmico ex-árbitro e agora comentarista de arbitragem - José Roberto Wright - que chegou a apitar partidas da Copa do Mundo de 1990.
Preferia o João Saldanha, “o comentarista realmente técnico”, como era anunciado, com seu linguajar mais popular e criador de expressões que acabaram consagradas durante um período, como por exemplo “zona do agrião”, referindo-se à grande área.
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