31 de maio de 2021

Vasco, Pelé e Petkovic

Estão sendo comemorados os 20 anos do gol histórico de Petkovic contra o Vasco.

Para ser campeão o Flamengo precisava ganhar com uma diferença de dois gols. O jogo estava no 43º minuto da etapa final e houve uma falta, contra o Vasco, na cabeça da área.

Todos conhecíamos a destreza, a habilidade, do jogador sérvio. Naquele dia, especialmente, ele não estava com os pés calibrados. Já havia cobrado duas faltas e as colocou muito longe do alvo.

Mas aquela falta, cobrada com maestria, resultou em gol, malgrado o esforço do goleiro Helton para alcançá-la na forquilha esquerda de sua meta.

O goleiro Andrada também se empenhou para impedir que o milésimo gol do "Rei" fosse marcado justo contra o Vasco, seu clube de coração.

Mas embora Andrada, assim como Helton, quase alcançara a bola e praticado defesa que iria para a história do futebol, Pelé finalmente, depois de enorme expectativa e ansiedade conseguiu alcançar o feito inédito.

Veja o lance, a cobrança de Pelé e a festa no gramado. Observem que os 70.000 torcedores no Maracanã, em sua maioria vascaínos Vasco, pediram que ele cobrasse, e comemoraram o gol que daria a vitória ao Santos por 2x1.

Pelé estava acima e além das paixões clubísticas.


Helton e Andrada foram dois dos maiores goleiros que o Vasco já teve. Quase que ambos se consagraram fazendo defesas que entrariam para a história, ao invés dos gols marcados, que celebrizaram Pelé e Petkovic.



5 comentários:

RIVA disse...

Na minha memória futebolística em relação ao tema, tenho como grandes goleiros do Vasco o ITA e o ANDRADA.

Acho que já comentei, sempre admirei a posição, e tenho como único ídolo no futebol o CASTILHO.

Fui goleiro até os meus 14/15 anos de idade, jogando peladas de rua, em campinhos de areia e no salão do IPC em Icaraí, num time chamado CACARECO (lembram dele ?).

Em casa treinava da seguinte maneira, para desespero dos meus avós que moravam no fundo da casa, numa meia água : dava bicos/varadas na bola contra a parede da casa, e a bola voltava para minhas defesas, com joelheiras (lembram ?). A bola era geralmente de couro costurada.

Jorge Carrano disse...


Cacareco era uma rinoceronte fêmea, que obteve quase 100 mil votos numa eleição para a Câmara Municipal de São Paulo, há uns 60 anos.

Concordo com o Andrada, mas o Helton foi muito melhor do que o Ita. E olha que acompanhei todos, desde Barbosa e Barqueta.

Fui para o gol já idoso, casado e com filhos, nas equipes das empresas. E nos solteiros X casados.

Helton fez brilhante carreia em Portugal. Tinha biótipo bom para a posição. Além de boa impulsão, por isso era forte ns bolas alçadas na área. E quando voltava de pé ao gramado já sabia para quem iria endereçar a bola, rapidamente.

Lamentei muito quando saiu. Constitui família em Portugal e acho que não regressou ao Brasil porque criou, com filhos, uma banda por lá.

RIVA disse...

No Masters do ABEL La Salle, onde joguei por 21 anos sempre no ataque e mais tarde na lateral, jogava de goleiro nas tardes de sábado durante a paralisação das férias, em dezembro, janeiro e fevereiro - sempre gostei.

E como o tema é goleiro, o maior de todos (era baixo, rsrsrs) que vi jogar foi Sepp Maier da Alemanha.

PS: foi-se o Januário de Oliveira, encontrar O Cara Lá de Cima. Mais uma perda. Januário fez parte da minha vida de torcedor na paixão pelo FLU.

Imortalizado como grande narrador de futebol, com pérolas como "cruel, muito cruel", " taí o que você queria", "tá lá um corpo estendido no gramado" e outras.

Muita LUZ em seu novo caminho !

Jorge Carrano disse...


De Oduvaldo Cozzi, uma dos melhores e mais poéticos narradores de futebol:

"Dequinha é um lago azul e sereno no mar tempestuoso da defesa do Flamengo". Enaltecendo as virtudes de meio campista rubro-negro.

"Apagam-se as luzes, fecham-se as cortinas e termina o espetáculo, ficando o Maracanã deserto e adormecido".

Jorge Carrano disse...


Esse Cabo deverá ser rebaixado a soldado raso.
Agora diz que faltou inteligência. Nele também, né?

https://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/cabo-descarta-falta-de-intensidade-do-vasco-mas-admite-com-um-a-mais-nos-faltou-inteligencia.ghtml