20 de setembro de 2016

Conhecendo o Parque Olímpico (Barra)




Por
RIVA






Neste domingo, último dia das Paraolimpíadas, fomos ao Parque Olímpico na Barra conhecer as instalações e assistir alguma competição.

A compra dos ingressos era feita pela Internet, com cenários muito dinâmicos – eram alterados a todo momento. Com alguma insistência e paciência acabamos escolhendo a modalidade RUGBY em CADEIRAS DE RODAS, disputa pela medalha de bronze, que começava às 9h da manhã.

Estudei com antecedência as opções de como lá chegar, pois estacionamentos inexistem, e os táxis não podem pegar ou deixar passageiros no Parque Olímpico. Conversando com algumas pessoas que já tinham ido, optamos por ir de carro e estacionar no Shopping Metropolitano, e de lá pegar um táxi para ir e voltar – assim foi feito, ao custo de 35 reais ida e volta.


Chegamos no local antes dos funcionários, mais ou menos às 7:45h (rsrsrs). Entrada tranquila, revista de pertences tranquila, tudo show de bola. Foi bom, porque rodamos todas as enormes instalações do Parque à vontade, e ainda compramos antecipadamente nossos lanches, para evitar filas quando saíssemos do jogo. Éramos 4 : eu, a MV (Matriarca Vascaína), um dos meus filhos e nosso neto de coração.



Entramos na Arena Carioca 1. O jogo era entre Japão e Canadá, ambos com torcida fantasiada e organizada. Um pouco sobre essa modalidade para quem não tem idéia de como seja – nem nós tínhamos a menor idéia (rsrs) :

- o jogo é realizado numa quadra tipo de basquete ou vôlei.
- 4 atletas de cada lado.
- 4 tempos de 8 minutos corridos, o que faz o jogo durar mais de 1 hora.
- o gol é marcado quando o atleta ultrapassa a linha de fundo entre 2 cones, como no “touchdown” do rugby tradicional.
- cada tentativa de fazer um gol, de qualquer dos times, não pode passar o tempo de 40 segundos.
- quase todo ataque resulta em gol. São raríssimas as roubadas de bola, que ficam ou na mão do atleta cadeirante, ou encaixada na cadeira de rodas do mesmo.
- valem trombadas de qualquer maneira nos bloqueios. As faltas existem, quando um atleta tem seu corpo tocado pelo adversário. 

Um coisa surpreendente é a infraestrutura operacional de um jogo desses. Na beira da quadra, além do treinador e reservas, tem os médicos, ajudantes de quadra para quando as cadeiras tombam durante o jogo, e os mecânicos que consertam rapidamente as cadeiras que se danificam com as trombadas.

Mas o que mais nos surpreendeu, como marinheiros de 1ª viagem, foi o clima, o astral, o ambiente nas arquibancadas. Já nos hinos eu quase chorei de emoção, uma beleza a qualidade do som, a concentração dos atletas durante a execução. Fiquei imaginando o que deve sentir um atleta ouvindo seu hino depois de receber uma medalha !



Durante o jogo, os brasileiros são incomparáveis, contagiando qualquer um. Holas se misturavam à música tocada nos intervalos, com todos pulando, dançando e cantando, brincadeiras puxadas por voluntários na quadra, impossível não aderir ! Puxadores japoneses rodavam as arquibancadas distribuindo bandeirinhas do Japão e pedindo à torcida o incentivo ao seu time. Os canadenses perderam nesse quesito (rsrsrs).

O Japão ganhou o jogo por 52x50 e levou a medalha de bronze, para emoção impressionante dos seus atletas. Foram realmente muito melhores, e o placar não demonstra a sua superioridade durante a partida.

Saímos energizados da Arena e deparamos com muuuuuuita gente já espalhada pelo Parque Olímpico. Fomos resgatar nossos lanches – sanduba de linguiça com mostarda, sanduba de filé de frango, double cheeseburguer e bebidas. Uma imensa área com mesinhas para 6 pessoas, patrocinadas pela Coca-Cola, ao melhor estilo alemão-americano, estavam distribuídas para os torcedores. E tome Sol !!!!! Tinham nos avisado sobre esse detalhe : levar filtro solar e chapéu !



O Parque Olímpico é imenso, e sentimos falta, como nos parques da Disney e da Universal, de carrinhos elétricos individuais/duplos para aluguel de pessoas com dificuldades de locomoção, bem como de Segways para qualquer um.

