20 de dezembro de 2025

Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança.

O personagem do título, cujo nome de batismo parece uma locomotiva com vários vagões, foi o segundo e último Imperador do Brasil, simplificada e carinhosamente tratado como Dom Pedro II.

Palácio de São Cristóvão - atualmente Museu Nacional

Carioca de São Cristóvão, nasceu no dia 02 do mês de dezembro do ano de 1825, no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.

Boas histórias de seu pai - Dom Pedro I - estão narradas por Paulo Setúbal, no livro "As maluquices do Imperador", que habitava a estante lá de casa na minha adolescência.

Era o que se poderia associar a um boêmio, tendo uma vida paralela informal, aventureira, não condizente com o exercício da governança, o que hoje chamaríamos de "a liturgia" da posição de Imperador. 

Pedro II foi coroado em 23 de julho de 1840 e reinou até 15 de novembro de 1889, portanto quase 50 anos, quando foi Proclamada a República, através de um "golpe de estado", por assim dizer.

Faleceu em 05 do mesmo dezembro, já então do ano de  1891, aos 66 anos de idade, em Paris.

Funerais, com honras, em Paris
Portanto foi oportuna a homenagem prestada pelo Senado Federal ao nosso Imperador, figura impoluta, caráter sem jaça,  que empresta seu nome a cidade no Piauí, alguns hospitais, estação ferroviária no Rio e do metrô em São Paulo, a colégio de referência no Rio de Janeiro, etc.

Mas vamos a homenagem no Senado, feita em boa hora, num momento em que aquela casa legislativa atravessa um momento obscuro, atolado em politicagem, desonrando a casa que foi habitada por Rui Barbosa, entre  outros ilustres e festejados patrícios.

"Senado homenageia dom Pedro II e destaca legado institucional do imperador"

(Da Agência Senado | 16/12/2025, 14h07, Fonte: Agência Senado)

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2025/12/16/senado-homenageia-dom-pedro-ii-e-destaca-legado-institucional-do-imperadorhttps://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2025/12/16/senado-homenageia-dom-pedro-ii-e-destaca-legado-institucional-do-imperador

“A trajetória de dom Pedro II como figura central da construção institucional do Brasil pautou a sessão especial realizada nesta terça-feira (16) no Plenário do Senado, em homenagem aos 200 anos de nascimento do imperador, celebrado em 2 de dezembro.

Os convidados destacaram o legado de estabilidade política, respeito às instituições e incentivo à educação, à ciência e à cultura deixado por quem governou o país por quase cinco décadas.

Autor do requerimento (RQS 921/2025) para a homenagem, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que a sessão cumpre um papel de reflexão histórica e política.

— Dom Pedro II foi um verdadeiro estadista, que governou o Brasil com dignidade, respeito ao Parlamento e às instituições. A Constituição de 1824 permitiu um exercício equilibrado do poder, com preocupação não com a próxima eleição, mas com a próxima geração — afirmou, ao destacar o papel moderador do imperador e a importância de seus valores para o país atualmente.

Na mesma linha, o senador Izalci Lucas (PL-DF) ressaltou que dom Pedro II ocupa lugar singular na história nacional pela forma como exerceu o poder.

— Mesmo em um Brasil em formação e cercado de instabilidades, ele conseguiu preservar a unidade nacional, fortalecer o Estado e garantir um longo período de estabilidade política, algo raro em nossa trajetória — disse Izalci, ao defender que o exemplo seja transmitido às novas gerações.

O advogado e escritor dom Bertrand de Orléans e Bragança, trineto de dom Pedro II, destacou o papel do imperador como chefe de Estado.

— Ele foi um símbolo vivo da Pátria, defensor dos valores nacionais e garantidor da unidade, da estabilidade e da continuidade do regime. Nossa Independência foi uma emancipação que permitiu ao Brasil nascer como uma grande nação, com enorme potencial para o futuro — enfatizou.

O deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) lembrou a formação de dom Pedro II no próprio país e a atuação como estadista.

— Ele renunciou ao Poder Executivo em 1847 e passou a atuar como moderador, esse ato fortaleceu o Legislativo e garantiu estabilidade política ao Brasil. Pedro II foi um defensor perpétuo do país, sempre comprometido com os brasileiros — destacou.

Também participaram da solenidade a sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro Maria de Fátima Argon, que falou sobre o papel de dom Pedro II na construção do patrimônio científico e cultural do país, e o historiador Laudelino Oliveira, que frisou a dedicação do imperador ao serviço público.

