Mal amadas, barangas e recalcadas; desocupados, imbecis e fracassados; todos perdedores e frustrados, resolveram aparecer na chamada mídia, ganhando minutos de fama, inventando fantasmas e ofensas, e atribuindo à alusão de coisas corriqueiras, banais do dia-a-dia, deficiências e características pessoais, o caráter de politicamente incorreto.
Agora nos privam não só de apreciar a boa forma, a plástica bem cuidada, da Gisele Bündchen, como proíbem seja retratada com humor, uma situação absolutamente corriqueira na vida de casais.
Você perguntará se ocorre com todos os casais, e responderei parafraseando Nelson Rodrigues: não, só entre os normais.
Se você, leitor, nunca fez as pazes com sua mulher e perdoou-lhe pecadilhos ou equívocos, depois dela sair do banho, fresquinha e perfumada, e deitar ao seu lado na cama, inteiramente relax, então me perdoe mas você é viado e não sabe.
Se você, leitora, nunca usou de sudução, de sensualidade, para dissuadir seu marido a fazer alguma coisa ou convence-lo a adotar isto ou aquilo, então você não conhece as armas que tem, ou não sabe usa-las.
Babaquice da grossa este negócio de politicamente correto ou ofensivo, levado ao extremo.
Ontem, em conversa com minha irmã, ela me dizia que ainda tem os discos com as gravações das histórias infantis “Branca de Neve e os 7 Anões” e “João e Maria”, interpretadas por Carlos Galhardo e Dalva de Oliveira, e que é um pena se perder estas preciosidades. Cogita localizar quem possa fazer a migração do “bolachão” de vinil, para outra midia mais moderna (pen drive, MP3, etc).
Ai a conversa evoluiu para o seguinte. Será possível, no futuro, executar as gravações para crianças? A respostas, pelo andar da carruagem, é negativa, eis que não se pode mais falar em anão, senão em deficiente vertical (ou coisa que o valha) e até a bruxa não poderia ter a enorme verruga no nariz, pois deveria ter cuidado dela para não virar um câncer. Pode uma coisa dessas?
Enquanto convivemos com inúmeras mazelas sociais, descalabros na condução de políticas públicas, problemas reais que precisam de soluções urgentes, ficam estes idiotas fantasiando.
A educação no país é risível, não sabemos aferir aproveitamento porque as provas são manipuladas, e há vazamento de informações. O índice de aproveitamento escolar do brasileiro é um dos mais baixos no mundo.
Em todos os níveis o sistema educacional é precário. De novo, a aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, não chegou a 15%.
Enquanto isso o Ministério da Educação adota livro que admite grafias e concordâncias que violentam o idioma e sua gramática. Monteiro Lobato é censurado. E vários outros absurdos do gênero.
É nisso que dá a criação de dezenas de ministérios, secretarias especiais, agências reguladoras e mais uma infinidade de cabides de emprego público; essa gente tem que fazer alguma coisa: então fazem bobagens.
Ora, vão se catar.
Já abordei esta questão em http://jorgecarrano.blogspot.com/search?q=neguinho+ e encerro este indignado post com citação de trecho de matéria que me chegou como sendo assinada por Luiz Antônio Simas (Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio).
Vejam que surrealismo:
“Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.”
Gisele Bündchen Imagem da campanha |
Nota do editor: pode ser que ainda existam imagens da campanha, com a Gisele, em: