Já escaldado com
Saramago, que me obrigou ir ao dicionário de sinônimos, com seu esgargalado, em “O Homem Duplicado” (vide post via link a
seguir): https://jorgecarrano.blogspot.com/search?q=saramago+esgargalado
Passei a ler suas obras
com um marcador de tinta amarela ao meu lado para destacar uma ou outra palavra
inusual ou desconhecida mesmo.
Ocorreu em “Caim”, com gónodas, palavra de esgarçada memória, não ouvida
desde as aulas de biologia, matéria então chamada de ciências sociais, ao tempo
do curso ginasial.
Desde aquela remota época, não mais ouvi ou usei em meus escritos a palavra gónodas, porque ao que significa falo em separado: bagos ou xibiu.
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Aplicação popular |
Não, Saramago não é para todos, pois se trata de um sociólogo, de um psicólogo, um antropólogo, de um filósofo, com seu estilo sarcástico, com sua mordacidade dilacerante, ironia sutil, que concentra em seus textos um pouco de Dostoiévski, um pouco de Shakspeare, com pitadas de Nelson Rodrigues.
Antes de se aventurar
na leitura do profundo “Ensaio sobre a cegueira”, que deixa desnudo o ser
humano e provavelmente motivador do Nobel que lhe foi conferido, experimente os
abaixo indicados.
Nota explicativa: pretendia, desconcentrado, aplicar o grifador amarelo em esgargalado e gónodas, esquecendo que o fundo do texto é amarelado, palha e, claro não iria destacara.
8 comentários:
Para ler Caim, você tem que ser um ateu profissional, com carteirinha da Associação dos Ateístas de Niterói e Adjacências", não pode ser um agnóstico qualquer.
Vc leu esses todos dele ?
Os citados no post, sim.
Minha admiração, respeito e deleite com sua obra vem de longe.
Entre outras citações, aqui no blog, veja a que está no link abaixo:
https://jorgecarrano.blogspot.com/2010/04/pilar-como-se-dissesse-agua.html
E neste abaixo, sobre o mais importante deles, em minha opinião modesta, um tratado sobre o ser humano.
Quem apenas assistiu ao filme inspirado no livro, perdeu muita coisa:
https://jorgecarrano.blogspot.com/2020/03/ensaio-sobre-cegueira-revelador-e.html
Alguns livros que muitos consideram essenciais para a leitura são "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry; "1984", de George Orwell; "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen; "Os Miseráveis", de Victor Hugo; "Dom Quixote", de Miguel de Cervantes, "Crime e Castigo", de Dostoiévski; "Guerra e Paz", de Lev Tolstói; "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez; "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago; "A Metamorfose", de Franz Kafka; "Sapiens: Uma Breve História da Humanidade", de Yuval Noah Harari; "Admirável Mundo Novo",de Aldous Huxley.
Como se verifica, "Ensaio sobre a Cegueira", do Saramago, está no seleto rol.
Creio que quando vc escreveu "esgargalado" num post, tive que recorrer ao Aurélio.....
Acho que vou me arriscar no Ensaio sobre a Cegueira. Não sei se vou conseguir, afinal ele põe vírgulas ao invés de parágrafos !!
Com efeito este estilo tem desestimulado algumas pessoas à leitura do Saramago.
No início estranhamos mesmo, mas com o tempo vai-se acostumando. Outras peculiaridades serão notadas.
"O Ensaio sobre a Cegueira" expõe à luz a essência humana.
Outros, ainda, são considerados essenciais, ou de leitura obrigatória:
"Hamlet", Wiliam Shakespeare; "A Revolução dos Bichos", de "George Orwell"; "Anna Kariênina", de Liev Tolstói; "O Estrangeiro", de Albert Camus; "O Apanhador no Campo de Centeio", de J.D. Salinger.
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