— Ele foi forjado para servir ao povo brasileiro, não para exercer a nobreza. Pedro II trabalhou por quase 50 anos e nesse período saiu de férias apenas duas vezes. Ele percorreu praticamente todo o território nacional como um verdadeiro chefe de Estado — pontuou.

Durante a sessão, um vídeo produzido pelo Instituto da Nobreza Brasileira apresentou a história e a trajetória de vida de dom Pedro II. O encerramento ficou por conta da banda sinfônica do Exército, que executou o Hino da Independência.

Ao final da solenidade, os convidados receberam de Girão uma placa comemorativa em alusão ao bicentenário de nascimento do imperador.”

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


NOTAS:

1Luiz Philippe de Orléans e Bragança, foi citado na postagem https://jorgecarrano.blogspot.com/2025/12/dois-em-um-uma-materia-duas-opinioes.html

2. LINKS: 

 https://www.ebiografia.com/dompedro_ii/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_II_do_Brasil

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil

https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado


3. Opinião: não sou monarquista, mas não teria nada contra. Sou pela verdade e por se dar nomes adequados  a situações, fatos e personagens.

19 de dezembro de 2025

Primeiro mundo é outra coisa ...

Sorte, não, já me corrijo, a competência do governo de Vancouver, no Canadá, preservou o que a natureza criou fiel ao seu papel no universo. E hoje podemos admirar.

O que vemos nas fotos abaixo, é o Siwash Rock  um famoso monólito de basalto no Stanley Park, em Vancouver, uma formação rochosa de 32 milhões de anos na Baía de Burrard, conhecida por sua forma de pino de boliche e pela lenda indígena Squamish de um homem altruísta transformado em pedra como recompensa, servindo como um símbolo de "paternidade limpa" e sendo um marco icônico do parque. 

Observem o arbusto, quase árvore, em seu topo.



Aqui em Niterói, um gênio, geólogo de araque, se arvorando como curador da natureza, mandou arrancar o arbusto que crescia na Pedra de Itapuca, que foi durante anos o símbolo da cidade, sob alegação de salvar a formação rochosa.

Abaixo fotos do acima comentado, sendo que a da direita do caro leitor, não se verá mais ao natural, nas caminhadas matinais pelo calçadão, porque o diligente guardião das leis da natureza lotado na PMN, entendeu perigoso.


   
Deve ser o mesmo que sugeriu a reserva artificial de restinga em Icaraí. A ideia, em si, era interessante. Mas a realização foi desastrosa.

Ele não sabe ou que é restinga, não sabe nada de botânica, uma lástima.

In memoriam


17 de dezembro de 2025

JARDINAGEM

Não faz muito tempo publiquei fotos admirando beija-flores se alimentando em "sapatinhos de judia", num caramanchão, melhor dizendo, numa pérgula. Ei-las:


Curiosa minha mulher resolveu experimentar o sumo da flor e alguém alertou que seria perigoso pois poderia ser tóxica.

Vai daí que pesquisamos e encontramos que:

"A planta conhecida popularmente como "sapatinho de judia" pode se referir a duas espécies diferentes: a Thunbergia mysorensis e a Aeschynanthus radicans (planta-batom). A toxicidade varia entre elas. 

Sapatinho-de-judia (Thunbergia mysorensis): As flores dessa espécie são consideradas comestíveis (PANC - Planta Alimentícia Não Convencional) e podem ser consumidas com moderação, inclusive em saladas. No entanto, em grandes quantidades, pode ser tóxica para pessoas mais sensíveis ou alérgicas. Não há menção específica sobre a toxicidade da seiva em si, mas a planta em geral não é altamente perigosa.

Planta-batom (Aeschynanthus radicans): Esta espécie não é considerada tóxica para humanos nem para a maioria dos animais domésticos. A ingestão de qualquer material vegetal pode causar problemas gastrointestinais leves, mas seu odor pungente geralmente impede que animais ou crianças a ingiram. A seiva não é listada como perigosa. 

Em resumo, a seiva da planta "sapatinho de judia" (em ambas as espécies comuns) não é considerada venenosa em níveis perigosos para a maioria das pessoas e animais de estimação, embora a ingestão excessiva de qualquer parte da planta possa causar leve desconforto gastrointestinal. 

Recomenda-se sempre ter cautela com plantas ornamentais e, em caso de ingestão acidental por crianças ou animais de estimação, procurar orientação médica ou veterinária."

