29 de fevereiro de 2024

O projeto de extirpar o "juridiquês" continua

 

O Migalhas, site de conteúdo jurídico, continua veiculando matérias sobre a campanha do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, para simplificar o vocabulário jurídico, acabando com o assim chamado "juridiquês".

Leiam esta:



Original em:

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/FMfcgzGxRnfqWNmZcSJglKTzDsGXDGzn

28 de fevereiro de 2024

A cruzada do ministro Barroso contra o "juridiquês"

 


O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, vem conduzindo uma campanha para eliminar o "juridiquês, que assola o linguajar forense.

Está criando um Dicionário/compêndio,  com palavras, expressões e locuções latinas, de largo emprego em petições e arrazoados, e que poderiam muito bem ser evitados, com o uso de uma linguagem, por assim dizer, coloquial. 

Inteligível para as partes, serventuários e operadores do Direito em geral.

O nome cogitado, para as palavras/locuções que seriam banidas é "Dicionário de Péssimas Expressões", a meu juízo de pouca inspiração.

Nem todas as palavras do vocabulário jurídico corrente serão proscritas.

O site de conteúdo jurídico "Migalhas" aderindo à batalha encabeçada pelo ministro Barroso, ora no exercício da presidência do STF, publica na edição de hoje, um ótimo exemplo.

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/FMfcgzGxRxBGjCFwnrkxjQMCHNkXqQrW

Analise perfunctória - o exemplo - poderia ser substituída, sem perda de entendimento ou compreensão, por avaliação superficial.

Há alguns anos, através de um antigo veículo de comunicação (boletim/jornal) da OAB, defendi a tese de que antes de eliminar o dialeto forense, ou simplificar a escrita, a campanha deveria ser pelo uso escorreito da língua pátria, terrivelmente agredida, com frequência, por "adevogados" feitos nas coxas, como antigas telhas coloniais, formados em faculdades cujo conteúdo programático se restringia ao carnê de pagamento das mensalidades.

E aduzia que, em tese, as petições não são escritas e destinadas aos clientes "leigos", mas sim aos magistrados.

A discussão não progrediu.

A ideia não é nova, já foi defendida e discutida no Congresso, em outras tribunas e veículos informativos, por legisladores, juristas e acadêmicos.

A matéria encontrável no link a seguir é  bem ilustrativa.

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2012/06/27/guerra-contra-o-2018juridiques2019-pode-levar-a-mudancas-em-projetos-de-lei


Hoje, com quase sessenta anos de formado e quase o  mesmo tempo de exercício da advocacia, penso um pouco diferente.

Muitas das vezes queremos impressionar aos juízes com citações latinas, e exibir para o ex adverso (perdão, advogado da parte contrária) uma pretensa erudição.

E, de quebra, justificar honorários rsrsrs.

Como estou em fim de carreira, vou me manter fiel ao linguajar culto, erudito, torcendo para que a simplificação não descambe para a vulgaridade.

Tipo o que se usa no Twitter. Mas ergástulo público, para se referir a simples  cadeia é dose para mamute.

25 de fevereiro de 2024

VERÃO de 2024

 


Quem, amante de música e/ou cinema, não assistiu ao filme ou ouviu o tema de Summer of '42?

Quem, morando em Niterói, não comentou e/ou se queixou do verão de 2024? 


No caso do filme, acrescento, por justiça, a beleza estonteante de Jennifer O'Neill, atriz pouco reconhecida como das mais bonitas do cinema.


Seriam três os apelos: a história (roteiro) interessante, a música envolvente e a beleza da protagonista.

Leia ouvindo o tema de Michel Legrand. Clique sobre a imagem a seguir:


Certamente tive em minha infância/adolescência verões maravilhosos.

Inocentes verões. Meu imaginário não ia além  de conjecturas sobre o corpo da vizinha, discreta, sóbria e pudica,  de presumíveis 35 anos, ao lado de minha casa, à esquerda de quem da rua olhasse as edificações.

Não lembro, sequer, de seu nome. Mas lembro de seu rosto bonito, e principalmente da sobriedade de seus trajes. Longos, cobrindo por inteiro suas pernas, que eram longas e eu as imaginava roliças e firmes como rochas.

Sem nenhuma experiência sexual consumada, limitava-me à masturbação, sempre homenageando a atriz  Ana Gardner e, na vida real, claro, a vizinha do lado, casada e sem filhos.

Minha inocência, se assim podemos chamar, era revelada pela crença de que desenhando na calçada um sol, com giz ou carvão, a chuva que interrompera o prazer de empinar minha cafifa, faria a chuva cessar e o sol voltar a brilhar.

