Que fique claro que o assunto agora é o futebol (football), com as regras e calendários definidos pela FIFA, e não o futebol americano, jogado com bola oval. Lá nos USA, onde foi realizada a competição, a gíria para o futebol que praticamos aqui, com bola esférica e onze jogadores em campo é soccer.
Até esta temporada havia uma competição intercontinental, que reunia o vencedor da Liga dos Campeões da UEFA disputando uma partida contra o vencedor da Copa Libertadores da América. Atribuía-se ao vencedor o título campeão mundial.
Nesta versão pode-se contestar o critério de seleção para a disputa, envolvendo 32 equipes de diferentes continentes: Europa, Américas, Ásia, África e Oceania.
Não participaram, a guisa de exemplo, campeões nacionais da temporada 2024/2025, como o Liverpool e o Barcelona.
O Brasil foi o único país que participou com 4 clubes, sendo que 3 deles da mesma cidade, o Rio de Janeiro: Flamengo, Fluminense e Botafogo.
O 3 avançaram das chaves de grupos para as oitavas de final, com dois resultados relevantes: o Botafogo venceu um dos finalistas - PSG - e o Flamengo venceu o outro - Chelsea.
Além da estação do ano, verão no hemisfério, alguns dos estádios foram construídos e são utilizados para a prática do futebol dos americanos, que tem dimensões menores na largura.
Observem as diferenças. Um campo de futebol americano tem 120 jardas de comprimento (109,7 metros) e 53,3 jardas de largura (48,8 metros).
As dimensões oficiais de um campo de futebol segundo a FIFA são de 105 metros de comprimento por 68 metros de largura.
O calor e a legislação americana de prevenção aos riscos de tempestades com raios criaram situações inusitadas. Como paralização das partidas.
No respeitante a organização e planejamento para realização das partidas (logística, infraestrutura) podemos simplificar dizendo que estavam no padrão americano. Eles sabem preparar festas.
O novidade foi a entrada em campo das equipes contendoras: um a um dos jogadores, individualmente, e com apresentação via alto-falante.
As premiações, seja por participação seja por conquistas foram tentadoras, mesmo para padrões europeus. Embora o "leão" americano - imposto de renda - seja voraz.
Ficou clara a importância, se é que havia dúvidas quanto ao fato, que o dinheiro tem enorme influência para obtenção de resultados. Vitórias pontuais, como as do Flamengo e Botafogo, contra os finalistas, bem assim a eliminação do poderoso Manchester City por uma equipe da Arábia Saudita, no caso o Al-Hilal, são pontuais, pontos fora da curva.
No caso do Al-Hilal o dinheiro não é problema, e por isso me corrijo no exemplo. Mas com dinheiro é possível montar boas equipes e o clube saudita é prova disto.
Por oportuno, quanto a montagem dos elencos tenho um reparo. Ficamos próximo de fraude se é admitida a prática de contratação de novos jogadores e, pior, o empréstimo de alguns exclusivamente para a competição.
Acho que os jogadores deveriam estar inscritos em seus clubes, pelo menos 90 dias antes do início do campeonato. Um jogador como o Cristiano Ronaldo poderia ter participado da competição, emprestado por seu clube. E quase aconteceu.
Se me der na telha, ou se calhar, à maneira de dizer dos lusitanos, que a propósito tinham dois clubes na competição, voltarei ao assunto depois do jogo final que determinará o primeiro ganhador do primeiro grande campeonato mundial de clubes de futebol.
Um comentário:
Em 2023 o Al-Hilal ganhou o noticiário brasileiro por ter eliminado o Flamengo do Mundial de Clubes daquele ano. O placar foi de 3 a 2 a favor dos sauditas, que garantiram classificação para o torneio por serem os representantes do país sede.
Postar um comentário