 














Sobre a toxicidade da flor, ver:

15 de dezembro de 2025

Vinte e cinco anos passados

 



                 

                   

        

Há 25 anos o Vasco perdeu para o Corinthians em partida disputada pelo Primeiro Mundial de Clubes, patrocinado pela FIFA.

 Diego Souza, então no Vasco, perde gol incrível, parece que Cássio, então goleiro dos Mosqueteiros, desvia a bola com a ponta dos dedos, e o Gigante da Colina fica fora da competição. Assistam ao vídeo (Facebook), em :

https://www.facebook.com/watch/?v=952375599377982

Agora o desfecho será diferente?

Qua., 17/12

21:30

Corinthians

x

Vasco da Gama

Dom., 21/12

18:30

 

Vasco da Gama

x

Corinthians




Link: https://www.netvasco.com.br/n/374866/vasco-reencontrara-o-corinthians-numa-decisao-no-maracana-25-anos-depois-do-1-mundial-de-clubes-da-fifa


13 de dezembro de 2025

Raros momentos devem ser comemorados sem vergonha e pudores

Os psicólogos  chamam de mecanismo de defesa, no caso racionalização; os fabulistas, como Esopo, confortam a raposa com a ideia de que as uvas estavam verdes.

Na loteria esportiva, quando havia jogo do Vasco, arriscava colocar empate ou mesmo derrota, contrariando sentimento autêntico, para preparar meu espírito e/ou compensar a perda esportiva com ganho financeiro eventual, se fosse a "zebra" da rodada.

Entendam como queiram, mas para mim o Fluminense é favorito para ir à final e, digo mais, conquistar o título. É dos quatro concorrentes o melhor time. Mais ajustado, mais equilibrado no momento.

Por isso a vitória na primeira partida, foi muito comemorada por mim, em obediência ao ditado: "quem não quer quando pode, não poderá quando quiser", ou "melhor um pássaro nas mãos do que dois voando".


Pergunta ao Riva: e aí, a MV comemorou ou respeitou sua dor? 😂😂😂

12 de dezembro de 2025

Quem lembra do Elzo?

Quando Elzo foi convocado para a seleção nacional de futebol, em 1986, muita gente se surpreendeu, pelo fato do aludido jogador ser desconhecido do grande público. Virou piada, inevitavelmente.

O irreverente hebdomadário "O Pasquim", do qual era leitor fiel, assíduo, por várias razões, fez a seguinte blague, como indagação: "o que é Elzo".

Se preciso explicar o espírito do chiste, você está no blog errado. Continue navegando. A propósito quem não admiraria um jornal, tabloide semanal, integrado, entre outros, por Millôr Fernandes. Ivan Lessa e Paulo Francis.

Usando a ideia, o conceito d' O Pasquim, indago: "o que é Hugo Motta ?"

Nem a Inteligência Artificial Generativa soube responder. Os algoritmos não têm informações suficientes.😂😂😂

Suponho tratar-se de algo inodoro, incolor e insípido. E na balança não pesa; na peneira não passa.

A figura dele me lembra os soldadinhos de chumbo (pequeno e leve), com os quais brincava: eram movidos ao sabor de minha fértil imaginação infantil.

Para quem ainda não sabe, tendo nascido em 1940, a partir de 1958 já era eleitor, acompanhava a política profissional porque militava na estudantil e ademais  meu pai era um ser político.

Acompanhava ou sabia de nomes ilustres que integraram o Congresso Nacional, nas duas casas. Cito poucos para não encher a folha com nomes: Rui Barbosa, Afonso Arinos, Nereu Ramos, Pedro Aleixo, Flores da Cunha, Carlos Lacerda, Jorge Amado, Luiz Carlos Prestes, Plínio Salgado, Juscelino Kubitschek, de várias siglas, cores e matizes.

O primeiro nome que me ocorre de parlamentar cassado por falta decoro foi Barreto Pinto, por ser fotografado de cueca em 1949, tornando-se o primeiro parlamentar brasileiro cassado por quebra de decoro, após um polêmico ensaio para a revista O Cruzeiro, onde posou de fraque e cueca samba-canção, alegando ter sido enganado pela produção, mas a repercussão levou à sua cassação, mesmo com várias tentativas de defesa. 

Se fosse um crime, seria enquadrado como de menor potencial ofensivo, e seria encaminhado a juizado especial (antigo de pequenas causas).