Sim, muitas das vezes a chuva parava, e além do sol voltar a reinar, aparecia um belo Arco Iris. Causa e efeito comuns, naturais, nas chuvas de verão.

Mas eu acreditava no meu poder de alterar as condições de tempo desenhando no chão o nosso astro rei. 

Foi a fase ingênua, de pouca malícia e muita imaginação. Será que a vizinha me notava?

Essa postagem tem como objetivo deixar registrado que este verão, deste ano de 2024, está sendo um dos mais severos de que tenho lembrança.

Jennifer O'Neill


19 de fevereiro de 2024

BOTAFOGO campeão desde 1910

 

Campeão Carioca de 1948


Com procedência estão acontecendo severas críticas à arbitragem no Campeonato Carioca de Futebol deste ano de 2024.

Alguns clubes, e outros tantos críticos de futebol, chamados analistas, sugerem a contratação de árbitros de outras federações, como por exemplo a paulista, a mineira ou a gaúcha, para que apitem os jogos d’aqui, até que seja possível treinar, melhor qualificar a arbitragem local.

Não farei juízo de valor. As motivações, neste momento, seriam a falta de imparcialidade (fundamental neste ofício) e/ou falta de qualidade técnica, despreparo mesmo.

No respeitante à segunda das justificativas apontadas, parece evidente que há:  falta de critério, desconhecimento técnico das regras, coragem profissional para assumir marcações que desagradem jogadores e torcidas.

Aos 83 anos de idade recebo como uma benesse ter a memória preservada em um AVC sofrido aos 70.

E valho-me dela.

Lembro, sem maiores detalhes, um fato ocorrido entre os anos de 1948 e 1950, anteriores, portanto à fatídica Copa de 1950.

A Federação Metropolitana de Futebol, antecessora da Federação Carioca, contratou um pequeno grupo de árbitros ingleses para apitarem, aqui no Rio, a temporada de 1948.

Se me não falha a memória (já exaltada acima) que já apresenta sinais de desgaste, havia uma razão especial: adequar/harmonizar a arbitragem europeia à sul-americana.

Afinal a Copa seria realizada aqui e havia divergência de interpretação em lances faltosos, impedimento, e bola na mão ou mão na bola.

O que me recordo é que os clubes que deram parecer favorável e incentivaram a contratação dos ingleses, antes do término do campeonato já exigiam a rescisão dos contratos com eles.

E assim foi. A partida final daquele ano, entre Botafogo e Vasco da Gama, vencida pelo “clube da estrela solitária”, foi apitada pelo brasileiro Mario Vianna.

Eu já era vascaíno e lamentei a derrota, claro. Mas o título ficou bem em General Severiano. Eram dois grandes times na época.

Vejam abaixo dados agora obtidos em pesquisa na rede mundial:

BOTAFOGO 3x1 VASCO DA GAMA

Gols: Paraguaio, Braguinha e Otávio (Botafogo); Ávila (contra) (Vasco da Gama)

Competição: Campeonato Carioca Data: 12.12.1948

Local: Estádio General Severiano

Escalações: Botafogo: Osvaldo Baliza, Gerson dos Santos e Nilton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha. Técnico: Zezé Moreira.

Vasco da Gama: Barbosa, Augusto e Wilson; Eli, Danilo e Jorge; Friaça, Ademir Menezes, Dimas, Ipojucan e Chico. Técnico: Flávio Costa.

 

 

https://mundobotafogo.blogspot.com/2011/02/botafogo-campeao-carioca-de-futebol.html

Fontes:

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

Blogue do Marcão (2008-2011)

Alceu Mendes de Oliveira Castro (1951): O Futebol no Botafogo (1904-1950). Rio de Janeiro: Gráfica Milone. 

 

16 de fevereiro de 2024

Niterói ao longo de meus 83 anos de idade

 

Sem legendas, é para quem conhece.




Com legendas, para quem não conheceu e para aqueles que, como eu, têm saudades da época exibida.








15 de fevereiro de 2024

Marcel François Marie Joseph Lefebvre

 

Lefebvre


O personagem da foto acima, título da postagem, foi um arcebispo católico francês, que eu admirava por suas posições de resistência a certas reformas da Igreja Católica, instauradas pelo Concílio Vaticano II.

Defendeu o movimento tradicionalista católico. Com coragem e fervor.

Precisamos de um homem assim no futebol. Antes que acabem com aquele que é o maior sucesso mundial no terreno esportivo, uma verdadeira paixão.

Esta última novidade, invencionice de businessmen, pessoas que pensam somente no dinheiro, o tal "cartão  azul", vai criar muitos problemas e aproximar o esporte ao futebol de salão.