Dali fomos à MegaStore da Rio 2016 …. só não desistimos porque a oportunidade era única, com preços com 50% de desconto. Mais de meia hora na fila para poder adentrar a loja. Uma fila imensa !! Impressionante mesmo !



E fim de festa.

Retornamos para o Shopping Metropolitano, com nossos corações vibrando com tudo que vimos e sentimos por lá.  Uma experiência marcante, uma festa lindíssima, tudo dando certo, muita alegria, mas chegou a hora da carruagem virar abóbora, não é ? 

8 comentários:

Jorge Carrano disse...

Pois é, Riva, a maioria de nós brasileiros estávamos muito pessimistas quanto ao resultado dos jogos olímpicos. Duvidávamos de nossa capacidade de planejar, organizar e realizar um evento das proporções de uma olimpíada com participação de 206 países, milhares de atletas disputando várias modalidades esportivas em diferentes locais.

Tínhamos medo de ações terroristas e da zica. Nós só não. O mundo todo.

Tínhamos na cabeça aquele bizarra solenidade de abertura da Copa do Mundo, em 2010, e temíamos uma festa ridícula.

Pois bem, a abertura foi muito boa (descontando o Nuzman) nos aspecto artístico e de uso da tecnologia.

Acomodamos e alimentamos todo mundo. Houve muita alegria e comemorações. Não tivemos ninguém contaminado nem nas águas da Baia da Guanabara e nem por zica. Terrorismo só mesmo o interno, de praxe (assaltos, balas perdidas, estas coisas triviais).

As instalações foram aprovadas, o público prestigiou, vários recordes batidos, em suma, sucesso!

Seu depoimento confirma minhas suspeitas julgando pelas imagens de TV.

GUSMÃO disse...

Também estava cético. Realmente me surpreendeu agradavelmente e o testemunho do Riva quanto a grandiosidade e organização do Parque Olímpico confirma que demos prova de competência.

Sem falar das belas imagens do Rio transmitidas para o mundo. Acho que foi uma bela promoção da cidade.

Jorge Carrano disse...

Riva,
Já pensou em viver na Europa? Eu já, e muitas vezes.

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/05/20/lua-de-jupiter-pode-abrigar-vida-no-sistema-solar-diz-estudo.htm

Como serão olimpíadas interespaciais no futuro? E onde seria o Parque Olímpico?

Riva disse...

Aguardemos Freddy se recuperar, pq ele vai dar uma aula sobre isso. Já até escrevemos sobre o tema, em nosso "livro" intitulado Anette.

PS: hoje tem estresse, hoje tem Flu e Gambás.

Kayla disse...


Que massa, Riva. Que experiência incrível assistir um evento da paralimpíada. Queria muito ter ido um dia pelo menos, mas aqui pelas minhas bandas tudo anda curto: a grana, o tempo e minha paciência com meu sócio-patrão. Ashuashuashua


Enviado por Samsung Mobile

Riva disse...

Kayla, vc não imagina com nos sentimos felizes por termos ido lá no último dia. Uma pena não termos ido vários dias. É mágico o ambiente, posso te assegurar.

De qqer maneira, fomos, e sentimos o astral, a energia do lugar. Demais !!

Freddy disse...

Gostaria de tecer mais comentários complementares aos já descritos por Riva, mas de momento estou limitado. Resumo dizendo de minha agradável surpresa com os jogos terem transcorridos em paz, harmonia, poucas ocorrências. A imagem do Rio e do Brasil com certeza se fortaleceu lá fora com a repercussão.
Aproveitar o legado é um passo à frente, mas o que mostramos já valeu o esforço despendido para a realização dos mesmos.

Quanto à vida em Europa (satélite de Jupiter) e Enceladus (satélite de Saturno) seria assunto para posts da série Papo de Astronomia.

Quanto aos Jogos Olímpicos extraterrestres... precisavam ter conhecido o Lunódromo, imenso ginásio de esportes de Luna City, do nosso romance a 4 mãos (eu e Riva) chamado A Saga dos Cupins Espaciais a.k.a. A Saga de Anette.
<:O)

Jorge Carrano disse...

Os descontos aumentaram, Riva:

http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/09/apos-fim-dos-jogos-descontos-passam-de-50-em-loja-da-rio-2016.html