No Congresso atual presidido por Hugo  Motta, seja lá quem ou o quê seja isso, temos na pauta casos como o de Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli, Glauber Braga e Alexandre Ramagem.

E o Congresso, de novo, virou circo, hospício, gruta (esconderijo) de Ali Babá, sede de facção criminosa, balcão de negócios ou fossa, dependendo do nível de educação, respeito, decepção ou raiva do analista.

11 de dezembro de 2025

Dois em um; uma matéria duas opiniões

O tema Justiça do Trabalho me permite elucubrações, fazendo-me voltar ao passado, bastante remoto, década de 1960, início de minha atividade jurídica, no Departamento Jurídico da Cia. Fiat Lux, de Fósforos de Segurança.

Meus primeiros passos, com as limitações próprias de quem está aprendendo a se movimentar, de pé, como um neonato homo erectus, no terreno das leis, da doutrina e da jurisprudência.

E foi neste acampo anômalo, jabuticaba brasileira - Justiça Trabalhista - que iniciei a carreira de advogado.

Na primeira instância operavam Juntas de Conciliação e Julgamento, compostas por um juiz togado e dois vogais, um representando os empregadores e outro os empregados. O juiz lavrava as sentenças, ouvidos os vogais.

Eu tinha muito tempo disponível por uma razão clara. No âmbito do Escritório Central, onde estava lotado, além dos empregados desta sede, só havia uma unidade fabril, em São Gonçalo - RJ.

As outras plantas e escritórios regionais, ficavam fora do Estado do Rio, em São Paulo, Paraná, Pernambuco e Pará e tinham autonomia administrativa.

Casos complexos ou de repercussão eram defendidos pelo escritório do renomado advogado e professo Nélio Reis.

Tinha muito tempo disponível. A uma porque a empresa cumpria suas obrigações trabalhistas, não ensejando reclamações, e segunda razão era a preciosa colaboração do escritório mantido sob contrato.

Virei traça de biblioteca, como ouvi certa feita. Com efeito o departamento mantinha estantes com farta doutrina, inclusive do Direito do Trabalho.

Conclusão? Ás favas a modéstia. Permito-me o cabotinismo, a vaidade: tornei-me muito bom na área trabalhista, que repudiava.

Abstenhamo-nos de encarar a face perversa existente no meio laboral, que é a da imensa quantidade de trabalhadores de baixa ou nula qualificação. Trabalhos repetitivos. Monótonos o mais das vezes. Cansativos fisicamente.

Se conseguirmos abstrair a filosofia jurídica, a sociologia acadêmica e o devido processo legal consolidado, até podemos aceitar a lição de Alejandro Gallart Folch de que o Direito do Trabalho se propõe compensar com superioridade jurídica a inferioridade econômica do trabalhador."

Toda esta digressão tinha a finalidade de preparar o terreno para que manifeste meu apoio a proposta do "deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, que já conseguiu 66 assinaturas para a proposta de emenda constitucional que extingue a Justiça do Trabalho, ramo jabuticaba do Judiciário que só existe no Brasil e mais alguns poucos países. A proposta inclui a extinção de órgãos-penduricalho como o Ministério Público do Trabalho, igualmente acusado de prestar serviços ao ativismo ideológico."

Peguemos o conceito de Gallart Folch (jurista catalão), supramencionado, e enfrentemos situação real que enfrentei no judiciário trabalhista, excepcionalmente, pois na época já não atuava nesta justiça especializada do trabalho.

Ocorre que o Sena, amigo desde a adolescência, possuidor de uma casa em Maricá, mantinha um diarista para trabalhar às sextas-feiras em sua propriedade naquele município.

Todo a serviço era externo, ou seja, o diarista não precisava entrar na casa. O serviço consistia em varrer o pequeno quintal e limpar (retirar folhas, etc) num tanque de 3x4 metros que era usado como piscina.

Em resumo o fulano ingressou com reclamação trabalhista. Pedia reconhecimento de vínculo empregatício, e  verbas acessórias como férias, 13º salário, FGTS, etc.

A narrativa era uma peça ficcional, como efetivamente rotulei para o magistrado. 

Tenho que abrir parêntesis para informar que nesta época a Justiça Trabalhista já havia sido reorganizada e na primeira instância já operava como Vara do Trabalho, presidida por juiz togado. Acabou a figura dos vogais.