Penso que estas decisões, antes da implantação,  deveriam ser discutidas e aprovadas por um comitê formado por quem conhece.

Por exemplo uma comissão composta por 5 técnicos renomados, vencedores (Guardiola, Klopp e Ancelotti, etc.) e cinco jogadores laureados (Ronaldo, Messi, etc) com bola de ouro ou eleitos "melhor da temporada" (tem vários vivos felizmente).

Em comissão permanente enquanto forem vivos.

Enfim, certas coisas devem ser decididas por quem conhece o métier.

Aproveitar o ensejo e rediscutir o VAR nos moldes atuais. Quem sabe eliminar o impedimento? É preciso criar algo que não demore tanto, e ainda assim existam decisões discutíveis, e não tire o tesão, a emoção da comemoração de um gol na hora, em tempo real. O chip na bola soluciona a questão do gol, a bola entrou ou não.

Vamos conjecturar. Um goleiro demora a repor a bola em jogo. O árbitro aplica um cartão azul e ele deve sair de campo por dez minutos. O time fica jogando com dez e um goleiro improvisado.

Ou, pior, para não ficar sem um goleiro de ofício por dez minutos (muito tempo), o técnico faz um substituição tirando um atacante e colocando o goleio reserva. Pode? Deve poder.

Mas dependendo do tempo de jogo decorrido (ou faltante), passados os dez minutos de punição o goleiro titular pode voltar. E aí, a equipe fica com dois goleiros?

Ou, ao cabo de dez minutos, o técnico substitui o  goleiro que estava fora, pelo cartão azul, por um atacante para voltar a compor o time?

E se, seis jogadores, deliberadamente, ficam expostos ao cartão azul, o árbitro dá por encerrado o jogo? Um time, pela regra, não pode ter menos de seis jogares no gramado, aptos para jogar.

Sugiro um cartão preto, para eliminação de dirigentes e palpiteiros que nada entendem de futebol e gostam de inventar.

14 de fevereiro de 2024

Viradouro é a campeã do carnaval 2024

 


Pela terceira vez a escola de Niterói fica com o troféu.



PARABÉNS!!!

12 de fevereiro de 2024

Separando o joio do trigo

 

Joio infiltrado no trigo


Não é fácil separar o joio do trigo, a intenção daquele primeiro, erva daninha, não é outra senão nos confundir.

De igual modo uma turmalina pode confundir quem não entende de pedras preciosas. Mas ela não é uma delas.

Turmalina, parece mas não é


Para que serve a digressão acima? Para afastar, desde logo, comparações entre o movimento militar de 1964, com o fracassado, natimorto, golpe articulado no governo Bolsonaro, em 2022, por militares que não devem ser confundidos com os líderes em 1964.

Em 1964 não eram moinhos quixotescos, travestidos de socialismo, que nos ameaçavam. 

Havia ações e discursos que poderiam desaguar na instalação, no país, de um socialismo moreno (para usar expressão já consagrada).

Mas no governo Bolsonaro, o que movia a tentativa de golpe com participação militar era o fisiologismo de alguns deles, minoria felizmente, como se sabe.

Em 1964, por isso aplaudi, o viés era idealista.

Esses milicos que aderiram aos delírios do Bolsonaro inventaram um risco comunista, para garantirem ganhos imorais, senão ilegais (???). 

Cumular soldos com vencimentos, quando no exercício de funções públicas, em cargos ministeriais e outros de confiança, era e é, se mantida a aberração, nojenta, vil, infame.

Ge. Mourão Filho
Por isso não se deve confundir o espírito político/fisiologista dos generais Heleno, Braga, Pazuello e outros cujos nomes não faço questão de lembrar, com os militares de idêntica patente, como Olímpio Mourão Filho e Carlos Luís Guedes (por exemplo), que deram suporte ao movimento, nascido no meio civil, destacadamente em Minas Gerais.


Num passado bem mais remoto, longínquos anos de 1955/1956, os generais seguidores da linha filosófica entendida como de “garantismo” - Henrique Teixeira Lott e  Odilio Denys (por exemplo) -  garantiriam, a posse de Juscelino Kubitschek e de João Goulart, na presidência e vice, porque legitimamente eleitos pelo voto popular.

Nada tenho contra militares – afinal sou um frustrado porque uma inesperada e ignorada discromatopsia me impediu de ingressar na Aeronáutica, mas militar não pode ter cor partidária, e muito menos interesses escusos, tem que defender nossa soberania quando ameaçada, e a lei e ordem sob o égide da Constituição Federal.