Bem contestada a causa e desqualificada a testemunha levada pelo autor, posto que o mesmo trabalhava num quiosque em rua transversal e não poderia testemunhar que o reclamante comparecia diariamente ao trabalho por ser absolutamente impossível visualizar a casa desde seu local de trabalho. Tínhamos fotos.

Antes de prolatar a sentença, o magistrado indagou se não poderíamos pagar alguma coisa a título indenizatório para que o autor comprasse passagem para voltar para Maricá.

Consultei o Senna, que aquiesceu e oferecemos R$ 500,00 (quinhentos reais). O advogado (um caso a parte) relutou, mas o juiz comentou que a proposta era bem razoável e era melhor aceitar.

Moral do caso? Sob o ponto de vista legal, do Direito enquanto ciência, o postulado na ação era absolutamente indevido. O ângulo social suscitado pelo juiz, resultou numa esmola, um donativo.

Como regra geral o que presenciei naquele dia, durante o julgamento de outros casos, foi uma feira livre, um mercado, uma espécie de leilão. Um quer receber 100, o outro oferece 20 e fecham por 10.

Uma vergonha.

Pedro II

Outro ponto, já agora o da origem do deputado autor do projeto de lei. Luiz Philippe de Orleans e Bragança, eleito por São Paulo em 2018, é trineto de Pedro II. Portanto membro da família imperial.

Sou, neste particular, contra o golpe militar que levou à Proclamação da República. Poderíamos ser uma monarquia parlamentarista, como por exemplo Inglaterra e Espanha; e os nórdicos Suécia, Dinamarca e Noruega que vão muito bem e admiramos.

O que nós, sociedade brasileira, ganhamos com a proclamação da República e o regime presidencialista?

A organização judiciária brasileira já contempla a figura do Juiz de Direito, em pequenas comarcas, que tem e exerce todas as competências cíveis, tais como família, sucessões e trabalhista.

Assim, salvo compreensões em contrário, a criação, se necessárias, de mais varas cíveis em comarcas maiores e capitais, resolveria o problema.

Nas instâncias superiores, recursais, colegiadas, poderíamos ter julgadores oriundos ou estudiosos das relações laborais. Não faz muito tempo tivemos no Supremo Tribunal Federal, dois ministros com carreira na magistratura trabalhista: Marco Aurélio Mello e Rosa Weber.

Pelegos sindicais, ideologias que opõem capital e trabalho, como se um fator existisse sem o outro, precisam ser erradicadas através de processos educacionais, sem ranços do  passado.

As câmaras de mediação já instaladas poderiam assumir também as causas trabalhistas, se compostas por profissionais qualificados.


NOTAS:

1) Devo a Companhia Fiat Lux, de Fósforos de Segurança, mais do que à Faculdade de Direito onde me graduei bacharel, meus conhecimentos e raciocínio jurídico. Sem mencionar as oportunidades que tive.

2) Em suas estantes, no Departamento Legal, obras de renomados juristas, o sumo da doutrina, tais como Evaristo de Moraes, Teotônio Negrão, Geraldo Bezerra de Meneses e Orozimbo Nonato, entre outros.

4) Conheci respeitáveis advogados trabalhistas, de notória competência, inclusive em Niterói. Cito um, o professor universitário, festejado advogado Dr. Índio do Brasil Cardoso.

5) Links que remetem a matérias relacionadas ao tema do post.

https://diariodopoder.com.br/politica/ttc-politica/projeto-extingue-justica-do-trabalho-e-seus-privilegios

https://www.conjur.com.br/2025-dez-09/vice-presidente-do-tst-ve-resultado-inegavel-no-modelo-de-trabalho-da-china/

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/QgrcJHsNjqKFQlcHRmctbsLbsrZVJXrkXTB

https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Philippe_de_Orl%C3%A9ans_e_Bragan%C3%A7a


6) Auxílio luxuoso da Inteligência Artificial Generativa

Visão criada por IA:
 Luiz Philippe de Orléans e Bragança  é um cientista político, empresário e político brasileiro, descendente da família imperial brasileira, conhecido por sua atuação como deputado federal por São Paulo (2019-2023) e por suas visões monarquistas e liberais, defendendo uma reforma do sistema político e do Judiciário brasileiro. Ele é filiado ao Partido Liberal (PL) e foi eleito pelo PSL, sendo uma figura de destaque no movimento monarquista contemporâneo. 
Principais pontos da sua biografia:
  • Nascimento e Família: Nasceu no Rio de Janeiro em 3 de abril de 1969, sendo trineto do imperador Dom Pedro II.
  • Carreira Política: Atuou como Deputado Federal por São Paulo, eleito em 2018.
  • Atuação: É um dos principais nomes do movimento monarquista no Brasil, defendendo ideias de liberalismo político e econômico, e criticando o excesso de poder do Judiciário.
  • Profissões: Além de político, é cientista político e empresário, com mestrado na área.
  • Publicações: É autor de livros e artigos sobre política e economia, defendendo um modelo de Estado mais equilibrado. 
Posicionamento Político:
  • Defende o quarto poder (Poder Moderador), que separaria o Chefe de Estado do Chefe de Governo, buscando maior equilíbrio entre os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
  • É crítico do ativismo judicial e da atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), propondo maior independência para o Judiciário e valorização de juízes de carreira. 
Em resumo, Luiz Philippe é uma figura proeminente que combina sua herança imperial com ideias políticas modernas, atuando ativamente no debate público brasileiro.  
7) Ainda com o auxílio da IA:
Elocubrar (ou, mais corretamente, elucubrar) significa dedicar-se a estudos ou reflexões profundas, muitas vezes durante a noite (trabalho com luz artificial), ou fazer longas conjecturas, especulações e elaborações mentais sobre um assunto, podendo levar a divagações ou pensamentos complexos. É sinônimo de meditar, cogitar, ponderar, mas também de fantasiar ou inventar ideias de forma elaborada. 

10 de dezembro de 2025

"Niterói, o Rio de Janeiro que deu certo"

Exageros à parte, Niterói sempre foi uma boa cidade para se viver. Melhorou, mas piorou. Paradoxo?

De aldeia global, conhecida carinhosamente como Nikity, capital do antigo Estado do Rio de Janeiro, cresceu muito com a mudança do Distrito Federal para Brasília e a construção da ponte que a liga à cidade maravilhosa da consagrada canção. E o crescimento trás transtornos.

Mal comparando é como se tivéssemos descoberto um lugar charmoso, intimista, em Paris ou Viena, onde se comia bem e barato, e porque alardeamos e indicamos para amigos e parentes se transformou, cresceu, virou point, e o serviço perdeu qualidade.

Niterói agora virou moda; mais recentemente, está sendo promovida nas mídias, ad nauseam, talvez graças aos órgãos de comunicação oficiais, tipo secretaria de comunicação social, serviço de relações públicas ou outros organismos de divulgação, públicos ou privados.

O título desta postagem foi clonado da matéria encontrável no link a seguir:

https://www.tupi.fm/entretenimento/uma-das-melhores-cidades-cariocas-para-viver-e-estao-chamando-de-o-rio-de-janeiro-que-deu-certo/

Mas pesquisa Google revela que ""Niterói, o Rio de Janeiro que deu certo" é um apelido popular que reflete a percepção de que a cidade oferece alta qualidade de vida, segurança e bons serviços, contrastando com problemas urbanos do Rio de Janeiro, destacando-se pelo IDH elevado, infraestrutura, natureza preservada, arquitetura de Niemeyer e economia forte, sendo vista como um exemplo de desenvolvimento metropolitano com bem-estar"".

Sim, tem mazelas, mas Nova York também, Madrid também ... onde não tem? Talvez em locais que não conheço.

Niterói não é só um belo layout, e parcialmente é, mas oferece outros atrativos de vida com padrões, ainda, aceitáveis.







Quem é daqui não chama a rua Presidente Backer (CEP: 24220-000) de Presidente Beiker, e conhece os lugares das fotos. Até mesmo a Biblioteca Pública Municipal, na Praça da República, do outro lado da Câmara Municipal (abaixo):


Estilo arquitetônico clássico, assim como o da Faculdade de Direito, da UFF, abaixo:


Por favor, não fiquem tentados a mudar para cá.


Nota: mais sobre o assunto em:

https://www.google.com/search?q=niteroiu+o+rio+de+janeiro+que+deu+certo&oq=&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqCQgAECMYJxjqAjIJCAAQIxgnGOoCMgkIARAjGCcY6gIyCQgCECMYJxjqAjIJCAMQLhgnGOoCMgkIBBAjGCcY6gIyCQgFECMYJxjqAjIJCAYQIxgnGOoCMgkIBxAjGCcY6gLSAQkxNTU4ajBqMTWoAgiwAgHxBUKMN-ZO3H0y8QVCjDfmTtx9Mg&sourceid=chrome&ie=UTF-8